terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Que passagem...?!

Existem algumas coisas que realmente não entram na minha cabeça... O ano inteiro, de repente, parece que se resume a finalização de confrontos e arrependimentos em um único dia... Uma sociedade de capitalismo exacerbado que confere à mente humana aquilo que a imposição “midial” e comercial, e por ai vai, acha que deve ser feito...  Pare, “neh”!

Existem tantas outras coisas que as pessoas esquecem... Por exemplo, que viver é um ato que nos “interfere” no dia a dia, mas não está rotina, é parte intrínseca da nossa presença nesse mundo medonho...

Claro que é bem bonitinho dizer palavras bonitas, se vestir com as cores da “sorte” escolhida e tudo mais... Mas a gente sabe que nada do que você fizer hoje vai apagar o que você fez no passado, de segundos atrás até anos tão distantes, ou irá traçar um caminho “divino” num futuro que inclui a incerteza de você nem ter certeza se vai acordar amanhã cedo...                        

Não estou falando que não gosto de me arrumar e tudo mais e blábláblá... E também sei que a minha opinião pouco importa diante da predominância de pensamentos que se arrastam por esses dias... Mas é uma pena que exista muita gente que se torna presa fácil diante da hipocrisia sensacionalista do vendido fim de ano, e que deixa de pensar que a vida de verdade não é contada em anos...

A vida de verdade não tem tempo, é vivida a cada segundo, sem se preocupar com o que está por vir e sem considerar um passado, que como o próprio substantivo já diz, não volta mais... E não sou eu que preciso dizer isso quando tanta gente já registrou isso por ai...

Ninguém resume a ação de viver em segundos de fogos de artifícios, numa roupa nova e bonita, numa mesa farta que depois é jogada fora como um monte de nada...

Viver está além do tempo...
Não se faz nem em nosso próprio conhecimento...
A vida está em cada momento...
Momentos sem incremento...
Mas na simplicidade de cada um nós como um real elemento...


Por: Ana Bunick, 31 de dezembro de 2013...

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Com o tempo...

Amei...
Pequei...
Uma vez quase me afundei!
Chorei...
Mas o tempo passou e me encontrei...
De novo chorei...
Mas agora por um rei
Que como príncipe sempre terei!

Me doei...
Mas não me superei...
Acho que errei
Mas agora para sempre serei...
O sorriso doce que te concederei!
A gargalhada que a você darei!
Uma mulher única...
ao grande homem que em minha vida ganhei!


Por: Ana Bunick, 30 de dezembro de 2013...

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Desgraça social...

Sabe aquele cara ali na rua perto da tua casa? E aquele outro, pelo qual você passa todos os dias no caminho ao trabalho? E ainda, aquele outro que sempre está na porta do restaurante, no qual você e teus colegas de trabalho almoçam todos os dias, e que fica pedindo uma moedinha para comprar uma marmitex e esperando até o final do expediente, do restaurante, para ver se consegue “catar” algum resto de comida no lixo desse mesmo restaurante? Sim. Do lixo! Repare que às vezes esses seres humanos, entregues ao esgoto do mundo, parecem mais lúcidos do que você que muitas vezes paga caro por uma comida de lixo, mas que te faz sentir-se melhor ao mostrar seu “poder” de consumo dentro da indústria alimentícia. Entende? Você já parou para pensar, que esse ser humano que fede diante das tuas narinas “limpas” e esteticamente modificadas, pode ser aquele cara, - que como você, que como seu pai, que como seu irmão, seu marido, ou ainda, um amigo daqueles bem próximos que de repente “somem no mundo” -, aquele homem ou aquela mulher, que em um dia de desespero e sem mais forças para se levantar, sem apoio em que se segurar, largou mão da vida, entregou-se ao mundo, desistiu de viver, desistiu de continuar a lutar... E você nem olha para a cara do cara! Você nem sabe por que o cara está lá emporcalhado no chão imundo, fedendo urina, apodrecendo através dos olhos da sociedade que por ele passa... Pense nisso... E desculpa aí, se você não gostou do texto... Era bem essa a intenção...


Curitiba, 30 de agosto de 2013...

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Devaneios perdidos...

Quando um sentimento impede inspirações, nada pode ser feito... O corpo amolece, os pensamentos voam para bem looonge... Para longe do que nunca existiu... Talvez seja mais sensato pensar ou imaginar, que o tempo é amigo da realidade... Mas a realidade pensada permanece com os pés fora do chão... A realidade arquiva o coração em pequenos pedaços... Enquanto ao tempo, cabe a responsabilidade de organizar esses pedacinhos em uma estrutura que seja forte o suficiente para suportar as memórias perdidas... e comportar uma função escassa de sentimentalismos que a ele foram estritamente proibidos... Quando um homem é preso por um crime não cometido, mas que o difamou diante de seu próprio caráter, seu coração é endurecido, é enjaulado..., fica como um bicho... Um bicho..., é arisco, tem medo do próprio bicho e do homem... Quem chegar perto, provavelmente será mordido... O homem preso busca crer em tudo que o possa engrandecer ou fortalecer, independente dos custos disso para uma vida... O coração também...  Alguns planejam a vingança, outros trabalham para melhorar aquilo que eles não tiveram... Do que vale uma vida sem sorrisos, sem abraços, sem o compartilhamento de carinho...? Muitos nunca encontraram a realização acompanhados... Vários dependem de fazer o bem, para sentirem o valor de um sorriso e de um abraço... Triste é um coração que não seja capaz de ceder o que ele tem de maior valia... Triste é um coração amargo..., aquele que foi condenado, absolvido, mas enfraquecido e esquecido... Mais triste, ainda, é uma vida sem um coraçãozinho pulsante... e sem receptores que se encaixem a tanto sentimentalismo exacerbado em um coração deslealmente torturado...


Curitiba, 30 de agosto de 2013...

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Devaneios contra um “sistema”....

Sério... De verdade... Eu fico “de cara” com certas coisas e duvido que muita gente não concorde comigo... Alguns insistem em achar que os loucos (aqui não apenas no sentindo de algum distúrbio do homem) vivem alienados ou fora de um mundo comum, isto dentro dos conceitos ignorantes daqueles que desconhecem as particularidades da loucura... Mas tem gente mais alienada nesse mundo do que esse povo sem noção contaminado pela loucura que intercepta o “sistema”? Ah, vah!!! O cara acha que se não estiver na praia “top” será o “pobretão” da turma... Se o cara não for na baladinha cheia de um bando de interesseiras (com raras exceções), ele já não vai prestar para se vangloriar com as gurias que ele “pegou” ou mostrar um, na maioria das vezes, falso “status”, “Eu posso pagar a porcaria dessa entrada e encher o nariz de cachaça!”... Que gente sem noção... Poiseh, tem gente que fala isso mesmo... Mas citei apenas dois exemplos bem comuns... E sei que muita gente vai me odiar por isso... Mas pense bem, que bando de loucos são esses? A vida é feita de diversão? Sim, também... Mas tem o povo que se diverte, bebe, vai para a baladinha e não precisa ser o playboy super fashion forçadamente aos olhos dos outros... Pena que tem uns e outros que dão valor apenas para um bando de etiquetas, como se fossem a própria mercadoria a ser entregue ao mercado da hipocrisia... Entendo que alguns precisam disso, mas pode ter certeza que tem gente por ai que não precisa... E o motivo? Aqueles nunca saberão...
E nem sei, por qual motivo eu estava pensando em tudo isto e ainda, esta hora da noite...

ps. este texto antecede a história do "agregar camarote" e foi escrito por volta da meia noite ou mais de um dia comum de semana.

Curitiba, 29 de agosto de 2013...

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Emaranhado caminho...

Quando nos parece que a esperança está à morte
Desperdiçada por um profundo corte
Toda parte em arte na destruição
Coração que se parte e arde
Uma lembrança que vaga em chama que se inicia
Como numa criança nada no mundo nos espanca
Mas nos balança e nos lança
Sem medo do futuro
Sem risco ao sangue que não se estanca
Assim nos parece que não existe vida sem a parte
A chama nos arde
Queima e não teima
Uma nova ação que vagueia em arte e nos presenteia
Uma teia de braços e laços
Nosso coração tece em largos e juntos passos...


Curitiba, 19 de dezembro de 2013...

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

“Breve momento”...

Se linda
Linda serei sua
Pela lua
Papuas e diabruras
Sem rasuras
Vida pura
Cuja beleza não pura
Não satura
Formosura e aventura
Rua semi-nua
Cama que ainda sua
Pela noite perpetua
Travessura
Toda sua...


Curitiba, 06 de dezembro de 2013...

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Sobre nossos verdadeiros sábios...

Foto: Luiz Fabiano.

Talvez o céu seja o lugar de maior cultura que podemos imaginar... Além de anjos e outros personagens mágicos, é preenchido por vários e queridos vôzinhos e vózinhas que já se foram... Dotados de uma sabedoria inigualável compõem um espaço cujo objetivo é treinar os próximos aos conhecimentos do mundo sobre o qual viveram... Alguns sérios, outros “carrancudos” e há aqueles do qual emana a alegria através da pela porosa, como uma música... Dos sérios se extrai a habilidade, a postura diante das situações que nos impõe a capacidade de manipular nossas mentes e o inteligente brilhantismo... Dos “carrancudos” se conhece a aplicabilidade da ação de aprender, aprendizado profundo que compete estudar os sérios e a desconfiar dos “maldosos”...  Com os “figurassas” alegres e sorridentes se aprende a verdadeira arte de viver... Nas mãos da alegria exposta através de um sorriso contagioso, a seriedade torna-se facilmente trabalhada e une-se ao “rosto fechado” quando necessita mostrar aos seus aprendizes a moral das lições de vida... O vôzinho alegre e sorridente obtém de um choro e de um cansaço, o sorriso eufórico que impulsiona a seguir em frente... E quando o vôzinho emite um “olhar brabo”, mostra que algo deve ter sido aprendido com os erros cometidos, mas em troca do arrependimento e reconhecimento de falha envia, o sorriso mais belo e uma piada... para agora, chorar de rir... As vózinhas tão doces e queridas, quando na terra são colo e ternura..., quando sob as nuvens protegem e ilmuninam seus filhos... Em vida... são vovó, são mamãe e são espelho... No paraíso merecido, são as conselheiras e ouvidos de desabafos... Ambos, como sábios eternos, são guias das novas vidas e anciões que ditam a consciência, o equilíbrio e o centralismo de uma união... Pessoas mágicas que vivem ao modo de anjos e guardados como tesouros no meio do céu, brilhando junto as estrelas...


Curitiba, 18 de agosto de 2012...

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Respeito...

Respeito. Uma das primeiras lições de vida que uma pessoa recebe. Algumas jamais se dão conta da importância do significado que se torna cada vez mais intrínseco a palavra, cuja ação verbal é esquecida e tem seu contrário a imperar. A ela se agregam atitudes das mais variadas índoles, sentimentos oclusos ou sufocados... Alguns desrespeitam até o próprio respeito recebido. São nossas imagens e ações que nos concedem o direito a ser respeitado, o direito a exigir tal respeito, o direito a conceder respeito digno aos que realmente mostram-se merecedores deste ato... Imagino que não seja tão complicado agir de forma respeitosa, pois este modo de convivência humana não exige nenhuma explicação científica, nenhum conhecimento muito aprofundado sobre seu modo de ação, sobre as causas das necessidades que o compete, nem sobre as conseqüências advindas da inaplicabilidade adequada da palavra executada... Ou seja, qualquer pessoa com o mínimo de vocabulário é capaz de praticar e viabilizar em meio social (aqui, considera-se os mais diversos modos de sociedade do mundo, destacando a sociedade capitalista e os relacionamentos amorosos) o conceitual respeito e respectiva reciprocidade.


Curitiba, 26 de fevereiro de 2013...