Foto: Raphael Ceciliano. |
Não sei se fazemos apenas
histórias ou se deixamos o mundo ao dará de glórias sem nenhuma oratória que
defenda nossa grandiosa memória... Somos homens de vanglórias produzidas e
instituídas de modo que muitas vezes jamais possamos retribuí-las... Mas diante
de tudo que nos conduza ao prefácio da vida sem hora ou demora, caímos nas armadilhas
de um tempo por tantas vezes sem nenhuma vitória... O pobre homem já sem dor
por tanta prosa nessa terra de promissórias não recai, se debate e se penhora
ora pela distância de tudo que poderia salvar a sua moratória, ora pela própria
incompetência e descaso por tudo aquilo que salvaria a sua própria história através de atos e sem omissões da verdadeira mão que escreve a nossa história...
Diante de tudo o que explode o homem, em suas emoções e sem limites de
incessantes sensações, segue-se a inapetência do desesperado corpo em seus
percalços e com pés já descalçados do alicerce perdido... Mostra-se o homem,
assim, pouco instigado a levantar e seguir o seu caminho... Mostra-se o homem
desesperado pelo pouco espaço que parece a ele ter sido reservado... Pulsante
se torna pelo coração que agoniza e ironiza uma vida tão pouco compreendida...
Do irado desespero e do delirante grito reprimido ouço o homem tão combatido e abatido,
que deixa para trás uma memória cuja glória possa não ser os traços da própria
história...
Curitiba, 13 de outubro de 2014.