Não há motivos que expliquem o
que sentimos... Não há quem nos compreenda senão alguém que se submeta as
nossas loucuras também... Não há quem
aceite nossos passos cansados, senão aqueles que os seguem e que se cansam
também...
O suor que escorrer por nossa
face nos faz brilhar junto ao precioso verde da mata, o qual se reflete na clara água
dos rios que por vezes estão barrentos depois das nossas marcas ali
deixadas...
Tão fofa quanto à areia que pisamos
é a lama na qual sempre nos atolamos...
Nosso combustível é o desafio...
Nossa saturação é a fadiga muscular... E nossa recompensa, a linha de chegada
com os braços abertos, o corpo dolorido e a alma tranquila...
Se choramos ou se nos alegramos,
nunca será possível dizer... O corpo não responde separadamente a um coração
explosivo através do qual emana uma mistura de prazer, de desgaste, de
felicidade e de missão cumprida.
Curitiba, 21 de maio de 2014...