De acordo com as leis da vida...,
almejamos o nascimento de uma criança linda e saudável. A criança nasce e
usufrui de amores incondicionais dos pais, às vezes dos irmãos mais velhos também...
(rsrsrs!) A criança é um bebê lindo, fofinho...
Depois..., o bebê cresce e tem
como melhor amigo o papai que joga bola, que leva no cinema, que briga quando a
criança faz “traquinagem”, que leva para escola, busca na escola, depois no
inglês, na aula de violão..., no sábado leva o garotinho até a casa do
amiguinho que depois de algum breve intervalo de tempo passa a ser o amigo da
faculdade...
Então, o cara nem precisa mais do
pai, agora não é mais papai, é o meu “véio”..., o “véio” é a figura que tem a
grana, porque o cara ainda está na “facul”, a mesma grana que vai financiar a
balada do cara, na qual ele vai o conhecer uma amiga que vai apresentá-lo a outra
amiga da amiga em um churrasco na casa de um dos “brothers” da galera... O
namoro é lindo e maravilhoso e contagioso..., e em meio a trocas de declarações
de amor e carícias o homem, nesta etapa já ocupando um lugar de destaque na
empresa pela qual foi contratado lá na época da faculdade, quando os finais de
semana de “cachaça” deixaram de ser a prioridade de vida e passaram a ser uma
necessidade de distração ao estresse provocado pelo trabalho (de acordo com as
expectativas de vida dele), pede a moça em casamento.
A moça é uma mulher bem sucedida
financeiramente e intelectualmente... Casam-se e desejam ter um filho... Neste
ponto, o ciclo se repete...
O que difere este casal no “ciclo
de vida existencial” diante da vida de tantas outras pessoas...?
Bom, os pais do cara da narrativa
viveram por mais de 80 anos de idade... Faleceram porque já haviam cumprido a
tarefa deles aqui na Terra...
A moça bem sucedida, com a qual o
cara casou pela primeira vez tornou-se uma executiva de destaque e proprietária
de uma grande empresa. Ela não casou novamente e seu único filho, foi fruto do
primeiro casamento... Infelizmente o filho dela foi morar com papai do céu
ainda jovem devido a um acidente de carro...
O homem deixou de ser empresário
e comprou uma chácara..., casou mais três vezes..., teve cinco filhos e deixou
viúva a última esposa e com ela quatro netos... Todos vivem bem e perpetuam a
importância de ter uma família unida e sempre presente... Pais dedicados e avôs
extremamente dedicados (Sabe os vôzinhos e vózinhas que adoram “bajular” os
netos? Esses são os mais queridos.)
Talvez não seja diferente... o
ciclo se repete a cada segundo... os personagens se alteram... os problemas
enfrentados mudam de ordem e de figuras... as angústias, incertezas e decepções
acontecem durante todo o trajeto...
O que muda...?
A capacidade de cada um encarar e
desviar dos “problemas”. Mudam as escolhas feitas... As conseqüências de atos
próprios nem sempre ocorrem como previsto ou desejado... Os caminhos mudam
constantemente...
Dependemos apenas de coragem e
força para suportar e aportar a vida ou o que ela nos impõe...
Nascemos...
Crescemos...
Erramos... continuamos errando...
e colhendo os “podres”...
Choramos...
Sofremos...
Até que consigamos aprender... e
quem sabe tenhamos tempo de colher bom frutos (porque a vida a curta... nossa
estadia na Terra não será para sempre)....
Então, procriamos uma nova
geração... Ensinamos... E depois... tudo se repete...
Curitiba, 27 de julho de 2012...