segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Fluxo...

... de tudo o que possa ser difícil falar
ou que seja fácil deixar de acreditar
desistir não é o que pode salvar...,
mas talvez seja o que vá logo te levar
a agonizar...
... pois para que periodizar
algo que nada mais tem a desejar...
... nada que se consiga pelo modo a rastejar
será de fato o que nos levará ao estrelar
ficaríamos apenas no falso pestanejar
e não é isso que um simples homem pretende alcançar...
... é tão difícil compreender que nascemos para dançar
dançamos de modo a driblar
driblamos e ainda sobra espaço para pular,
ora pulamos para nos alegrar
e por outras vezes, pulamos para não parar...
... tem gente que perde o sinal para estalar
brilhar
abrir os olhos e enxergar que lá fora
tem muita mata para cortar
que tem muita gente que vai afundar
e que várias irão se matar...
... essa parte a gente esquece
senão a cabeça apodrece
...e enfraquece...
... somos fracos ao que nos parece tão sem prece
e somos blindados ao que mundo oferece...
Padece, somente aquele que não nadar no sentido no mar
Nada de ir contra a água que nos coloca a remar...


Curitiba, 30 de julho de 2013...

domingo, 29 de setembro de 2013

“Andantes”...



Por muito tempo julguei alguns “tipos” de viajantes como “marginalizados”, pode-se assim dizer... Depois de muitas e muitas histórias e depoimentos registrados aos meus ouvidos, meus olhos tornaram-se questionadores quanto ao modo escolhido por tantos para explorar as reais riquezas do mundo... Não falo aqui apenas de grandes monumentos ou qualquer outro ponto turístico entre tantos espalhados pelo mundo e detentores da amostragem capitalista que impera, mas sim da cultura escondida nas ruas, da sabedoria dos homens simples, das histórias dos velhinhos esquecidos, das belezas das terras escondidas, por não terem grandes obras, além de um povo “bruto” e de um chão batido...
Muitas vezes você, eu ou qualquer outra pessoa, achou-se melhor posicionada do que o cara “maltrapilho” que almoçava em algum restaurante que você visitava... Inúmeras vezes, o homem sentado na esquina de uma rua, descansando, foi condenado pela aparência abandonada... E por aí vai...
Homens “andantes”, viajantes pelo mundo desconhecido... Verdadeiros sábios que se passam como “seres maltratados” pelo mundo, quando na verdade detêm os maiores conhecimentos e experiências que poucos serão capazes de conquistar e armazenar numa vida...
Poderia contar vários fatos e estender o assunto por páginas e mais páginas, mas fugiria do objetivo aqui proposto, o qual se destina a colocá-lo a refletir sobre o modo como vemos tantos seres humanos pelo mundo... A foto acima foi o que me inspirou a escrever este pequeno texto, ao perceber a presença dos dois rapazes que a minha frente passaram e que seguiram seus caminhos com as mochilas nas costas e um mundo a explorar...
Pense nisso, na próxima vez que um homem, com cabelos sebosos e uma sacola nas costas, sentar-se na mesa ao lado da sua...


Curitiba, 29 de setembro de 2013...

Pelas maravilhas do mundo...

Ao mais longo caminho da luz...
A mais bela trilha que me seduz...
Ao mais distante ponto que reluz...
A mais tênue beleza que me conduz...

A esse mundo me dispus...

Pela mais calma maré que batiza meus pés...
Na mais brilhante lua que me volta ao convés...
Pela mais fresca brisa que me atinge como viés...
Na mais sensata paisagem que mostra quem tu és...

Nesse mundo não existe revés...


Curitiba, 09 de abril de 2013...

Beijo...

Começa assim...
Primeiro o suave toque das peles
Depois o beijo envolvido por lábios que se roçam...
Chegamos ao primeiro impasse
Segue-se o beijo...? Ou continua num pequeno enlace...?

Cada beijo tem um gosto
Um é gostoso o outro saboroso...
Cada beijo tem um cheiro
Deixa o cara todo faceiro e a moça sem jeito...
Todo beijo tem que ter um abraço
Mas com um forte enlaço!

Como termina...?
Aí... Depende da menina...


Curitiba, 27 de dezembro de 2012...

sábado, 28 de setembro de 2013

Declaração...



Somos muito poucos
Somos um pouco de tudo
Um pouco de nada
Às vezes quase nada
Não podemos conceder ao mundo, tudo
Mas podemos doar parte de muito
Ou ainda, parte do nosso pouco

Não sou tudo
Não sou nada
Às vezes quase nada

Doei um mundo
Me entreguei a um mundo

Do pouco que sou
E do quase nada que tenho
Concedo a você como me mantenho
Sem medo ou receio
Presenteio o homem que em meu coração detenho...


Curitiba, 28 de setembro de 2013...

Crônica do homem Animal...

São tão poucos os que merecem algum respeito... Hoje tive ainda mais certeza disso... Entristece saber que poucos são os que se dignam à gentileza entre os homens e ao respeito mútuo sem distinção de raça, idade, cor ou nacionalidade...
Em poucos segundos, uma cena bastante instigante foi registrada por meus olhos e ouvidos...
Imagine a seguinte fotografia, onde duas crianças brincam no meio da grama, sob o sol gostoso e com suas espadas de “faz de conta”, se acham guerreiros... Aparece um cachorrinho super fofo, na verdade uma cadelinha prenha cujo dono anda marcando distância da cachorra... As crianças avistam o bichinho e se aproximam... Logo que o dono observa a aproximação espanta as crianças e carrega o cão por alguns metros longe dos meninos... Ao mesmo tempo, que caminha, o homem diz: “... esses piás endiabrados!”.
Olhinhos que por este texto estão, as crianças não fizeram nada, absolutamente nada, apenas tentaram se aproximar do cachorro como qualquer outra criança faria... O homem sai xingando as crianças e ainda brigando com a cadela... Exemplo típico de um verdadeiro animal, com duas patas, em ação.
Espero ter conseguido passar a mensagem como desejado...


Curitiba, 28 de setembro de 2013...

Indignação...

Sórdidos que parecem acabar com os sonhos,
os próprios sonhos e os nossos sonhos...
São tão gelados e desumanos...
Embebidos por uma hipocrisia que não acaba...
Executores de idiotices que parecem procriar em cada palavra jogada...
Manipuladores de ações repletas que futilidades...
Bobagens sem limites!
Homens que vivem como porcos homens...
Verdadeiros babacas!,
desprovidos de qualquer capacidade para julgamento alheio...
Incompetentes pela burrice que os cerca...


Curitiba, 28 de setembro de 2013...

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Sujeito...

Fonte: Globo.com.

Não há posto
sem nenhum rosto
com um leve desgosto,
que teve um dia encosto,
no outro dia um enrosco...
Em meio ao tudo tosco
se foi tudo por um breve sopro...
Agora não há mais nenhum moço,
ou puro osso,
que não conheça a vida por seu grande esforço..
Paga o imposto,
mesmo imposto,
sem qualquer pressuposto...
Senão, passa a criminoso
cujo rosto
é agora novo suspeito composto
já pela vida sem um único gosto...


Curitiba, 27 de setembro de 2013...

“Seja apenas o que você pode ser...”

Não são raras as vezes que nos encontramos na promiscuidade de trabalhar em função dos olhos de uma sociedade já designada a comandar atitudes, aperfeiçoar futilidades, incrementar mentiras e focalizar apenas o que a retina pode observar. E não o que o caráter, o bom senso, e as atitudes verdadeiramente humanas possam nos mostrar... Entendam aqui, a promiscuidade não em sentido pejorativo humano da palavra, mas como uma referência às perdas e desgastes que enfrentamos e provocamos na tentativa de transmitir ao mundo a perfeição fictícia. Ninguém está excluso de tentações supérfluas ou que possa eximir-se de condenações. Inúmeras maneiras, de demonstrar que agimos sem um prognóstico das ações cometidas, podem ser relatadas a cada observação minuciosa sob nossos atos e omissões... Isso se verifica de forma simples, ao se questionar pessoas sem o conhecimento prévio de sua procedência, ao marginalizar homens sem um relato de sua ficha criminal (aqui uma marginalização a fim de metaforizar relação homem e mulher), ao procurar incansavelmente a conquista e a felicidade através de uma máscara de “bom menino” ou “boa menina”, cuja seda que seduz quem possa ser enganado, tanto sobre questões relativas à beleza de corpo e alma, como às questões financeiras hostilizadas pela descategórica aparência do que possa ser “inteligente” e “belo”, poderá ser a qualquer momento, desmistificada pela perda de sua maciez e brilho... De fato, historicamente, o ser humano brilha e se destaca por suas ações quando bem conduzidas... Mas, muitos, se esquecem que não somos um brilhante lapidado e que, portanto, estamos sujeitos a durante o percurso da conquista, a provocar “cutucões” arrasadores no que se passa ao nosso caminho... Não podemos ser uma pedra de brilhante, se não somos capazes de impedir que nada além de nossa “beleza” e “brilho” atravesse por nossa caminhada, o que se acontecesse nos isentaria de tropeções que riscam e mancham nossa própria imagem e história... Manchas que marcam a deslealdade do homem com o próprio homem e o emancipam de sua integridade... Não podemos ser nada além do que nos é permitido... Podemos nos destacar, podemos ser melhores dentro do que somos, mas nada que camufle nossa verdadeira identidade e nada que intercepte o espaço de conquista de outros homens...


Curitiba, 23 de setembro de 2012...

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

“Superioridade”... (Ahhh, vá!)

Não consigo acreditar que algumas pessoas ainda acham graça nisso... E tem um monte de gente, que se enche de graça e é tão sem raça quanto um cachorro vira-lata e tão sem nada quanto possa tender a um infinito vazio... Parece que nunca caem na desgraça, pelo contrário, carregam uma carcaça de carniça camuflada...
Ainda bem, que existem aqueles, cuja graça se encontra “despedaçada” e “esfarelada” em verdadeiras taças e que nos servem por tão bela e inevidente inteligência, sem nenhuma ameaça por serem repletos de autêntica graça...


Curitiba, 05 de junho de 2013...

domingo, 22 de setembro de 2013

Num processo de guerra...

Foto: Médicos Sem Fronteiras.


Da guilhotina ao míssil...
Das pedras ao fuzil...
Do chicote ao choque...
Da fogueira ao explosivo...

Homens...
Sobreviventes aos horrores...
Fuzilados pelos Senhores...
Colapsados pelos odores...

Agora, jogam as flores e os temores...
E se espalham os abraços sofredores...

Mulheres...
Ensanguentadas...
Acabadas...
Desrespeitadas...

Mesmo amordaçadas contra a sobrevivência...
Lutadoras incondicionais!
Guerreiras a favor de uma prole!
Autoritárias...
Mulheres fortes!

Diante da morte...
Cabeça erguida, sem reporte...
Coração inchado disfarçado...
Rosto duro e seco...
Lágrimas que inundam o peito...

Crianças...
Nossa única esperança...


Curitiba, 22 de dezembro de 2012...

sábado, 21 de setembro de 2013

Por você...

Por você esperarei
Enquanto a eternidade me permitir
Sei que errei
Preciso, por você, admitir
Te mutilei
Por isso tentei me punir e para mim mentir
Te maltratei e me enganei
Te vi partir e por fim me diminuir
Me arrependi... Sei a quem me doei
Amei!
Chorei!
Sempre te perdoei
Mas ainda, para sempre te amarei...


Curitiba, 21 de setembro de 2013...

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Pequenos Gigantes...

Sei que o relato a seguir não é nada incomum, mas “esmiuçar” a grandeza por trás da cena é o que a torna fascinante... Imaginem um garotinho nos seus esplendorosos 4 anos de idade, caminhando numa rua movimentada da cidade... Seguindo a mãe bem devagarzinho, porque ele alegava estar “extremamente” cansado... O destino da caminhada? A avenida ao final da quadra... “Mamãee, tah muito longe... Eu não aguento mais...”. E para dar mais emoção à cena, o menino chora as famosas “lágrimas de crocodilo”, relaxa os braços como se estes fossem peças muito pesadas para ser carregadas pelo corpinho “super” cansado... “Mamãe, me leva no colo... Por favor, mamãe...?”. E a mãe, “Não, não mocinho... Vamos andando. Você consegue. Você é um “homem forte”. E a criança segue caminhando lentamente. E reclamando do “longe e distante” caminho a seguir...
Foi diante do encanto da “encenação” desse anjinho, que me coloquei a pensar na magnífica grandiosidade do mundo aos olhos de uma criança. Não me refiro apenas aos bons sonhos que as conduzem, mas também no sentido de uma grandeza dimensional das coisas que as envolvem... Na cena, 50 metros de distância significavam ao pequeno uma verdadeira maratona para os pezinhos que o apoiam... Certamente, esse mesmo homenzinho faz dos dedinhos, bonequinhos de guerra, dos braços uma espingarda ou uma metralhadora, dos travesseiros peças a um alvo distraído (não que para arremessar travesseiros a gente precise ter 4 anos de idade...) e por ai vai... Uma pessoa adulta a frente de alguém tão pequeno pode parecer um verdadeiro gigante. Um vento, um pouquinho mais forte, pode parecer uma monstruosa tempestade. Qualquer objeto a mão pode se tornar uma brincadeira desencadeada pela vasta imaginação que os enche de criatividade... Aqui me refiro aos objetos e afins, porque os desenhos animados dão conta da fertilização imaginativa das crianças, de forma espetacular. À exemplo da formiga atômica às lesmas com super poderes. Não sei qual bichinho será geneticamente modificado nesta evolução... Às vezes, penso que para uma criança diante de um médico, que costuma parecer a eles como um bruxo muito do mal, o bruxo poderia se tornar um verdadeiro gigante contador de histórias... Mas claro que se deve ter certeza, antes de tudo, que a criança não tem medo de “João e o pé de feijão”... Engraçado, como as coisas se misturam... Imagino que esses pequenos gigantes, em inocência e ensinamentos ao homem, sejam verdadeiros atores dignos de Oscar. Envolventes pelo mundo imaginário que pregam, influentes pela inocente sabedoria que carregam, guerreiros pela força de vida que os tornam tão valiosos e valentes...


Curitiba, 18 de fevereiro de 2013...

História de menino...

Um dia meu pai me perguntou: “O que você quer ser quando crescer?”. Sem delongas, eu respondi que queria ser piloto de fórmula 1. Meu pai deu risada, mas aceitou minha ingênua opção. Na época eu deveria ter uns 4 anos de idade. Aí assim, quando eu estava no segundo ano do colégio, a pergunta se repetiu... Bom, agora eu tinha uns 16 anos e minha vida consistia em estudar, jogar bola, ficar na internet e “namorar”... Dessa vez, eu não tinha uma resposta na ponta da língua, mas para que meu pai não prolongasse a conversa a um sermão, disse a ele que gostaria de ser engenheiro, médico ou quem sabe advogado... “Pai, com todo respeito, tenho habilidades em consertar e projetar coisas, mas também gosto de zelar pela saúde e bom estado das pessoas, o que me faz seguir a legalidade das ações que pratico.” Meu pai apenas disse que estava satisfeito, por eu ainda ter algum tempo para me decidir sobre a carreira a seguir... Cheguei ao último ano do colégio, todo faceiro, ganhei meu primeiro carro, não tinha namorada (ufaaa...) e saía todos os finais de semana... Estudar que é bom, nada... As apostilas do cursinho estavam mais brancas que minha borracha... Em casa, a confusão era constante... O pai já sabia que eu não estava nem um pouco preocupado com a faculdade, que deveria vir no próximo ano. E minha mãe..., bom..., completamente desolada com o filho que eu era... Em uma dessas saídas, bebi muito além do que deveria... Passei da conta mesmo. Acordei no outro dia, na casa de uma menina que eu nem conhecia. Rapidamente, arrumei minhas coisas e fui embora... A menina sumiu... Até que um dia recebo uma ligação. A voz era desconhecida, mas a mulher logo se identificou. Era a mãe da menina, a qual havia voltado para a casa dos pais após a confirmação de uma gravidez... Advinha quem era o pai...? Poiseh... Resumindo parte da história, naquele ano a faculdade ficou para trás, fui trabalhar na empresa do meu pai como “boy” para tentar sustentar a criança que nasceu prematura e a mãe faleceu logo após o parto... Consegui a guarda da criança, precisei ser mãe e pai do menino e restringi minha vida ao cuidado do bebê... Em um menos de um ano, passei de playboyzinho metido (era realmente o que eu era) à homem e pai... Hoje, meu filho tem 6 anos, estou noivo e tento ingressar na carreira acadêmica... Estou na metade do meu mestrado em engenharia e procuro ensinar ao meu filho, os valores da vida, os possíveis “desvalores” do dinheiro e a importância em conceituar como objetivos de vida o companheirismo, o amor e a amizade...


Curitiba, 09 de novembro de 2012...

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Mais uma música, aliás...


Chega ao fim mais uma vida...
Não houve regra, nenhuma guerra

Pagã sem trilha...
Ilhada com o homem em seu clã e matilha

Mais uma ida sem voltar para trás
E que jamais se deixará por outro amar...


Curitiba, 18 de setembro de 2013...

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Memórias de uma simples menina...

Já levei muito “tapa” da vida...
Mas continuo na linha
E arrisco minha própria vida!
Talvez essa seja a minha sina...
Passar por cima
Manter a cabeça erguida
Não me esconder numa crina
Mas seguir a minha doutrina!
Mesmo, às vezes, tendo que viver como uma bailarina...
Ao fim, quem sabe eu ganhe uma margarida
Não acabo numa latrina
E ainda, morro como uma rainha...
Esculpida na memória... na memória da minha vida...


Curitiba, 14 de junho de 2013...

Devaneio...

Perdida...
Não sei se busco a felicidade
Ou, se me ofusco ao brilho desta cidade

Desiludida...
Não sei se desejo a morte repentina
Ou, se prospero a vida mesmo sem serpentina

Sentida...
Não sei se pela solidão abatida
Ou, se pela face ainda bastante entristecida

Aaarrrgggg!!!
Acho que preciso de uma bebida...
_ Garçom! Por favor..., mais uma bebida...


Curitiba, 17 de outubro de 2012...

Guardiões...

Guardiã de um coração inchado
pelo sangue sufocado

Guardiã de um corpo que luta bravamente em detrimento
da sobrevivência ao impedimento,
de um laço desfeito,
do qual se desconhece algum defeito...

Guardião de braços frios,
que antes aqueciam a pele,
seduziam um amor,
Agora se condenam pela ação de amar
e pela tentativa insana de tentar se apagar...


Curitiba, 19 de setembro de 2012...

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O Menino e o Oxigênio...

Imaginem uma pessoa que ainda consegue se encantar com a cena que será descrita a seguir... Poiseh...
Caminhando pelos corredores do hospital, surge um menino de aproximadamente 8 anos de idade... Sabe aquele jeito de moleque...? Cutucando o nariz, coçando a cabeça, coçando as costas, impaciente total, do tipo não pára um minuto e não fica quieto nem por um segundo... Então, esse é o garotinho da cena... De chinelinho nos pés e pijaminha, ele e o seu torpedinho seguiam pelos corredores tranquilamente, como se ter um cateter nasal acoplado ao seu rosto e carregar um torpedo de oxigênio “pra lá e pra cá” fosse algo completamente normal... Bom, para o menino e para o oxigênio talvez sim, mas para um estranho não acostumado em presenciar a química e a vida dessa forma, talvez possa soar um pouco triste... Agora, garanto aos olhos que aqui neste ponto estão... O mocinho loirinho e travesso não estava nem um pouco triste e nem um pouco incomodado em ficar “puxando” o oxigênio “pra lá e pra cá”... Sabe que qualquer coisa com rodinhas nas mãos de “crianças meninos” vira um carrinho, um caminhão e coisas do tipo... E segue à brincadeira, a sonorização: “Bummm!!!”, “Bi-biii!!!”, “Pufff!!!”, “BUM!!!, Bateuuu!!!”.


Curitiba, 26 de outubro de 2012...

domingo, 15 de setembro de 2013

"Uns sem noção..."

Hoje estive a pensar, no quanto é complicado confiar alguma conversa a alguém... No sentido de que muitas pessoas têm uma capacidade enorme em torcer o que lhes foi dito... Nunca se sabe como uma história será passada para frente quando não se tem o conhecimento do nível de caráter de um ser humano... Seja qualquer história contada, qualquer fato registrado, nada está livre da pobre interpretação de alguns homens ou da mesquinhez de outros que se julgam no direito de distorcer fatos ou de alguma forma torná-los favoráveis ao próprio interesse... Por vezes nem nada disso, mas capazes de inventar falsa história em cima de uma real história, apenas pelo prazer em de alguma forma denegrir a imagem de outra pessoa... Gostaria de entender isso na mente desses ditos seres humanos... Contam histórias errôneas... E são tão falsos quanto são estúpidos em insistirem em viver por trás de máscaras rasgadas, não conseguindo manter por toda uma vida a face que os recobre... Mas pensando bem, em nada me acrescentaria compreender a estupidez de alguém...


Curitiba, 15 de setembro de 2013...

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Aprendendo...

Tenho aqui pensado,
se vale a pena sofrer por tudo o que daqui não levaremos...
Somos todos homens da terra e da água
E o que nos faz viver é tudo o que extraímos disso
Após a morte talvez sejamos “apenas” líquido pela terra a ser absorvido
Não será o poder ou glória de um falso valor
o detentor da nossa memória...
Um homem será gravado pelo amor que perpetua,
pelo respeito que conquista e espalha,
pelas conquistas verdadeiramente humanas
através das quais cativa apenas os iguais...
Na margem da sabedoria em aprender a viver,
como à natureza viemos,
fica a insensata ação do capital em poder...


Curitiba, 13 setembro de 2013...

Como crianças...

Quando crianças, vivemos em um mundo mágico de contos de fadas ou em um mundo de super-heróis como: Spider-Man, Batman, Power Rangers.... De fato, quando nossos pensamentos ainda são envoltos por verdadeiras fantasias infantis, tudo parece muito promissor... Sem traições, sem brigas, sem decepções, sem inveja, sem falsidade, sem mentiras, sem corrupções, sem ilusões e sem perdas... Mas os aninhos passam e as responsabilidades nos cercam e “coisas traiçoeiras” vão à tona... Do lado fantástico, das bonecas, dos desenhos animados e histórias de princesas e bruxas e lobo mal, refletem-se à idade madura corpos como os de bonecas, perfeitos e idolatrados... São compostos gostos por ficção cientifica ou pelo mais puro romantismo... Na dura conquista por um reinado, as princesas tornam-se guerreiras e lutam com garra e determinação... Alguns sapos viram príncipes e ganham lugar ao brilho de uma guerreira... Outros..., aumentam a prole de lobos que nunca deixarão de ser maus...

No fundo de toda a história, continuamos crianças porque ainda sonhamos e somos super-heróis... Claro que os sonhos mudam e aumentam... Sejam eles materiais ou sentimentais, continuam sendo a motivação de trabalho e dedicação... Continuamos sendo super-heróis de nossas próprias vidas, quando não de uma família... A diferença é que agora crescemos... E um pouquinho além de sonhar, precisamos manipular a realidade. Às vezes driblá-la sabiamente... Em algumas situações levamos uns empurrões, umas “chaves”, caímos... Então, lembramos dos sonhos... Hummm!!! Caímos... Levantamos, nos armamos e vamos atrás de cada sonho... Nenhum sonho é perdido... Simplesmente, às vezes eles são adiados... Pena que nós temos tantas dificuldades em entender tudo isso...


Curitiba, 28 de agosto de 2012...

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Por um passo...


O dom da vida me foi dado pelo cara lá de cima...
Na sina das idas e vindas dessa trilha
Uma ilha se forma em cada canto de cada novo ser que por aqui pisa
Concisa e sem nenhum fundamento
Elemento em formação de uma nova armadilha
Filhas do vento e com o homem ao relento
Um lento descompasso entra sem passo certo
Perto de um desastre ao mundo inteiro
Certeiro de que foi o convicto de um fato sem nenhum anseio
Odeio o mundo dos homens com algum bloqueio
Esquecem-se os motivos pelos quais o ser humano veio
E equilibram-se em vãos sem seio
Não permeio esse mundo em desespero
Mas esmero tudo aquilo por qual aqui venho...


Curitiba, 12 de setembro de 2013...

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Passagem...

Foram muitos os caminhos pelos quais passei...
Muitos caminhos pelos quais algo procurei...
Foram muitos caminhos que encontrei
Outros tantos trechos nos quais me desencontrei
E em meio a tantos trechos, aqui cheguei...

Meus olhos, eu cerrei...
E aos meus sonhos me transportei...

Hoje, sei onde tropecei...
Pois no passado nada olhei...
E por fim, eu me despedacei...
Errei!
Acabei!
Praticamente me afundei!

Faço gosto por tudo o que conquistei
Rememoro o que ficou para trás
Lembro tudo o que passei...
Sei como fiquei!

Cada derrota que deixei para trás
Mudou minha rota!
Por vezes, me deixou ainda mais atrás...
E agora tudo o que sei, é que aprendi que sempre fui rei...

Lutei!
Conquistei!
Por vezes perdi, eu sei...
Mas passei de fase
E na vida, me coroei...

Agora sou rei!
E morrerei pela minha vida em virtude do que dela farei...


Curitiba, 13 de junho de 2013...

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Desabafos aos “Doidos Sobreviventes”...

Cada dia sobrevivido na selvagem trilha da vida configura a identidade do homem, que se põe acima dos desafios do mundo e desmistifica a arquitetura idônea e assassina dos desfiladeiros que insistem em se postarem a frente do ápice de ascensão do efêmero nível de deliberada loucura, a qual visa ser extraditada ao final de pequenos minutos, que são entregues às inconscientes atitudes avassaladoras do impiedoso cérebro humano... Recuperado da inconstante insanidade, estimulada pela guerrilha declarada, o sobrevivente, imundo de quedas e cedente pela vitória a toda custo a ser conquistada, se arrasta por vales cada vez mais perigosos e traiçoeiros, cada vez mais desafiadores e enlouquecedores... Às vezes, estimulado pela ganância contagiosa e contraída de outros homens... Às vezes, contaminado pela admissão de suas próprias inconstâncias pouco aceitas como lições... Às vezes, induzido pela força de sobreviver em uma terra quase nunca arada, mas tendo semeada, a própria guerra armada...


Curitiba, 03 de maio de 2013...

Coração agradecido...

Pelo mundo que Deus me deu
Um dia um homem apareceu
Putz! Aí, tudo se distorceu
Veio o breu...

Mas o dia de novo amanheceu
Um novo homem, o Cara me concedeu
Ao novo meu coração cedeu
Não endureceu...
Nem entristeceu...

Com você meu corpo se perdeu,
e a cada nova luz do dia, meu brilho é todo teu...

Sou apenas tua, por todo o nada que me prometeu... 

Serei sempre tua, pela beleza que Deus te deu...


Curitiba, 10 de setembro de 2013...

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Revelação ao irresistível...

Mesmo sem plumas ou coroas, sua alma é tão fascinante quanto o brilhante ouro mágico que emana de sua áurea... É tão puro quanto um coração apaixonado... É tão caótico quanto o céu em festa... É tão doce quanto o cheiro de uma bela lembrança... Voz sublime que à mente alcança... Olhos negros que à vida enchem de luz... Exclui-se da imagem imperfeita a perfeição em que se traduz... Magnífica beleza que encanta a vida em sua elegância e plenitude exuberante... Irresistível ao corpo que ao desejo seduz e que compila ao tempo todos os sentimentos avessos a ilusão, ao sofrimento ou a falta de aconchego...  Traduz o exemplar humano que traz ao mundo a dignidade, a disciplina e a alegria evidenciada no sorriso e na simplicidade de uma palavra... Revela-se aqui, o irresistível fato do amável que nos preenche e conduz...


Curitiba, 29 de março de 2013...

Confuso fluxo da saudade...

Quando você percebe, os olhos já não estão mais cheios de lágrimas apenas... Lacrimejam incessantemente como gotas de orvalho amargo pelas curvas de um rosto entristecido..., cuja figura se modifica por uma metamorfose provocada em função da saudade, em função da tristeza, em função da solidão e pela necessidade insana de tentar alinhar a perda e a vontade de continuar...
Muitas vezes, é possível enxergar em um olhar, a saudade e o aperto por ela provocados, em uma pessoa cujo infinito carinho se estende a plenitude da vida... De um lado, avós doces e queridos que se foram, hoje cuidam e protegem não mais com suas próprias mãos, mas com sua áurea acima dos filhos amados... Um filho levado pela arrogância da vida, pela sedução ao descaso... Pessoas amadas e que foram para o céu viver como anjos que nos guiam pelas lembranças de seus atos... Na outra face, a saudade apertada que não se consola pela realidade dos sentimentos aquietados, emudecidos e ensurdecidos diante da falta que fazem amores congelados... O homem desejado ou a mulher almejada, trancafiados numa história inacabada e incapaz de se permitir ao novo...
Enfurecidos e tristonhos nos tornamos, quando somos feridos pela saudade dos que se foram e a presença viva e perdida transformou-se em doces lembranças do companheirismo de um amigo, de um conselho dos sábios e experientes, de um amor eternizado pela elevação à morte... Saudade de um amor esquecido... Saudade das crianças que alegram cada segundo através de um sorriso, arrancado da simplicidade de ser inocente e ainda capaz de abraçar e beijar o próximo sem ter vergonha ou preconceito... Valores que não deveriam ser perdidos e que certamente diferenciam uma convivência de amizade, de confidencialidade e de estrutura pessoal... Uma estrutura que se mantida, nos capacita a deixar o desejo da desistência, a qual é precedida pela fraqueza diante da falta de vontade de viver...
Incrivelmente a saudade assola o homem com uma simples imagem impressa, com uma história de um filme editado em lembranças, com um lugar comum... Ou mesmo pelo mais sereno desconforto provocado pela falta que nos faz...
Busca-se o amadurecimento, sob o desconsolo da saudade e da dor provocada por tantas lembranças... Egoísmo humano querer que o belo e a felicidade caminhem ao nosso lado para sempre... O belo de hoje pode fortificar o ódio futuro e afundar o que nos torna feliz na imensidade da solidão infinita... A saudade arrenda o espírito..., por isso se torna tão difícil encontrar a lucidez para superá-la...


Curitiba, 05 de agosto de 2013...

Onde queremos chegar...?

Por muitos instantes desconecto
Intercepto pensamentos por vezes emocionantes
Antes inaptos e agora instigantes
Berrantes pela mudança almejada
Desejada pelo mundo procurado
Arado em terras talvez desconhecidas
Desguarnecidas por não haver um corpo envolvido
Dissolvido pelo caminho que busca
Assusta a decisão a ser tomada
Tombada se não for aprovada e reconfortada
Fadada ao cataclismo humano
Oceano de medo e desespero
Arqueiro exonerado e escravizado
Batizado de homem frustrado
Maltratado pelo próprio risco não ocorrido
Vivido sem a expectativa ativa
Viva de um sonho a ser praticado
Colocado a priori como cumprimento de missão expedida
Vida a ser devidamente vivida
Lívida em nada como a loucura
Pura em sua colorida elegância e lisura.


Curitiba, 14 de janeiro de 2013...

“Mulheres atenas” e “Homens espartas”

Sempre belas e eloquentes, as “atenas” dignificam-se ao propósito de vida como uma liderança na qual todas preservam o direito de voz para pontuações e concepções de seus direitos  e valores, como uma vitória sob atitudes predispostas pelos ‘soldados espartanos’ que desejam a conquista diante da guerra conduzida pelo seu “machismo” militante...
Como num espelho diante da beleza de Atena, a mulher se eleva ao círculo dos deuses... No dom do conhecimento que compõe sua destreza na sabedoria, torna-se guerreira e proprietária de magnífica vitória diante dos homens, pela sua capacidade inigualável de conduzir ações, de solucionar, de amar e o mais digníssimo mérito que a acomete, ser a única capaz de conceder a luz as suas descendentes que eternizam sua estadia na terra... e mesmo aos homens que se valorizam como único ser existente... Ao contrário da guerra ditada pelos “homens espartas”, que se vanglorificam pela capacidade de proceder táticas benéficas ao seu “território homem”, mulheres esquematizam o modo alvo para engrandecer o homem com o próprio auto-convencimento masculino através do seu próprio tiro, dentro de uma arte de guerra que glorifica a “mulher atena”...
Pode parecer um pouco exagerado, mas em meio a uma guerra sem fim entre os sexos, gregos e troianos se presenteiam e os resultados obtidos, parecem ser as decepções e desgostos pelos presentes “indesejosos”. Numa nuvem de sensações, sentimentos e interesses, “deusas atenas” e “militares espartas” arrancam a face cardíaca de seus próprios peitos e de seus oponentes e conduzem seus corpos como múmias “perambulantes” em território esquartejado pelo inimigo... No período de latência da guerra, às “mulheres atenas” propõe-se ao fortalecimento de sua beleza, inteligência e competência na arte de amar e lutar pela conquista de ser amada...; aos “homens espartas”, cabe planejar um ataque sucumbido pelo desejo de tatear a felicidade no território oponente...


Curitiba, 16 de agosto de 2012...


sábado, 7 de setembro de 2013

Buquê de flores...


Lembra quando você era criança e sonhava com um “príncipe encantado” ou, no caso dos homens, com a “gata” mais perfeita do mundo? Quando você sonhava se casando com seu ídolo da música ou com uma “modelo” da revista, por exemplo... Você menina sonhava em receber flores, ser pedida em casamento e ter seus filhos... Você menino sonhava em encontrar a mulher que aceitasse seu pedido e te regasse com muito amor, além de possuir o carro mais “super-máquina” do mundo... Enfim, as crianças não têm maldade e não sabem que no futuro serão corrompidas pelo interesse, pela inveja, pelo ciúme e serão em algum momento postas diante de todos esses sentimentos maldosos a fim de que os provem e testem a capacidade delas de fugir dos maléficos e hipócritas sentimentos, os quais possam ser capazes de torturar um coração...
Alguns corações precisam de muito pouco para se render..., enquanto outros esquecem que não são mais crianças e ainda buscam a perfeição, que já foi corrompida e que defasa a possibilidade de se encontrar a alegria e a felicidade perante um mundo que exige a compreensão, o companheirismo, a solidariedade, o afeto, o abraço, o olhar sincero...
Felizes os que cresceram e carregam a ingenuidade de um coração criança, mas escoltado pelo amor... Tristes os que se rederam a máfia dos corações rompidos e corrompidos...
Um exemplo de felicidade demonstrada me deixou pensativa...
Hoje vi algo que achava que já não existia mais... Um buquê de flores brancas e vermelhas, lindíssimo...
Perguntei a pessoa presenteada... “De quem você ganhou...?” (Um silêncio se espalhou...)
Fiquei sem resposta... Mas achei mais adequado respeitar tal silêncio...
Um silêncio que significa: “segredooo...”
                                           “fascinação...”
                                           “dúvida...?” (um homem que se permite o romantismo?)
O buquê está sobre a mesa... Alegrando o ambiente...
A pessoa presenteada está com um sorriso no rosto... A auto-estima acima do nível...
Um estado depressivo afogado por uma simples e sincera demonstração de carinho...


Curitiba, 28 de julho de 2012...

Sobre casamentos...

Lembra que na época em que nossos avós eram jovenzinhos ou, dependendo da sua idade, a bisa era ainda uma mocinha...? O objetivo de vida, aqui no sentido de relacionamento homem-mulher, era prezar pela união eterna e perpetuação da tolerância. Todos os problemas advindos do meio externo não seriam tratados como simples falhas pessoais ou julgados como crimes medíocres merecidos de punição e sentenciados a morte através do abandono. Os casamentos duravam uma vida... Bodas de bronze, de prata e de ouro... A cada comemoração, uma reafirmação dos votos de amor eterno, “...juntos na alegria e na tristeza, na saúde a na doença, na riqueza e na pobreza...”. O vovô era um cara romântico, cavalheiro... A vózinha, uma donzela..., meiga..., carinhosa..., era a única para uma vida, porque era melhor que o vovô, segundo ele, e juntos eles eram esplendorosos...
O papai aprendeu com o vovô a ser único na vida da mamãe, que aprendeu com a vovó a ser a mulher que se soma a um único homem... Hoje juntos, tentam manter a tradição diante da dificuldade de conservar a união, a fidelidade e o amor próprio sem serem condenados por seus atos às vezes ínfimos e sem valia perante a necessidade de um mundo que se afunda na ignorância do desrespeito e do preconceito para com um sentimento duradouro e vivo...
Infelizmente os filhos do papai e da mamãe, hoje devem lutar contra a tristeza que magoa os corações, salvo algumas exceções, na tentativa, às vezes ingênua, de que floresça a alegria e de que a felicidade prospere diante do amor, proporcionando um amor que não é vendido, não é negócio (ao contrário do que diria nosso querido José de Alencar)... um amor hospitaleiro, aconchegante, amante da luz que ilumina nossos olhos ao ver a pessoa amada e dependente do brilho da lua que nos conduz a beleza de amar... Um luta intensa para não se entregar a doença e o desespero de amores não correspondidos, magoas reprimidas, palavras silenciosas que desrespeitam a maldade dos surtos psicóticos e gritos enfurecidos que deságuam no mar sangrento de um coração encapsulado pela dureza e ignorância de um amor perdido...
Não cabe ao “mundo de amar”, escolher um abrigo selecionando contas bancárias, status social ou uma beleza banhada por futilidades... Cabe sim, a escolha pela necessidade de crescimento lado a lado, como uma construção que se edifica tijolinho por tijolinho até se chegar a obra concluída com êxito e no ápice do juramento de eternidade no amor..., quando os tijolinhos deixam de estarem sob o chão alicerçados pela tolerância e aceitação um com o outro, e passam a nos cobrirem como num berço eterno...


Curitiba, 04 de Agosto de 2012...

Sobre um pedido...

Desculpa. Palavra difícil de sair de dentro da gente, não é...? Sua pronúncia exige, muitas vezes, que orgulhos sejam engolidos e esquecidos, que mágoas sejam sobrepujadas pela sabedoria que discerne o homem do seu instinto egoísta. O aprendizado de sua pronúncia e significado se inicia desde o primeiro erro cometido, desde a primeira falha reconhecida... E sua prática acomete a maturidade de uma mente, a qual é dependente, em muitos e muitos, de experiências prévias e de um conhecimento de mundo e da aceitação das diferenças humanas, sejam elas quanto a conceitos, quanto a princípios ou mesmo, quanto ao simples auto-conhecimento. Talvez, falar em auto-conhecimento possa parecer um pouco confuso, mas se pensarmos que nossas atitudes são ações que nos levam a usufruir tanto de um poder de destruição quanto de construção, nos conhecermos em nossos limites e termos a sobriedade de encarar os riscos que nos podem ser impostos, nos ajuda a nos prepararmos para encarar os resvalos e consertar, ou ao menos tentar, aqueles que foram feridos pelos nossos pés descalços e nossas unhas e línguas afiadas. Pés insanos que passam esmagadoramente à frente do outro homem, seja pelo interesse, pelo ódio, pela cobiça, pela ira ou pela inveja. Unhas afiadas, que atacam a alma e ferem a destreza que compete ao próprio homem em lidar com a fúria de quem está ao seu lado... Línguas, tão laminadas como as velhas guilhotinas, são capazes de denegrir uma imagem, assolar um homem e humilhar um homem em seus sentimentos... Aqui, me refiro aos mais diversos modos de exibição de qualquer sentimento, como amor, auto-estima, auto-confiança, auto-controle e por aí vai até o próprio exibicionismo (não em sentido pejorativo que possa remeter a palavra) que possa proporcionar a seu executor a fim de elevar todo e qualquer sentido, que o faça sentir-se melhor e confiante. Não estar livre de cometer erros e deslizes, por mais árduo que seja, é o ensinamento do qual precisamos para crescermos, para continuar aprendendo... E sempre que nos for permitido, sermos capazes de ensinar uma criança, um filho, um irmão de sangue, a se retirar para reflexões sobre seus atos errôneos e que o postem diante do reconhecimento da importância da palavra Desculpa.


Curitiba, 15 de dezembro de 2012...

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Aos homens, com carinho...

Eu não sei o que todas as mulheres querem,
mas eu sei o que eu, como mulher, quero...
Eu sei o que eu, como humana, quero...
O que eu, como um coração a ser ocupado, quero...

Quero minha vida a fim de conceder outra vida
Quero um amor a fim de amar por toda a minha vida

Um homem que me beije todas as manhãs...
Que me abrace todos as noites...
Que me ame todos os dias por todos os dias que eu viver...

Quero amar a um homem bom,
assim como quero ser amada por toda a eternidade...

Eu não sei o que todas as mulheres querem,
mas eu sei o que eu, apenas só mais uma mulher, quero...
Eu sei o que eu, como sonhadora, quero...
O que eu, como mulher protetora, quero...

Quero durante a minha vida proteger outras vidas
Quero uma mão para caminhar com as minhas

Um homem que me sinta em todos os momentos...
Que me olhe sob todos os olhares...
Que me conquiste, a cada novo dia que amanhecer...

Quero ser a mulher de um homem apaixonado,
assim como quero ser para sempre a mulher única de um grande homem...


Curitiba, 06 de setembro de 2013...

Uma revolta...

Hoje, li uma notícia sobre os corpos de bebês encontrados dentro de um saco de lixo... Disso vem minha revolta... Quando se trata desse tipo de assunto, que tanto me indigna, minha maior vontade é de “degolar” uma vaca dessas que faz esse tipo de coisa... Sim, porque na grande maioria das vezes é a mulher a culpada por este tipo de abandono e causa de morte... Você poderia achar que uma psicopata dessa natureza, às vezes tenha provocado tal morte por outras razões, como falta de dinheiro, de saúde ou por ser prostituta mesmo... Mas tais motivos não a tornam ilesa de julgamentos, não mesmo... E sabemos, mas muitos fazem as famosas “vistas grossas”, que tem muita gente por ai, muito saudável e com condições financeiras de vida razoavelmente boa, fazendo todo tipo de atrocidades com gestações indesejadas... Mulherada bando de vagabunda, isso sim... Umas dão a luz sabe-se lá em que condições e jogam as crianças em sacos de lixos em qualquer lugar... E então, voltam para o “ganha pão” delas ou continuam transando com qualquer outro filho da puta por aí... Depois tem as dondoquinhas, que fazem e fazem e então procuram auxílio em clínicas glandestinas, ou seja lá como for, e pagam uma senhora grana para, ao invés de jogar na lata de lixo ou no esgoto, o coitado do bebê ser incinerado ou sabe-se lá o que fazem nesse lugares... Prefiro não saber. Já ouvi muita desalmada, sem juízo, inconseqüente, drogadita e prostituta tendo a cara de pau em dizer que “Não, eu não fiz aborto.”. Ou ainda, “Não, eu não tentei fazer nada.”. Ah vá, faça-me o favor! Povo sem noção que acha que o resto do mundo é burro como elas que estragam a própria vida e o próprio corpo, além de causarem ao mundo esse desconforto por tanta maldade cometida... Mas tudo isso é apenas uma pequena parte do que penso sobre o assunto colocado aqui em questão... Se alguém não gostou, talvez nunca tenha parado para pensar sozinho sobre o tema sem influências “midiais”, cientificas ou religiosas... Pense nisso...


Curitiba, 06 de setembro de 2013...

Estopim...

Ao primeiro passo
A conquista de um novo espaço

Ao novo espaço
A luta permanente contra tudo o que for escasso

Ao vencer o desnecessário escasso
Segue a força do trabalho raro

A permanência contra o desafio, como um bárbaro
À mesa, com todos os faros
Ao campo, com todos os meros honrados


Curitiba, 01 de janeiro de 2013...

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Nossas Senhoras Crianças...

Como numa canção de ninar...
Aos amores da minha vida
Dedico essa pequenina rima...

Carinhosas e docinhas vozezinhas
Seduzem a mente pura da inocência,
E permitem vida à infância em saliência...
Infância que irradia a alegria e esconde a tristeza...
Infância que brinca de amarelinha e planeja as belas cidadezinhas...

Como num choro de “manhinha” ou de dorzinha,
Perpetuam a atenção infinita ao som de várias doces liras
Iluminam nossas vidas...
Que brilham através de uma “pequena vidinha”...

Como uma linda criancinha que fantasia,
Como uma linda princesinha que sonha a harmonia,
Como um lindo reizinho que maestria a sintonia,
Explodem a felicidade que contagia
Felicidade das vidas que nascem...
Sabedoria pelas vidas que crescem...
E aprendizes das vidas que voam ao céu com seus lírios e brilhos,
Ao onipotente poder dos anjos e dos espíritos...


Curitiba, 12 de outubro de 2012...

Devaneios do “eu homem”...

Mundão, que vem e atropela o homem. E sempre de supetão... O coitado acha que não há perigo nem mesmo no propício campo inimigo... Centraliza-se no próprio umbigo e se esquece do antigo e imprevisto suspeito de ataque infligido, o seu próprio eu por si só inimigo e amigo...

Que exista o cuidado a ser respeitado e amaciado, no qual possa ser creditado... Pois o homem se opõe ao próprio homem e se escandaliza com a incoerência das faces... Enquanto uma mão desenha a trilha de uma vida a ser cumprida, a outra se deixa conduzir pelas malícias e imperícias que o fazem cair e se desiludir...


Curitiba, 26 de abril de 2013...

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Encontros...

Não sei se existe explicação científica para o caso, mas é tão interessante o fato de pessoas que conseguem se entender e sentir-se mutuamente somente através de olhares... O mesmo olhar que é capaz de revelar a falsidade, de entregar qualquer verdade... Já conheci muita gente, mas poucas foram capazes de revelar os pensamentos apenas mudando a forma dos próprios olhares... Podem passar tempos sem se encontrarem e de repente, um breve tropeço e um mundo de pensamentos são capazes de atingirem a você com a simples direção fixa de um olhar... Que coisa de “loko”. Pelo mesmo caminho de encontros e de acidentais desencontros, uma história se passa como um vento que um dia tenha tido um caminho bem torto, mas que leva você aos mais remotos encantos, em cada canto de uma lembrança um tanto quanto emaranhada pelo pranto...


Curitiba, 04 de setembro de 2013...

Com armas e como guerreiros...

Pela noite esperada, que acalma os pensamentos e aconchega os corações... Transcende a vida e o anseio por novas perspectivas, em frente à conquista a ser almejada, cujo trabalho é recompensado pela honra e valores cabíveis ao esforço do homem, o qual se aquece sobre as forças da terra e do céu...
Como guerreiros treinados e fiéis, segue a disciplina, a luta e a preparação enérgica ao desafio de uma batalha entre dois mundos, duas vidas e contra os tiranos que enfrentam um escudo...
Na guerra entre os mundos do “viver” e do “morrer”, se sobressai o que anseia pela plenitude, pela consciência, pelo conhecimento, pela sabedoria, pela crença e faz menção à beleza de se aprender a manter pés em solo fértil capaz de prever a progressão de uma Era que perpetua o elixir da vida...  
Ao encontro de duas vidas, a batalha muda de figura... Passa de princípios aos jogos e tramas que escoam entre os sentimentos e que são capazes de ferir tanto quanto uma bala mirada no peito, uma faca acertada no estômago, um soco nas costas ou mesmo, uma das maiores e mais profundas e dolorosas armas, um “tapa na cara” como uma palavra de ofensa... Nessa parte do desafio de uma vida, não há vencedores ou perdedores... Há corações esquecidos e amargurados pelo desumano descuido de uma vida concedida...
Dos tiranos que se colocarem diante de uma armadura e de um escudo, se espera a queda como recuo de um golpe rebatido pela coragem e fortificação dos guerreiros e seus fiéis e cúmplices escudeiros, que banhados por objetivos e armados pelo justo e pelo certo, são capazes de sobreviver contra a incontinente opressão de um fraco tirano...


Curitiba, 16 de setembro de 2012...

Aos “Playboys”...

Ow, piazada! Na boa... Se liga, aí! Enquanto ainda dá tempo. Arrogância, “mitidez”, papinho fútil de “Ah, eu tenho isso e aquilo. Ah, eu já viajei pra lá e pra cá. Ah, meu pai comprou isso novo. Ah, eu vou ganhar um carro novo. Ah, você vai gostar de conhecer o meu apartamento (meu flat, minha cobertura...).”. Se liga, cara!!! Dinheiro pode acabar, sabia?! Se é que você realmente tem. E ostentação não leva a nada. Você sabia, que você pode morrer atropelado, como qualquer outra pessoa? Espero que você seja consciente, que se você tiver uma pneumonia (igualzinha a do pedreiro que está fazendo a reforma da tua casa) e tiver que ser internado, você também corre risco de ter uma infecção hospitalar, com a mesma probabilidade de chances do cara que está lá na enfermaria, do mesmo hospital que você, e que teve uma perna amputada, porque a serra elétrica passou na coxa dele lá na firma onde ele trabalha... Heim?! Ou você acha que você é muito especial? Pare, cara... Todo mundo envelhece um dia. Sua maquininha masculina não vai funcionar para sempre e esse teu rostinho lindo não vai atrair gurias novinhas e cheias de intenções a vida toda... Ou melhor, até atrai, mas com toda a certeza não vai ser mais pelo teu físico gostoso... Mas também, quem sabe um dia tua herança acabe sendo entregue ao filho legítimo do teu pai... Sim!!! Ou você não sabia que corre outro risco na vida? Sim!!! Você pode ser o filho bastardo. Assim como as bonitinhas que você pega por aí hoje, teu pai também já fez muito dessa, cara... Mas tua mãe nem sabia... Fique esperto... Talvez daqui algum tempo você não possa mais exibir seu Rolex e tenha que ir ali, na lojinha da esquina, comprar um relojinho de “quinzão”. “Ow, não! Que horror! Eu sou playboy. Eu tenho dinheiro e um carro top. Isso nunca vai acontecer comigo.”. Aham. Vai nessa. E mais uma, cara: mulher, que busca um HOMEM, não precisa de “badulaques” e muito menos de falsas e promíscuas demonstrações de “status” social.


Curitiba, 04 de setembro de 2013...

Renascer...

Cresci ali na lida
Aquela perto da colméia caída
Próxima ao rio em que cheguei à vida...
Fiz muitas idas e vindas
Mas nunca fui vencida
Caminhando sempre de cabeça erguida...
Não sou uma mulher muito polida
Mas me considero uma ideal margarida...
Não tenha dúvida
Sou mais que uma exibida
Aprendi com medida
A ser sabida e muito querida...
Pouco convencida?
Coisa de mulher metida...
Levo comigo algumas feridas
Foram as investidas durante a vida...
Nascida no meio da terra deprimida
Levo minha vida descabida

Construída sobre a sombra de cada nova história amanhecida...


Curitiba, 04 de setembro de 2013...

Um recado para aqueles que possam achar que nada na vida tem sentido...

De acordo com as leis da vida..., almejamos o nascimento de uma criança linda e saudável. A criança nasce e usufrui de amores incondicionais dos pais, às vezes dos irmãos mais velhos também... (rsrsrs!) A criança é um bebê lindo, fofinho...
Depois..., o bebê cresce e tem como melhor amigo o papai que joga bola, que leva no cinema, que briga quando a criança faz “traquinagem”, que leva para escola, busca na escola, depois no inglês, na aula de violão..., no sábado leva o garotinho até a casa do amiguinho que depois de algum breve intervalo de tempo passa a ser o amigo da faculdade...
Então, o cara nem precisa mais do pai, agora não é mais papai, é o meu “véio”..., o “véio” é a figura que tem a grana, porque o cara ainda está na “facul”, a mesma grana que vai financiar a balada do cara, na qual ele vai o conhecer uma amiga que vai apresentá-lo a outra amiga da amiga em um churrasco na casa de um dos “brothers” da galera... O namoro é lindo e maravilhoso e contagioso..., e em meio a trocas de declarações de amor e carícias o homem, nesta etapa já ocupando um lugar de destaque na empresa pela qual foi contratado lá na época da faculdade, quando os finais de semana de “cachaça” deixaram de ser a prioridade de vida e passaram a ser uma necessidade de distração ao estresse provocado pelo trabalho (de acordo com as expectativas de vida dele), pede a moça em casamento.
A moça é uma mulher bem sucedida financeiramente e intelectualmente... Casam-se e desejam ter um filho... Neste ponto, o ciclo se repete...

O que difere este casal no “ciclo de vida existencial” diante da vida de tantas outras pessoas...?

Bom, os pais do cara da narrativa viveram por mais de 80 anos de idade... Faleceram porque já haviam cumprido a tarefa deles aqui na Terra...
A moça bem sucedida, com a qual o cara casou pela primeira vez tornou-se uma executiva de destaque e proprietária de uma grande empresa. Ela não casou novamente e seu único filho, foi fruto do primeiro casamento... Infelizmente o filho dela foi morar com papai do céu ainda jovem devido a um acidente de carro...
O homem deixou de ser empresário e comprou uma chácara..., casou mais três vezes..., teve cinco filhos e deixou viúva a última esposa e com ela quatro netos... Todos vivem bem e perpetuam a importância de ter uma família unida e sempre presente... Pais dedicados e avôs extremamente dedicados (Sabe os vôzinhos e vózinhas que adoram “bajular” os netos? Esses são os mais queridos.)


Talvez não seja diferente... o ciclo se repete a cada segundo... os personagens se alteram... os problemas enfrentados mudam de ordem e de figuras... as angústias, incertezas e decepções acontecem durante todo o trajeto...

O que muda...?

A capacidade de cada um encarar e desviar dos “problemas”. Mudam as escolhas feitas... As conseqüências de atos próprios nem sempre ocorrem como previsto ou desejado... Os caminhos mudam constantemente...
Dependemos apenas de coragem e força para suportar e aportar a vida ou o que ela nos impõe...
Nascemos...
Crescemos...
Erramos... continuamos errando... e colhendo os “podres”...
Choramos...
Sofremos...
Até que consigamos aprender... e quem sabe tenhamos tempo de colher bom frutos (porque a vida a curta... nossa estadia na Terra não será para sempre)....
Então, procriamos uma nova geração... Ensinamos... E depois... tudo se repete...


Curitiba, 27 de julho de 2012...

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Mulheres...

Do início de nossa história, chegam ao mundo como seres capazes de perpetuar nossa espécie, sem seleção de raça, cor ou riqueza. No caminho que lhes compete à bravura e a força pela vida, trilharam pela intolerância, pelo suborno, pela escravidão, pela prostituição, pela violência, pela ignorância, pelo analfabetismo, pela pobreza... Em alguns momentos, chegaram à guerrilha, com imposição de armas e atitudes. Pela conquista do trabalho e do aprendizado, subiram à tomada de um mundo. Mulheres com autoridade nas mãos, idéias revolucionárias, aquisição de bens financeiros. Mulheres saudáveis, outras verdadeiras lutadoras contra as moléstias que as acometem e contra os cânceres metástaticos entre elas.
Ora mães, ora mulheres. Ora amantes, ora discípulas do carinho. Ora apaziguadoras, ora autoritárias. Ora puramente sentimentais, chorosas, amorosas, ora verdadeiras feras em defesa de sua prole e em defesa da própria vida.
Na modernidade do século XXI, chegamos à equivalência da doutrina dominadora, antes mérito apenas de homens guerreiros, hoje troféu do gênero mais forte. Ao contrário do machismo, que por tantas décadas assolou a história humana, a mulher doutrinária domina sua própria emancipação da raça humana. O feminismo cresce e ganha território diante dos olhos que as absorvem.
Como mulheres, são mulheres fortificadas pela sobrevivência árdua diante da história. Ainda mulheres que mesmo faceadas pelo imperialismo feminino, são capazes de amar, chorar, desejar, ambicionar, sonhar, conceder a vida, retroceder à guerra intimamente eterna e ainda, pela superação e garra, vencer uma vida, pela vida e diante da vida.

Simplesmente, mulheres...

Curitiba, 05 de outubro de 2012...

Pensamentos soltos, longe de uma alquimia...

Águas nos olhos...
Lágrimas molhadas pela saudade

Sangue nas mãos...
Vermelho guerreiro desarmado

Coração partido e sentido...
Válvulas fechadas e sem fluxo ou destino

Corpo descamado...
Ossos petrificados

Alma perdida...
Espírito completamente enlouquecido

Pensamentos soltos...
Sonhos absoletos...

Que “pesticida”?!
Que “droga alucinógena”?!
O que pode ser tão forte para destruir a saudade...?

E tão cruel para aniquilar o amor?!

Curitiba, 16 de setembro de 2012...

À beira da morte...

Saudade que não acaba!
Por que não me mata?!
Que branco sangue escorre dos meus olhos...
Que branco sangue me percorre...
Que branco sangue friamente me incendeia...

Saudade que avalassa!
Por que me torna escassa?!
Por que tamanha devassa?!

Branco sangue seque e apague a saudade que se passa!!!

Curitiba, 02 de outubro de 2012...

Máquinas...?

Entre os inúmeros elementos da natureza, você não foi formado de ferro! Mas também, por mais difícil que seja não adianta querer chorar e “espernear”... Tais atitudes até servem para você se renovar, pode-se assim dizer... Mas seguir em frente é o que te livra de cair no infortúnio do desespero... E não falo daquela coisa de que a vida não é fácil e isso e aquilo... Bem pelo contrário, a vida é simples... Conseguir viver é o que pode tornar-se muito complicado... Assim como as máquinas, alguns seres humanos são mais frágeis que outros, mais delicados e sensíveis do que outros, mais fracos do que outros... Em muitos momentos você não saberá se você faz parte do clã forte ou do fraco... Caberá a você usufruir do discernimento, que não abrange as máquinas que quando falham podem tornar-se completamente emprestáveis, que capacita o homem a aproveitar a propícia vida eterna útil a qual foi concebido... Isso tudo, porque somos simplesmente seres humanos.

Curitiba, 03 de setembro de 2013...

Descontrole...

Tem dia que não adianta... A mente não pensa, o corpo não reage, a gente “descompensa”... Não exatamente que a mente não pensa, mas ela tem vida própria, completamente independente, se concentra no que a ela pareça mais coerente... É quase mundana... Quando a maior necessidade é o foco em uma grande atividade, ela voa para bem longe da dura realidade... Se a mente não se retém a sua verdadeira necessidade, o corpo amolece e se esquece do seu papel como alicerce... Sendo incapaz de qualquer resistência, se esplandece diante da luxúria da preguiça que o aquece... Some o equilíbrio corpo e mente e a situação descontrolada se perde no tempo, que de tão valioso nos enlouquece...


Curitiba, 17 de abril de 2013...

Desabafos da insanidade...

Por que são julgados loucos os que se arriscam?! Por que são julgados loucos os que mergulham nos prazeres da vida?! Por quais motivos “enlouquecem” os que amam?! Por quais motivos são chamados de loucos os que buscam amar?! Seriam estes, entre tantos outros, os motivos das loucuras dos homens...? Não sei... Talvez tão loucos quantos estes motivos, sejam os que buscam respostas para tantas loucuras que nos proporcionam viver, amar, rir, curtir, esbanjar felicidade, espalhar carisma e usufruir da pureza capaz de ser extraída de qualquer louco disponível a levar dessa vida as lembranças de uma fase imensamente bem vivida. Sem medo do futuro, promissor ao caos da insanidade explorada, vive-se em íntegra as psicopatas aventuras do tempo que não deve ser perdido! Sem tomar nota da ausente sombra das consequências inadimplentes, sobrevive-se as loucuras aliciantes e emerge-se, renovado, ao tedioso mundo dos que possam estar em pleno estado de sanidade ilusoriamente diagnosticado...  


Curitiba, 07 de abril de 2013...

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Do homem...

Quero contar as estrelas e me perder em meio a essas teias
Emaranhados de laços atados que foram achados
Colados e para não serem mais desligados

Os que ficaram para trás numa saudade que não se desfaz
Transformam um tempo passado cada vez mais fugaz
Uma linha, aliás, que sempre se insatisfaz por tudo aquilo que você mesmo faz

Agora, seguimos os passos que a cada dia nascem mais a frente
E de repente, o atraente nos toca e se entrega
Aos braços que fortes nos confortam e nunca mais nos esquecem

Estamos quase prestes a perfeição
Uma ação sem ligação que se preze

A louca busca pela correção das imperfeições
Nos torna melhores e felizmente nunca chegaremos ao fim de suas ações
Fomos feitos por meio de erros
Que nos ajustam a cada nascer do sol e que nos degeneram a cada fim de dia

Se fossemos perfeitos não seríamos capazes de nenhum feito
E ficaríamos feito bobos
Incapazes de buscar alegorias para nosso crescimento
Sem nenhum aumento a fim de nos tornarmos verdadeiros lobos

Aos que se foram e deixaram suas marcas
Obrigado, pelas parcas castas que os fizeram serem esquecidos como “cacas”

Aos que chegaram e fixaram lascas da natureza humana como um verdadeiro primata
Sem ata assinada e sem necessidades de lixeiras às portas

Obrigado, por serem homens como simples perfeitos imperfeitos humanos...


Curitiba, 06 de agosto de 2013...

"Bonecas"...

Tá legal... Eu sei que eu não vou mudar o mundo... Mas eu também sei que posso optar por não contribuir com a destruição dele... Não estou falando de nada disso que você possa estar pensando... Na verdade, trata-se de um assunto que de tão simples chega a ser até complicado...
Se eu gosto de roupas novas, de maquiagem, de “penduricalhos” femininos...? Gosto, claro. E bastante. Sou mulher, ué! Quem não gosta?! Mas estou bem longe de ser a tal patricinha de vitrine. “Vixe”! Bota longe nisso... Algumas “barbies” vêm com acessórios valiosos e se destacam, mas não é caso da maioria que chega ao homem como um embrulho de plásticas e grifes... Meu jeito é assim mesmo, meio de qualquer jeito... Como toda mulher que se preze, sei que não são enfeites no meu corpo que farão um homem verdadeiramente gostar de mim... O que posso oferecer é o que eu sou, meu maior tesouro... Os enfeites aproximam os olhos de um homem... A caixa aberta excita os corpos... Mas é o caráter de uma mulher e os princípios que a compõe, que poderão ser capazes de, verdadeiramente, trazer um grande e verdadeiro homem para dentro do seu coração...

E imagine você, que de tão simples isso é capaz de ser tão complicado...


Curitiba, 02 de setembro de 2013...

Sem "censuras"...?

Desculpa aí, se o mundo está meio perdido...
Poucos fazem ruído
Enquanto tantos, mesmo f...s
Continuam cuspindo
E covardemente se inibindo...

Desculpa aí, se o homem foi rendido...
E continua rindo
Como um i... caindo
Num poço de m... fluindo...

Ao final, todos são repreendidos...
Detidos
E pela própria língua
Serão destituídos...


Desculpa aí...


Curitiba, 16 de junho de 2013...

Devaneios de um solitário...

Quando sozinho, o homem se desgasta, se consome, impede a vivência solidária, esquece que o mundo que nos vigia condena a solidão ao repleto desapego e desajuste da vida. Num ambiente que facilita uma descarga de amizades e inimizades, torna-se cada vez mais escasso o acesso ao companheirismo e a boa conversa. Eternizam-se as promessas jamais alcançadas e consumam-se fatos e saídas descompromissadas, das quais se levam apenas lembranças que quando boas estimulam o homem ao bem-estar próprio, quando decepcionantes ou sem maior valor corroem ainda mais a solidão que avassala o homem emudecido.
Diante de perguntas sem respostas, correm pensamentos aleatórios, sem foco ou destino conclusivo. Isso leva o homem a afundar no próprio mundo construído em uma mente vasta que perturbada tenta entender o sofrimento, o descaso, a solidão emanada pelo isolamento social ou às vezes pelo afastamento das relações humanas por puro medo de abismar numa área sem fundo ou num caso sem fim. Incansavelmente, frustrações levam o homem ao desespero, ao medo e a agonia. Ao desespero alimentado pela incerteza de que fins catastróficos iniciam uma aparente mudança, marcada pelo medo do novo. Um medo que caminha lado a lado das dúvidas, das mágoas escondidas e sofridamente disfarçadas. Do medo e do desespero resulta a agonia, que assobia sob os ouvidos amedrontando qualquer força que possa ser suplementada pela energia, forçadamente tentada a ser resgatada, do poço em que a harmonia e a alegria se escondem.
A tristeza de um homem, aparentemente marcado ao perpétuo enclausuramento, sufoca a vida não vivida, comprime o sentimentalismo exacerbado que não pode ser esbanjado, rejeita a concessão da oportunidade cedida, sem piedade alguma da vida humana cada vez mais perdida.


Curitiba, 15 de novembro de 2012...

Carta aos meus filhos...

Para mim, sempre serão meus pequenos. Mesmo grandes e independentes irei esperá-los com um abraço... E nas centenas de milhões de vezes que a porta da minha casa atravessarem, a nossa casa, com um beijo irei abençoá-los... Diante dos meus olhos, os protejo, mas longe vocês tornam-se seus próprios tutores... Meu coração gostaria que jamais crescessem, mas talvez um inevitável aconteça e o papel de cada um, aqui onde nos encontramos, termine antes que nossos planos possam ser concluídos... E quem sabe, já não os tenhamos finalizados sem perceber, quando tudo isso acontecer... Tenho tanta coisa a lhes dizer...  Não roubem, não sejam fúteis, não sejam cruéis... Pode ser que algumas lágrimas que vierem a derramar, vocês não queiram me contar os motivos que tanto os entristecem. Tudo bem... Ficarei aborrecida, mas compreendo os meus limites como mãe... Posso ser sua progenitora e eterna protetora, mas somente até onde suas privacidades não sejam invadidas... Meu coração irá chorar junto com vocês, podem ter certeza... Quando me perguntarem, que caminho devem tomar ou que decisões devem ser sensatas, eu terei o prazer em ajudá-los... Talvez meus conhecimentos não sejam o suficiente para lhes dizer ao certo o que fazer, já que o mundo de hoje é mais evoluído e diferente do que o que eu conheci, mas terei discernimento o suficiente para guiá-los e aconselhá-los... Algumas coisas nem sempre estarão ao meu alcance, mas tudo o que eu possa passar a vocês da minha experiência de vida, irei assim fazer... Sei que às vezes vocês não irão me escutar, mas em algum momento me entenderão...  Ainda vamos brigar e discutir muito, eu com vocês porque os amo muito e vocês comigo porque acham que eu só quero o “mal” de vocês... É assim mesmo... Sempre foi assim com todo mundo... Muitas vezes vocês me esquecerão e procurarão amigos para lhes ajudar ou mesmo a mãe de algum amigo, porque sempre é mais fácil com o que possa parecer estranho e “longe” da família, menos vergonhoso, dependendo do caso, e por aí vai... Quando amarem, tomarão o papel de loucos... Quando perderem, alguns irão tirar sarro de vocês às escondidas... Quando conquistarem, muitos os invejarão... Tenham cuidado com os falsos amigos e colegas... Infelizmente não vem escrito na testa deles o quão perigosos podem ser... Mas terão aqueles que lhes abraçarão e vibrarão juntos com vocês pelas suas vitórias... E, estes mesmos, chorarão juntos com vocês quando em alguma situação necessário isso for... Fiquem espertos com aqueles que só querem se aproveitar de vocês e do que vocês possam ser capazes de proporcionar-lhes... Nunca sejam preguiçosos em lutar por aquilo que desejam... Não tenham medo de tentar... Não tenham vergonha de perder uma, duas ou várias vezes... É assim que vocês serão construídos para o mundo... Mas também não exaltem o falso desbravador... A cada conquista, não se esqueçam daqueles que verdadeiramente sempre estiveram com vocês... Pois são eles que merecem o sincero, “Muito Obrigada”... Ninguém vive sozinho neste mundo, não se esqueçam disto... Quando vocês chorarem, estarei aqui... Quando ganharem, também estarei aqui... Vocês irão amar e deixar de amar muitas vezes... Irão sofrer com suas escolhas, sejam elas em virtude da busca por maiores méritos ou pela exclusão das chances de martírios sentimentos ou problemas... Vocês são livres, meus filhos... Eu apenas fui delegada às suas concepções e a ser a instrutora para que se iniciassem ao solitário caminho do conhecimento do homem... Cuidem-se como se fossem únicos e delegados a fazerem o bem ao próximo...

Mas de nada irá adiantar tudo isso eu lhes falar... Errar faz parte dessa tal ação de viver... Eu sei que por todo esse caminho vocês ainda irão sofrer, mas também irão aprender e nada disso irá adiantar eu querer hoje lhes dizer... Um dia vocês irão me entender e me compreender...


Curitiba, 01 de setembro de 2013...