quarta-feira, 30 de outubro de 2013

“Deuses gregos”... Como homens...

Diante da democrata aptidão feminina pela beleza humana... “Deuses gregos” portadores de infindável brilhantismo, surgem como centros de universos paralelos quando disputam espaço e atenção entre sua “máfia”, aqui no sentido de companheirismo, ou, quando sem pedir licença aceleram a pulsação dos delicados corpos femininos... Criados ao mundo como patriarcas e mentes para decisões de vidas, perpetuam a dissimulação de um estado prazeroso que os destina a liberdade como resposta de uma vida...
Do nascimento, já ditado por uma disputada gametogênica, à idade adulta, buscam a destreza do dinamismo conjugado entre amigos, famílias a amantes... Na luta entre os fortes, dedicam-se a conquista do Olímpio..., onde competem pelo lugar como deuses do Sol e da Lua... Na modernidade, alguns conquistam nações..., outros conquistam formas de estabilidade e de reconhecimentos honrosos e de “mérito medalhoso”, enquanto todos ao mesmo tempo desejam ser a fonte de juventudes que estarão por vir e o berço da mulher desejada...
Não são príncipes ou reis..., são guerreiros através dos quais corre a ânsia pela sobrevivência num trono almejado a partir de princípios e ações dignas de nobres e homens...
Seus corpos, sejam eles perfeitos ou não, vestem uma armadura que camufla a doce face que os envolve... Seus olhares observam e os adequam num abrangente e futurístico campo de visão no topo situado... Tateiam a vaidade e suspiram a auto-estima... Como fontes de luz, natural e própria, iluminam a face da mulher que se esbalda em endeusar tamanha obra prima... Dos românticos e imperfeitos aos desajeitados e amorosos, todos serão desejados, alguns amados e outros eternizados a memória de um “grego antigo”, quando sua luz for apagada...

ps. apenas palavras simples, para descrever como um homem pode ser visto dentro das várias visões que os competem... aqui no favoritismo que os engrandece, mas sem “machismos” ou “achismos”...


Curitiba, 17 de agosto de 2012...

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O que querem as mulheres?!

Um homem
Sem nenhum codinome
Não daqueles que somem
Mas que às consomem
Às consomem como mulher
Que às vem a acolher
E a satisfazer o sonho de toda mulher

Um amante
Daqueles que às deixam delirante
Sentindo-se como uma amante
Que às lapidam como a um diamante
E às satisfaçam em tom exultante

Um amigo
Daqueles que às dá um abrigo
Sob um ombro querido
Um doce sentido
Aos mais ternos momentos
Aliciados aos encantamentos de um amor nada retido

Um companheiro
Não corrompido
Marceneiro dos dias de nevoeiro
Cobertor nos dias desprovidos de calor
Rei em dias de sol em que me encantarei...

Nada pensei...
Apenas “recitei”...
Isso que encontrei
Me admirei...
E agora sei...
Que um dia me presenteei...


Curitiba, 30 de maio de 2013...

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Uma louca insanidade... Parte I

Fonte: cafecomversos.wordpress.com

Rosas de fogo que ardem sobre o peito
Leito em chamas que evaporam a cada anseio...

Seio aberto à vontade sem maldades
Sem santidades ou postas a veracidades,
Quando enlouquecem, as luzes das cidades...

Nenhum homem padece diante do trono perfeito
E da mulher que o entorpece...

Peles roçadas e braços amordaçados sobre corpos
Pardos corpos embebidos pelo prazer que floresce
Enquanto cresce a prece pela ação que se tece...

Movimentos voluntários com intensos rastros
Gatos que se entendem envoltos aos próprios mastros...

Desejo que se alastra e não disfarça
Revelados...
Mutuamente aceitados...
E agora, emanados pelos desejos sanados...
Por nada poderão ser fadados, mas são brevemente saciados...

Ao alvorecer, um novo cheiro e um novo tom...
Sobre o dom do homem sem correntes,
Novos dentes seu traje rasgarão...
E novamente, os corpos diante de suas vontades agirão
Nunca coagirão
Mas se entregarão e por um momento, longe do chão...

Sentidos e sentimentos sem nenhum codinome
Onde a vontade do homem apenas os consome...


Curitiba 28 de Outubro de 2013...

Lavando as mãos...

Por várias e várias vezes você já deve ter se perguntado, o motivo pelo qual ainda insiste em se preocupar com quem pouco se importa com você e para quem você não faz nenhuma diferença se vivo, se morto, ou se nunca tivesse existido... Entre tantas inúmeras perguntas, você deve ter se questionado o porquê ainda não desistiu de tudo e de todos e passou ao modo “egoísta” de ser... Passam homens e ventos por essa terra, e esses supostos erros continuam a nos afrontar... É conhecido do lado solidário (não sei se seria exatamente essa a palavra a ser aqui usada) do homem, o sempre querer estar perto e pronto para qualquer situação que impeça nossos protegidos de se afogarem em profundos abismos... Mas do que adianta tanto, se isso não tem nenhuma importância...? Apenas um desgaste emocional e consequentemente físico são gerados... Então, você poderia me interrogar da seguinte forma: Mas não devemos esperar nada dos outros e blá blá blá... E eu diria que concordo plenamente com você. Realmente não devemos esperar nadinha, mas também acho que ninguém aqui precisa de descaso, de sofrimento, humilhação ou ser tratado como um NADA... Como para tudo na vida, todo mundo sabe disso, tudo tem limite! E limites não são aplicados apenas dentro de regras e leis, mas também no que se propõe a projeções do caráter de cada um de nós... E a partir deste ponto, deixo você a pensar sozinho no que aqui foi dito...


Curitiba, 28 de outubro de 2013...

domingo, 27 de outubro de 2013

Ao nome de um anjo...

Qual o maior castigo a que um corpo pode ser submetido...?
Quando nada se conclui, nada se extrai!
Nada, nada!

Que condenação tão perversa é capaz de rasurar uma história e estragar sua contextualização, que um dia foi baseada em ternura, em afeição, em companheirismo, carinho e amor...?
Qual a maior tortura, além da perda em constituição corporal pelo repleto desgosto, ao que se torna inescrupuloso e ainda tão doloroso...?
Quais provações, além da condenação à morte por amar, podem mutilar um corpo e vaporizar uma alma já sem destino...?
Que ser impertinente é capaz de prosseguir com o que foi perdido...?
Que ser fantástico é capaz de crer em um sonho esquecido...?

Ausência árdua que se emulsiona em sacrifício!
Ausência falseada pela figura da alma de um homem, que vagueia com frieza e alimenta uma já enorme e ainda crescente tristeza!

Que mente doentia ainda se alia ao que lhe foi dado e sentenciado já sem valia...?
Para que o sacrifício de um olhar desviado, um silêncio tão alto e uma ação tão maldosa...?

Responda coração ignorante que ainda pulsa!
Responda!!!

Que atrocidades são essas?!
Respondam anjos!!!
Respondam!!!


Curitiba, 28 de setembro de 2012...

Meus e seus “segredos”...

Escolher o momento certo para falar, ser ouvido com respeito e aceitação... Permanecer forte quando necessário, ser um verdadeiro alicerce para evitar uma queda e ser o colinho bom e o ombro de desabafos, quando o cansaço e a tristeza passageira abaterem... Ser cúmplice de uma vida e ter a certeza de que seus segredos e medos também estarão muito bem guardados, para além da sua mente, com outro coração a ser respeitado ou com outro alguém digno de te apoiar sem julgamentos ou questionamentos invasivos. Tudo isso dentro da privacidade emocional e psíquica inerentes a cada um de nós..., e onde dentro dos nossos diversos valores, sempre de alguma forma possamos ser explorados...
Dedicada cumplicidade entre amigos, a menos questionada, que vivem como irmãos de sangue dentro de uma infinita capacidade de apoio mútuo na festa da vida e na realidade que às vezes nos desatina.
Cumplicidade entre amores concebidos, concedidos, às vezes perdidos, mas para sempre guardados e lacrados, na doação através do bem querer entre um homem e seus pedidos...
Do que adiantam promessas na vida, se as coisas simples não puderem ser compreendidas...? Alguém responde...?
Poucos de nós somos capazes de passar por cima dos nossos próprios “orgulhos” e sermos livrados de qualquer condenação por agirmos diante do que não nos possa ser seguro, mas que possa nos render sentimentos tão frutíferos quanto qualquer mundo individual que vive na completa escuridão de um homem inseguro...
Viver ao lado de outro alguém, que cruzou o teu caminho e precisa seguir uma direção muito além de uma simples caminhada sozinho... Vale a chance que temos de não julgá-lo pelas suas opções sem o prévio conhecimento de suas permutas nessa vida... Às vezes o que outra pessoa precisa da gente, é o carinho, o companheirismo e aceitação por suas escolhas. Muitos de nós já nos condenamos o suficiente para sofrer diante dos resultados de nossas ações... Alguém que nos apoie na alegria e na tristeza, sem dilemas nessa vida resoluta de doces e perigosos poemas, é o que precisamos para ter certeza ainda maior do quão importante é a vida, quando dividida entre duas pessoas mutuamente capazes de se entregarem, se amarem e perpetuarem segredos e aprenderes de uma vida de tolerância, respeito e consequente cumplicidade e maior simplicidade...


Curitiba, 27 de outubro de 2013...

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Punição...

Queria fugir daqui...
E me trancar no lugar mais escuro desse mundo...
Não sou daqui... Não...
Aqui não parece ser o meu lugar seguro
Tento me refugiar...
Mas o sofrimento sempre parece me encontrar...
Quero morrer com as estrelas
Quero adoçar o sabor da chuva
Brilhar em todas as noites de luar
Talvez, essa seja a única forma de alguém me amar...
Talvez, essa seja a única forma de alguém eu conquistar...
Não quero lavar os pés sujos do homem
Mas viver plena...
Viver sem mais nenhum dilema
Sobrevivendo sob o meu legítimo lema...
Nunca matei ninguém nessa terra que me condena
Mas me queimei sob muitas penas...
Centenas de chacinas já desmistificaram a mente da mulher plena
Pequena doce que gangrena...
Sangrenta vida insolúvel
E volúvel aos homens que a falsa beleza nos incendeia...
Fujo sem barco, sem nenhum arco que me defenda
Entrego ao mundo o pouco resto da minha vida
Tida sem nenhum caso que a permita viver em busca de mais uma aventura
Sem tortura e com ternura...
Agora, apenas mais uma mulher jogada à cova
Aguardando a sepultura...

Você pensa que acabou?!!!

Pare!!!

Manda embora essa diabrura que te configura!
Encha seu coração com a verdadeira ternura!
Levanta a cara e sai pra rua!!!
Larga a amargura!
A vida sorrindo é mais segura!!!
É dia de emancipar a nossa própria bravura!
Ninguém segura o homem quando ele rema a favor da própria vida em grande aventura!!!


Curitiba, 25 de outubro de 2013...

CoN (Sem) fiança...?

Confiança... “Eita” palavrinha difícil de “questionar”... Conceder ou não conceder...? Permitir-se ao luxo de em alguém confiar? “Em alguém?”, você poderia me perguntar... Sim, em alguém, porque é das pessoas que partem as ações, atitudes e omissões, e consequentemente delas os resultados expressivos, ou não, disso tudo... Confiar um segredo, confiar um amor ou mesmo a própria dor sob forma de evasão para o alívio de um sentimento... O orador de tal concessão deverá ser consciente de que suas forças e palavras, sob o esforço das próprias opiniões e opções, quando a outro alguém forem reveladas, estarão sujeitas a constituírem um novo arquivo em vida e a perpetuarem, ou não, o condizente sigilo do que possa ser confiado... Se a míope confiança for incapaz de escolher seus tutores certos estará condenada ao pagamento, por muitas vezes humanamente caro, de uma dívida, que por ora, possa render-lhe apenas a perdição no descaso passageiro ou, a desgraça pelo resto de uma vida inteira... Se dirigida àqueles que são dignos de tal palavra, será provada mais uma vez a capacidade que há, mesmo ainda sendo quase escassa, em se esperar do homem sentenças não condenatórias pela guarda do que se confia... Mas sejamos realistas que não é fácil acreditar em todos a sua volta ou em tudo que nos dizem ou nos “confiam”... É muito mais fácil se afogar em ilusões provocadas pela ritualística gama de palavreados jogados aos quatro ventos, através dos famosos, diretos ou indiretos, “Pode confiar.” e ser um raro admirador do resultado final que procede ao “Você teve a minha palavra e minha palavra é lei.”, mesmo sendo essa oração revelada pela voz falada ou intrínseca aos olhares que revelam tanto o homem e a sua condizente conduta... Olhos vagos margeiam a incoerência dentro do que pode ser acreditado ao outro. Olhares fortes e fixos revelam o caráter e, sem mais, em quem possamos de fato confiar sem se preocupar com prejuízos futuros, pois eles nunca existirão... 
Pense nisso... Já que é tão complexo, está aí uma explicação do porquê não confiar em ninguém de olhos fechados... Nunca sabemos de onde virão as cobranças, nem de quem e muito menos de que lado elas emergirão...


Curitiba, 25 de outubro de 2013...

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Entrelinhas: Sexo...

Nenhuma novidade nisso..., mas pode ser bom ou ruim (clichê). Sempre me cabo em dizer que talvez eu devesse ter nascido em outra época... Mas penso que, além do romantismo necessário até o ato conjugal consumado, também deve haver a conquista... Mas uma conquista diferente daquela época, em que o amor nascia por longas e esperadas cartas... Hoje, se espera qualquer outra coisa ou mesmo nada, mas raramente o florescer de um verdadeiro amor como o da moda antiga... Aqui, um parêntese. Amar virou verbo comum a boca do homem, que já não consegue mais nem expressar os próprios sentimentos... Mas voltando, falamos de uma época em que a traição era muito mais escondida às grossas vistas e o desejo expresso pelo prazer às escondidas... Hoje, demandamos a conquista pela troca de olhares e blá blá blá blá, sedentos ao desejo do toque ao corpo, que não só levam a noites de loucura entre um homem e uma mulher assumidos como amantes, mas também que levam ao descompromissado gozo... Algo difícil de abordar mesmo para uma simples descrição de um ponto de vista próprio, exigindo, por isso, cuidados para não cair na armadilha da inocência e muito menos na promiscuidade da pornografia barata... Aos homens, os quais podem, não raras vezes, ser tão complicados quanto às mulheres (aqui uma cutucada), cabe ao menos a gentileza em atenderem suas parceiras, mesmo sendo ambos “vítimas” do encantamento venenoso pelo sexo aleatório... À mulher cabe a escolha, como eu sempre digo... Então, talvez desejasse a mistura de duas épocas, mas sem mais crer na perfeição de um final imposto pela história que foi escrita pelo próprio homem... Na linha do tempo, entre fatos corridos: inicia-se a conquista ao modo atual, hoje muito mais gostosa que antigamente; segue-se ao conhecimento do corpo a corpo, das peles roçadas e dos fluídos corpóreos expressores da satisfação carnal; e por fim, a incógnita... Uma vida dividida ou, vários e vários, amores e uma vida, possivelmente, futuramente perdida...? Na verdade a gente não escolhe nada... Vai vivendo a vida, vai aproveitando o sexo sem medida e depois ninguém sabe mais se ela será dividida...
Entenda que não discuto aqui o amor e muito menos defendo a ligação desse sentimento obrigatoriamente ao sexo... Vale interpretar as entrelinhas...


Curitiba, 24 de outubro de 2013...

Naturais...

Fonte: viverdeeco.com

Custa a tantos compreender... Mas somos poucos os que se interessam a aprendê-la... Natureza essa a qual pertencemos e com ela sobrevivemos... O que interessa de fato é o respeito mútuo entre o teu, o meu e o espaço de cada ser vivo que dela consiste... E dae, que o leão é feroz! Ele não vai te comer, se você não interromper a rotina dele... Qual o problema do passarinho que pela grama vagueia?! É só cada um ficar na sua... Você cuida da sua vida, assim como ele cuida da passarinha prenha... O que você faria se alguém estranho se aproximasse de seu filho? Certamente, agiria da mesma forma como se sente um casal de gansos que protegem os filhotes enquanto passeiam... Se o bicho homem ataca, o bicho morde... Se o bicho morde, infelizmente o bicho homem agride, por muitas vezes mata... Invertamos as posições e me diga, há alguma diferença entre as ações e conseqüências de ataque entre o bicho homem e o bicho...? Quem é capaz de ser mais animalesco em suas atitudes diante do outro?!
Quando respeitamos a nossa natureza, também respeitamos a nós mesmos e somos respeitados... É nesse meio que vivemos e é dele que devemos cuidar...


Curitiba. 24 de outubro de 2013...

Inspirações absorvidas...

Quando a saudade aperta, sufoca o coração, asfixia suas válvulas e gangrena seu puro sangue... Como em uma imagem estática, imobiliza-se... A bomba torna-se inútil e incapaz de suprir um corpo com sangue quente, para sanar um sentimento, às vezes friamente consentido e indesejoso..., às vezes um sacrifício indigestamente necessário... 
Ao mesmo tempo, na ausência do ar que contêm o cheiro das doces lembranças, o pulmão colapsa e seus alvéolos explodem espalhando pelo corpo em sofrimento, o odor da tristeza e da solidão...
O cérebro..., sem sangue ou oxigenação..., permanece com a memória da saudade reprimida..., na beleza e na grandeza que definem a figura focada, desejada ou amada... Inconscientemente, luta bravamente pela sua sobrevivência mesmo sem vida...
Na brava disputa entre a saudade e o tempo..., a saudade provoca feridas tão profundas quanto uma arma, é sentida tanto quanto um tiro no peito, é desgastante mais que a busca por um caminho longe de sofrimentos... O tempo é a contagem regressiva para o alívio da dor..., mas em seu decaimento passa como navalha através de tantos sentimentos...
A pele que ainda encapa o corpo encharcado pela carne em decomposição, se esfarela na “secura” pela ausência de uma alegria ou capacidade de superação... Através de seus poros, os resquícios de vida vagam melancolicamente até uma nova encarnação...


ps. aqui, apenas uma das várias interpretações dada a saudade tão intensamente sentida... talvez no modo mais escuro que a ela pode ser competido... tudo depende dos olhos e seus sentidos...


Curitiba, 12 de agosto de 2012...

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Numa breve interpretação...

Imagine a seguinte cena: Uma mulher, sentada em uma mesa de um restaurante, aguarda a vinda do prato solicitado a um garçom. O garçom é um homem moreno, de boa aparência, cerca de 1,80 m de altura, olhos azuis cor do céu (como aqueles dias ensolarados, na praia, à beira do mar)... “Boa noite, Senhora! Gostaria de fazer seu pedido?”. E a mulher responde: “Claro, por favor...”. O garçom se retira educadamente, com o pedido em mãos e aquele sorrisinho tímido e sem vergonha, que todo homem um dia já expôs e que todas as mulheres conhecem...
Depois de alguns minutos, já com uma taça de vinho sobre a mesa, a mulher esbanja confiança e determinação... É pensativa e maquiavélica, faceada pela imagem sedutora e atraente... Um homem aproxima-se... Ao estilo europeu, alto, pele clara e cabelos escuros... Sedutor... “O que faz uma mulher tão bela sozinha à mesa?”... Daqui, parte o início de uma nova história...
Um belo homem e uma linda mulher, que se conheceram à gastronomia afrodisíaca, banhados pelo romantismo das baixas luzes, à música traiçoeira e à carência da sedução e da conquista... Ao contato, encontram-se em um novo dia, no outro e novamente no outro... A paixão torna-se arrebatadora e acende os artifícios do amor ao modo de um “navio negreiro”, que escraviza a mente e margeia a promissão de uma eternidade, a qual carrega a doçura e o prazer de uma amorosidade incondicionalmente irracional e satisfatoriamente convidativa à condenação ao sofrimento por um amor... ou, à beleza da ternura e do romantismo ao modo “Romeu e Julieta”...
Infelizmente, diante do holocausto entre duas vidas, imperam as leis de um amor capitalista... Na futilidade de uma análise promiscua, “Romeu e Julieta” passam à protagonistas de uma história de intolerância e de vingança, como em uma trama completamente entregue à tragédia de um grego...


Curitiba, 01 de setembro de 2012...

Meu caminho...

Um doce olhar que me guia
Num sinal de brilho
De um lindo anjo que me via
Tão longe e tão perto
De toda uma vida em um único sentido da via

Um tempo que acalma e me alicia
Nos teus braços me vicia
Me joga a imagem de galeria
Um lindo rosto que me enche de alegria
Uma mania que extasia, fantasia
Numa sinfonia
Belos sons da voz que me entorpece em tua harmonia
                                         Seguido por uma simpatia em tua profecia

Sonharia a tua alegria
E nela plantaria a luz do dia
Mas prefiro ser a tua fonte de energia e alegria
Ao amanhecer de cada novo dia

Na ordem de tudo o que faria
Te colocaria ao topo da minha vida
Mas você ficaria longe e me distanciaria
Então, prefiro você acordando ao meu lado todos os dias

Num momento de pouca ou nenhuma calmaria
A você me entregaria e te afagaria
Só que não!
Prefiro estar com você em qualquer maresia
Assim, nada te atrapalha
E te protejo como uma verdadeira guerreira e rainha

Ao anjo que me dedico
O meu mundo eu daria
Mas prefiro ainda viver
E no mundo que eu fico
Caminho com você do meu lado
Bebendo a vida juntos em terna felicidade e magia


Curitiba, 16 de junho de 2013...

domingo, 20 de outubro de 2013

Prisioneiro...

Nos tormentos de uma noite, quando o sono nos esquece e nos assombram os pensamentos..., o travesseiro vira e revira de um lado para o outro incansavelmente... Na falta do cochilo, a pele envelhece como a alma que se perde em meio à própria mente... Questionamentos são feitos ao “mundo” e permanecem sem repostas diante do nosso “próprio mundo”... Iniciativas a serem tomadas são decididas, mas possivelmente esquecidas na manhã seguinte, como quem esquece de um leve sonho... Quando se cansa das brincadeiras de desagrado da vida, as lágrimas salgadas rolam pelas faces entristecidas mesmo adormecidas... e são diagnosticadas ao rosto pálido e sem vida, já na luz do dia... Uma luz de um dia que deveria rodar pela escuridão da noite, a fim de retardar os sofrimentos que assolam o tempo e nos deixar “descansar” durante o luar que nos deveria ser aconchegante... Um suor frio escorre ao corpo que fica imóvel e preso às angústias e desejos reprimidos... Os pés procuram por um descanso como recompensa pelas pedras saltadas... , enquanto a carne tenta esquentar o sangue pela textura que o reveste, prevenindo-o de colabar pela supressão de sua circulação em função de um “colapso cardíaco”... Na procura de um filme, as lembranças nos remetem o desejo de escapar do “calabouço” e procurar uma “máquina do tempo” que pudesse nos proporcionar a felicidade conhecida... Bocejos nos visitam, mas os olhos resistem... O corpo padece e a mente é ativada a insolência de querer se sobrepor ao físico e difundir pensamentos e figuras, canções, histórias... indagar conversas, fatos ou “bisbilhotar” justificativas incoerentes... Um redemoinho de palavras desconexas e sentenças, sem começo ou fim... Que as noites turbulentas desprezem os corpos feridos e levem para longe os furacões de “coisas” incomodativas e nos deixem a sanidade merecida... Como numa história sem fim, que a estrutura que suporta a mente se recupere e renove até que um novo caos “sofra” um estopim... Como nos sonhos ao sono, ou acordados... apenas as surpresas de um novo dia nos aguardam...


Curitiba, 22 de agosto de 2012...

sábado, 19 de outubro de 2013

Devaneios...

Fonte: penseforadacaixa.com

A vida não pede licença para passar e vai agindo sem nenhuma medida... Tudo caminha por um longo processo de paciência e persistência, dentro da procura pela razão de viver. Aprendendo a viver no grande leque da vida... Cada vitória, cada derrota, cada dia uma anotação. Uma nova anotação no pergaminho da nossa vida... Por tudo o que passamos é o que nos mostra que estamos vivendo e sobrevivendo... Vivendo, aprendendo... Crescendo... Amadurecendo... Esse percurso é bastante árduo, sendo que para alguns é um pouco mais sofrido do que para outros, mas é dotado de maravilhas inigualáveis e se torna ainda mais encantador pelas raras jóias que por ele encontramos... Em cada cantinho, garimpamos os sentimentos mais expressivos de nossa raça... A cada passo, sem cálculos exatos ou muitas vezes sem uma prévia consciência de riscos, uma letra é adicionada em nossa história e uma lição será aprendida... Alguns buscarão atividades extras, outros talvez necessitem de auxílios para continuar na trilha, mas por mais diversos que sejam os caminhos seguidos, inadvertidos ou corrigidos, estamos todos no mesmo barco e fazemos parte de único ninho...


Curitiba, 19 de outubro de 2013...

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Complicado homem...

Fonte: blogdojj.com.br

Não dá para entender a razão de ser tão difícil agradar a todos que estão perto de nós... É claro que não acho que devamos ter algum tipo de obrigação em relação a isto..., mas sabemos que este é o tipo de pensamento que ecoa na cabeça da maioria das pessoas... Você é bom, se você está de acordo com o que possa agradar a um..., mas você passa a ser o malvado se você desagrada este um, porque acabou mudando rumos em suas ações para agradar a outro... Difícil lidar com os homens, entre nós seres humanos... Também não se pode esperar que a compreensão impere dos vários lados, que nem sempre estão envolvidos diretamente, e às vezes nem têm conhecimento um do outro, mas encaram suas atitudes como se você estivesse sendo o sem escrúpulo da história... Sei que usar a palavra “escrúpulo” soa bastante forte, mas expressa bem o que tento dizer... Na verdade, nem tem nada a ver com ter ou não escrúpulos, ser ou não um mau caráter... Imagino que tenha esteja muito mais próximo da essência do homem, querer fazer o bem a quem estiver próximo ou àqueles que talvez possam parecer mais suscetíveis a desgastes emocionais se o que propõem não for atendido, pode-se assim dizer... Enquanto julga-se mais forte o outro lado, ou os vários outros lados e caminhos, que certamente irão te condenar por suas opções... De qualquer forma, digam o que tiver para ser dito, tudo isto está longe de mudar...


Curitiba, 25 de agosto de 2013...

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Desabafos aos “Impositores”...

Como existem seres humanos que são indignos de qualquer objeção... Rebelam-se por uma situação que os possa causar um simples desconforto ou, que exija a necessidade de um pequeno esforço não cogitado em sua supérflua rotina... Um pequeno desvio nos planos, que se fosse a favor de liquidações de tarefas, seria muito bem recebido... Mas quando se trata de uma tarefa extra (diga-se de passagem, nada complicada), torna-se um verdadeiro caos e motivo de impertinentes e desnecessários comentários autoritários e repletos de incredulidades... Uma exposição de falso fulgor, em detrimento e humilhação a quem se destina a palavra...


Curitiba, 30 de abril de 2013...

Devaneios de uma despedida...

Queria me esconder no lugar mais longe do céu
Sinto que falta um pedaço de mim
Seiva essa que escorre pela minha pele
Antes fosse pelo desejo sentido
Mas agora pelo nada que não faz nenhum sentido

Vou embora para lugar nenhum
Esqueço do que um dia nos fez apenas um

Sentimento esse que brinca de esconde-esconde
Um bobo que se acha melhor que uma fruta do conde
Não é nenhum Conde nem aqui e nem qualquer outro onde
Queria me esconder nas profundezas do mar
                                         Sinto que um pedaço de mim se desfez em água imprópria

Vou embora para lá do fim do mundo
E assim esqueço quem um dia foi o meu mundo

Quero sobrevoar a mente sã da loucura
Não existe mais espaço para viver em alegorias
Sentimento intrínseco a esse pequeno corpo
Um torto órgão oco
Triste corpo sem qualquer anticorpo

Vou embora lá para a inconsciência
Esqueço das consequências agindo sob uma única consciência

Quero viver a beleza do gosto sentido
Assentido sob o gozo pressentido
Não existe brilho nessa vida
Se tua mão não for à lida em rebeldia
Não existe amor nessa vida
Se teu coração não for um só em sintonia

Vou embora dessa podre vida
Vou embora por uma nova trilha
Esqueço tanta ferida sofrida
Agradeço por ser mulher e ainda ter muita força na minha vida...


Curitiba, 17 de outubro de 2013...

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Constantes perturbações de um viver - 2ª Parte

Fonte: hypescience.com

Não sei se sou capaz agir e rir
dentro da vida que a mim vem sorrir
Não sei se devo viver nessa vida
prendendo-me a lida
ou se coagida na folia
ou ainda, entregue a qualquer revelia
Não sei que declarações
um dia irão desprender minhas ações
Se serão por opções
ou por grandes questões
Cheia de dúvidas é viver
Não sei se vou para o céu,
brilhar com as estrelas
Ou se vou morrer
e eternamente viver
Sei que quero por muito tempo enlouquecer
Aprendendo o dom de viver!
Rompendo a linha de cada entardecer!
Então..., me deixe sorrir
Para isso não pago imposto
e me impede de me deprimir ou me retrair
diante de olhos armados que só sabem ferir...


Curitiba, 16 de outubro de 2013...

Homens e Mulheres, autoridades iguais...

Como é triste ver que na “modernidade” do mundo, ainda existe a fajuta imposição de homens sobre mulheres ou de mulheres sobre homens. E tudo de forma tão mesquinha, prepotente, ignorante... Aqui podemos citar não “apenas” o relacionamento entre um casal, mas também relações de trabalho e qualquer outra de cunho social fora do ambiente familiar. De certa forma, exponho um ponto de vista, em que o homem e a mulher são símbolos de alicerce para uma família, a qual por ramificação da “árvore social” certamente implicará numa perpetuação social do que se vive “em casa” e como se aprende a se relacionar... Excluo aspectos religiosos nesta “discussão” não pela complexidade, mas pela minha própria falta de conhecimento das diversas religiões que cercam o mundo... Mas voltando... São tão ricas as atitudes de companheirismo, as trocas de carinho, preocupações recíprocas e dedicação entre um homem e uma mulher, que se torna completamente inadmissível que relações de imperialismo, sem pudor entre os sexos, ainda possa ser tão comumente observado numa história que tanto lutou pela igualdade entre estes mesmos homens e mulheres... Também sei que são muitos os pontos que caracterizam esse tal “imperador bruto”, que às vezes impregna um dos parceiros... Mas falamos aqui apenas em caráter sentimental... Gente, submissão ao outro não alimenta uma relação duradoura e produtiva em amor, carinho e tudo o que deveria agregar-se a um relacionamento saudável... Pelo contrário, não só fere o coração como também denigre o caráter, de quem age com um rei inescrupuloso e de quem sobrevive como um escravo sem idealismo...


Curitiba, 18 de fevereiro de 2013...

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Aos Emotivos...

Emoção não tem hora, não tem lugar para aparecer... Pequenas gotas, de alegria ou tristeza, de saudade ou de triunfo, enfraquecem o coração, desequilibram os pensamentos, trazem à tona a sensibilidade e revelam qualquer sentimento..., assim como o sorriso que expõe as mais íntimas e profundas sensações, que denota a superação e a satisfação, que entrega a alma e a confiança... Emotivos, sensíveis, ou mesmo os “estressadinhos”, nenhum está livre da imprevista condenação provisória pela exposição das próprias ações e revelações... Nenhuma pedra, por mais dura que seja, é incapaz de não ceder à força do leito de um rio em elevado tormento, como a dureza que amolece diante de qualquer sofrimento... Nenhuma “esquentadinho” é incapaz de não congelar, em algum momento, perante a perda inevitável... Os chamados “mal amados” um dia também amaram... E os que amam não estão libertos da perpétua solidão em coração...
Se for para amar, que seja agora...
Se for para sorrir, que seja para sempre...
Se tiver que chorar, que as lágrimas não se escondam...
Se a vontade de gritar imperar..., que seja bem alto! Assim todos poderão ouvir e sentir as emoções, das quais o homem pode desfrutar...


Curitiba, 19 de abril de 2013...

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Constantes perturbações de um viver - 1ª Parte

Fonte: minilua.com

Silêncio... Situação difícil de definir e ainda mais complicada em sentir quando se trata da presença de um silêncio duvidoso, implantado de um ódio, banhado de desprezo, de “não sei o que fazer...”, de “não quero mais viver...” ou, ainda, a ausência de um som que se emergido possa conturbar muitos ouvidos, não sei se por destruição ou se pelo apelo a consciência do que possa ser certo ou errado... Ninguém é capaz de decifrar a opção por se ausentar, em palavras ou ruídos, em face de outro alguém que mal sabe o seu próprio motivo... Silêncio que perturba almas, que entristece corações e que sufoca palavras... Silêncio que agita um mundo sob vários mundos... Silêncio revolucionário, autoritário, às vezes ordinário... Que ação do homem pode ser tão indecifrável quanto o silêncio quando por ele apresentado?! Silêncio maquiavélico, bélico! Silêncio ignorante, errante, berrante!
Postulados silenciosos, cruéis inquisidores de uma vida já perdida ou salvadores de uma vida a menos dolorida...


Curitiba, 14 de outubro de 2013...

domingo, 13 de outubro de 2013

Desabafos de uma vida...


Fonte: andromedainformatica.com

A verdade é que, quem desistiu de algum objetivo, nunca chegou a lugar algum próximo da idealização sonhada. Por mais que tomasse caminhos curtos ou tentasse enganar a Senhora Vida... Não existe nesta, a incerteza, o erro, o descaso e não a conceitua o adjetivo desistência. Percorre, sim, estradas sinuosas, cheias de pedregulhos, cheias de rios que às vezes nos perseguem e nos convidam diabolicamente a nos arremessarmos a eles, a afundar, sem direito ao direito de ajuda e salvamento... Mas devemos lembrar que nenhuma tarefa nos é concedida, se não somos capazes de executá-la. Assim como, nenhuma recompensa é validada se não fomos capazes de conquistá-la... É assim que as coisas acontecem... É assim que serão lembradas... Lembradas pela força demandada na luta pela sobrevivência nesse jogo... Não adianta tentar fugir da responsabilidade de se deixar ser guiado e imposto ao imperfeito, pois é nestes momentos que se deve ser capaz de reconhecer o certo e o errado, o que é aprendizado e o que é lixo, o que é necessário e o que é fútil... Somos feitos de carne como qualquer outro animal e ao final da vida o corpo apodrece igual. O que passa adiante será o caráter, as conquistas exemplares, as condutas inteligentes e educadoras... Atos que, quando não omitidos pela preguiça e pela inadimplência consigo mesmo, serão demonstrações de perseverança e história estimuladora àqueles que um dia necessitarem de algum impulso que não os deixe levar ao abismo. Tudo em que somos aprovados, forma etapas vencidas e nos qualificam como merecedores de um ideal sonhado... As dúvidas, as confusões e desencontros, serão inevitáveis... Mas nunca o fim do trabalho objetivado, a ser finalizado com honra, sabedoria e discernimento...


Curitiba, 19 de março de 2013...

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Devaneios de um Sorriso...

Fonte: médicos sem fronteiras.

Sei que pode parecer muito simples, e ao mesmo tempo complicada, qualquer tentativa em descrever sobre isso, mas vamos lá... O que nos trás um sorriso...? Vida...? Símbolo de alegria...? Porta de entrada para a felicidade...? Feliz por ver alguém...? Feliz por viver...? Nossaa!!! Muita coisa poderia ser listada aqui. Infinitos sentimentos e demonstrações de carisma e carinho. Simpatia diante da ação de viver e atitude sempre eminente às curvas de uma face, seja ela morena, loira, albina, ferrugem... Qualquer raça, qualquer etnia... Brasileira, alemã, japonesa, inglesa... Alegre, carrancudo, simpático, extrovertido, tímido ou mesmo até os mais reprimidos... A disseminação de um sorriso ocorre por um olhar à boca que se alarga ou por uma leve e discreta curvatura dos lábios que se tocam... Contagia... Contamina como praga que gruda à pele e torna-se inerente ao corpo que a adere. Em agradecimento a bondosa vida que nos permeia, um sorriso desfaz a rotina, incendeia a inveja alheia, fortalece a alma rica em bons fluídos e alaga de carinho o caminho que nos leva aos nossos amigos e companheiros...
Sorria ao abrir os olhos... Sorria pela suas conquistas... Sorria pelas suas derrotadas... Derrotas?! Sim... Sorria pelas suas derrotas... Às nossas derrotas, seguem infinitos aprendizados, amadurecimento e vida por tornar-nos claro o sentido pelo qual viemos a essa vida... Se sorrirmos pelas derrotas, parabéns a nós, porque crescemos e sobrevivemos a mais uma das inúmeras tentativas destrutivas pelas quais passamos durante o processo de viver... Deixe seu sorriso ser arrancado pela doce presença de seus amigos... Sorria se tiver um novo amor... Sorria se este amor for eterno... Sorria ao ouvir uma piada... Sorria e dê muitas gargalhadas... Sorria e faça cara de bobo (a)... Sorria... E, simplesmente, sorria...


Curitiba, 21 de dezembro de 2012...

Um outro caminho...

Precisamos de um abrigo
Coração é antigo
Já foi tingido
Várias vezes tingido e sofrido
Vinho vivo pelo amor perdido
Negro aborrecido e reprimido
Aqui não há nenhum inimigo
Perdura um coração amigo
Um coração já batido
Deprimido?
Talvez apenas triste e um pouco abatido
Assim vamos seguindo
Assim continuamos agindo
Indo...


Curitiba, 11 de outubro de 2013...

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Pequenas sentenças...

No corpo ensanguentado pela ferida aberta
O coração colaba e deprime a vida
A pele murcha e rasgada
Alimenta a virtude da força
Que suprime o oxigênio de um peito
Sem ar, desprotegido e distante de um anseio e de um berço...

Na saudade que engasga na garganta
Como uma foice que à corta e rejeita a vida
Supera a briga e a intriga
Enquanto amargura as desculpas esquecidas por outra vida...

Na anuência concedida por um amor reprimido
A alma desiludida e perdida
Oferece berço ao mundo dolorido
Uma vida que adoece, apodrece e enegrece a promiscuidade amorosa como vivida

Nos sentimentos hepáticos como o ouro podre e envelhecido, esquecido
O cheiro da degeneração em curso
Esquece a emissão do odor de um corpo
E ferve os rejeitos espalhados de uma decomposição humana ao descaso de um percurso...


Curitiba, 06 de setembro de 2012...

Apenas uma palavra...

Fonte: mplu.blogspot.com

Coragem. Uma palavra digna de grandes méritos... Digna de admirações... E um “adjetivo símbolo” das maiores conquistas afirmadas pelas mãos dos humanos...
Sua definição agrega ações enaltecidas e resultados declarados... Desde a história antiga, com seus guerreiros e domínios sob homens e terras, abaixo das explorações catalogadas pelos livros e manuscritos, até a ordem de força que carrega o homem com suas ações e relações diante do próprio homem... Corajoso o conquistador de terras, com armas e guerreiros seguidores fiéis... Corajoso o sobrevivente das terras conquistadas, às vezes ensanguentadas, às vezes dilaceradas... Corajoso o ser que se levanta e segue em frente, de cabeça erguida e dignidade limpa... Corajoso o esquecido, que levanta das “trevas urbanas” e figura a coragem e a vontade de sobreviver... Corajosos são os pequeninos, que ainda sem terem sidos corrompidos pelas malícias do mesmo homem que o gera, lutam pela vida tendo seu sangue e corpos como únicas “armas químicas” diante da moléstia que os afligem... Aos em processo de degradação do próprio corpo, através do consumo da carne atacada pela fome, persiste a coragem pela vida e a força de sobrevivência, maior que a maldade da morte que os persegue... Corajosos os que amam em silêncio... E ainda mais repletos de tamanho “substantivo somado” ao seu próprio significado, são os que nunca desistiram de tentar... De tentar amar, de tentar conquistar, de ter tentado nunca desistir, a sempre sonhar, a sempre se realizar... A sempre ter coragem de ir além do que se pode tentar imaginar... Tão merecedor de respeito e medalhas é o homem sábio e guerreador, contra o próprio homem e contra a si mesmo tendo sua consciência como arma, quanto é o guerreiro arqueiro com seus escudos e flechas...


Curitiba, 01 de dezembro de 2012...

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Homens que já não caminham...

Quando tudo começa a perder a graça
É assim que eu me sinto
Como um homem sentando no banco de uma praça
Na desgraça
Já sem raça
Afundado naquela tristeza que não se passa

Por ali todo mundo passa
Mas ninguém se importa com o que se passa
E tudo vira uma devassa
Ficando para trás qualquer tipo de ameaça

Numa trapaça
Um homem entregue às traças
Tem o resto de uma vida em mordaça...


Curitiba, 09 de outubro de 2013...

Pequeninos...

Fonte: médicos sem fronteiras.

Não que tudo na vida seja uma poesia,
mas ao sorriso de uma criança sempre cabe uma rima
Pura alegria em maestria
Da pureza da menina que a mãe mima
à esperteza que ensina o pai ao menino cheio de teimosia
Criança fruto de harmonia
Criança símbolo da vida em sinfonia
Ao nascimento um ensinamento
A vida é muito mais do que possam insinuar os mandamentos
Da primeira palavra falada
à primeira lição escutada
Palavra aprendida, lição executada
Mas não se engane!
Poucos terão tudo na vida
Muitos serão os capachos de uma vida violentamente desmedida
Uma profecia a uma pequena vida assim concedida
Desnudos e sem comida
Brancos anjos com olhos de uma linda menina?
Por que não, negros anjos sem uma vida reprimida?
Criança na lida dessa vida
Criança tem alma e um longo caminho até a sua partida
Para tanta leveza
Deve despertar a destreza do homem bom e sem nenhuma medida...


Curitiba, 09 de outubro de 2013...

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Uma história para contar...

Quando acontece
Ninguém jamais esquece
Sem história de que jamais não existe
Pelo contrário
É algo que persiste
Cabeça boba que enlouquece
Corações que se aquecem
Presença que não importuna
Mas que pressente a nossa grande fortuna
Única magia
Inigualável sentimento que contagia
Verdade que se descobre
Não no presente
Mas durante o ausente
Um tempo que não se encobre
Diante do que ambos sentem
Com tanta gente que se envolve
Histórias que se devolvem
Se envolvem
Por vezes se dissolvem
Tão difícil quanto explicar
É aceitar tudo sem nenhuma prece
Quando a cabeça aquece
O coração padece
Quando o coração floresce
A mente vira uma peste
Complicado sentido sem pouco sentido?
Ou muito além dos nossos sentidos?
Não sei se ainda digerimos tanto o que foi perdido
Talvez, dirigimos apenas um novo caminho ao que nos foi prometido...
Impossível dizer se dias de sol, de chuva ou cheios de espinhos
Irão compor todo esse pergaminho
Mas certamente com a chuva sempre virá
Os belos e doces momentos de tanto carinho...


Curitiba, 08 de outubro de 2013...

Um pensamento “barato” de um louco...

Não sei onde vou chegar...
Não sei como vou chegar...
Não sei nem se vou chegar!

Só sei onde não quero chegar!
E sei como não quero chegar!
E ainda sei, que nem sei se já não cheguei...

Não sei se é o fim...
Não sei se alguma coisa tem um fim...
Não sei nem se algum dia começou!


Mas sei que, o que um dia pareceu verdade...
Na verdade nunca existiu!
O que um dia me foi dado...
Tão logo foi tirado...
E um pirado, me colocou diante de vários obstáculos!
Sem poder usar óculos!
E ainda, tinha que ficar de olho fechado!
Só assim, tudo novamente poderia ser conquistado...
No arriscado!
No sofrido!
No engasgado!
No fadigado!
E depois, tudo estaria acabado...
Inclusive eu, de tão cansado...

Começar de novo...?
Chegar a algum lugar?!
Não sei nem como, tão pouco...
Não sei se o meu fim será sozinho ou louco...


Curitiba, 04 de julho de 2013...

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

“Mundo, mundo, vasto mundo”...

Fonte: revistavilanova.com

Realmente impossível não se sentir um louco em meio a tantos e tantos homens tortos e sem o mínimo de escrúpulo dentro desse mundinho, que é o mundo dos pobres e coitados homens.
Que dignidade há em um “ser humano” que tem a capacidade de pegar escondido 3 ou 4 balas de dez centavos cada uma, em um restaurante, e não pagar por estas balas?!!! Respondam?!
Minha gente, se você julga tantos e tantos homens pobres que mendigam esmolas de cinco ou dez centavos nas esquinas das nossas ruas, me expliquem o que há de especial em um podre homem sem o mínimo de decência humana que comete uma ação tão humanamente pobre, como a exposta aqui... Surrupiar balas longe dos olhos do caixa, como se precisasse não pagar por elas... Rouba e ainda “tarjeia” o caixa de ser humano cego e estúpido diante dos olhos de quem se acha muito mais esperto que qualquer outro...
Vejamos o quanto somos tolos dentro desse imenso mundo, onde se julga todos pela aparência física e supostamente maior intelectualidade... Tolice!!!
Infelizmente, é necessário desconfiar de todos a nossa volta e mostrar que somos mais aptos a manipulação da inteligência humana, antes que ela seja esgotada na podridão e mediocridade dessa sociedade alienada sob falsas faces...


Curitiba, 07 de outubro de 2013...

“O Martelo e o Prego”

Fonte: xonei.com


... uma das minhas versões para esta metáfora...

Na luta pela sobrevivência, contra a intolerância e pelo direito de opinião pública, sem condenações inquisitivas como a morte através de uma fogueira, o afogamento ou o enforcamento, vencem os sábios e os guerreiros.
Guerreiros por não se deixarem abater ou abster-se de suas próprias capacidades físicas ou intelectuais; por imporem, sem impetulâncias e repugnâncias, seu caráter, força e determinação; por serem justos com o que é de interesse ou com o que é importante e compensatório a um todo.
Sábios pela capacidade de compreensão, absorção de idéias e, novamente, a aceitação de opiniões; pela disseminação de ideais (seja pelo meio da oratória ou qualquer outro modo de comunicação) e conquistas de seguidores fiéis; pelo aprendizado, pela inteligência em uso por bons frutos; pela sabedoria em prol da justiça digna ao homem como um ser verdadeiramente pensador e racional, e não como um animal, cujas únicas defesas são a raiva, as presas e o ataque meticulosamente maldoso e ameaçador. Sábios por saberem utilizar a guerra, que próspera culmina na união de povos e mentes brilhantes a instigar e suprir o mundo.
Talvez sejam esses sábios e guerreiros, os “martelos” que se sobressaem à pregação errônea de “pregos” capazes de condenar uma raça pela própria malformação humana, no que se refere aos aspectos sociais e intelectuais cabíveis a suas incapacidades por mandatórios.


Curitiba, 02 de outubro de 2012...

Saudade V...

Sonhando acordado...
Esperando ao seu lado...

Num mundo calado...

Freneticamente desesperado!
Enlouquecidamente alucinado!

Um silêncio fadado...

...

Sonhos saudosos...
Em esmeros tons valiosos...

Hálito e cheiro harmoniosos...

Carnalmente acalmado
Temporalmente aproveitado

Um frenesi silenciado...


Curitiba, 23 de janeiro de 2013...

Vazio...

Hoje, bateu a tristeza...
Não sei se por falta de destreza
Não sei se por falta de nobreza
Ou, se talvez, pela pura pobreza...

Amor pobre,
Por um homem pouco nobre
Por um homem ao tom de cobre
Que estremeceu tudo o que pôde...

Hoje, desejaria a riqueza...
Não sei se para ser marquesa
Não sei se para ser alteza
Ou, se talvez, por pura fraqueza...

Amor podre,
Por um homem sem nome
Por um homem que não me ouve
E levou tudo o que houve...


Curitiba, 15 de outubro de 2012...

domingo, 6 de outubro de 2013

Sentido sem sentido...


Sabe quando bate aquela sensação estranha?  Uma “coisa” quase sem explicação, uma angústia que pode até ter algum fundamento, mas mesmo assim sua presença não é justificada e às vezes o motivo é irreconhecível... Um descaso com si mesmo... Uma desilusão própria e passageira... Um desencanto pelo “tudo”... Tão difícil quanto esse sentimento escroto (desculpe o uso do termo esdrúxulo), é procurar uma explicação para algo que nem se sabe de onde vem e porque se manifesta... Às vezes é mero fruto do cansaço exacerbado, seja pelo trabalho que desgasta que leva o sono ou que trás os pesadelos sob noites mal dormidas; seja pela solidão, que às vezes pode até passar despercebida, mas quando resolve aparecer, pelo seguir dos dias, acaba com muitas disposições e sacrifica boa parte dos pensamentos que nos enlouquecem tentando sanar a própria repressão... Isso passa... Da mesma forma estranha como aparece, passa sem o mesmo sentido deletério com que persiste enquanto nos afronta... Depois disso, segue um novo dia... Até que novamente essa “coisa” estranha que “murcha” reapareça... A diferença, entre um e outro “aparecimento”, estará na mesma rotina tratada sob diferentes olhos depois da antecedente experiência adquirida...


Curitiba, 10 de abril de 2013...

Estupidez social...

É impressionante como as pessoas agem como se todos fossem terroristas, egoístas ou dignos de desconfiança... O que é totalmente “compreensível”, uma vez que a própria sociedade destaca apenas os malefícios que condenam o homem... Mas o fato de ser compreensível não significa que essa atitude seja aceita ou que deva obrigatoriamente, como tudo o que é tentado a ser imposto, ser aceito... As defesas, em situações como a questionada, parecem ser perdas de tempo... Prevalece a opinião estúpida de uma imprudência desnecessária com o próximo e que segue impune, diante de todos que sempre se acham muito capazes de julgar e jogar um homem contra o outro...


Curitiba, 09 de maio de 2013...

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Por um novo começo...

Fonte: método DeRose.

Quando você tiver vontade de sair correndo, gritar aos quatro ventos palavras corrompidas por qualquer sentimento, jogar no lixo tudo o que na vida possa ser a você o motivo de qualquer tormento, vá em frente! Não se deixe ser corroído pelo medo, pela angústia ou pelo descaso do sofrimento... A vida é tão curtinha para deixar de ser vivida em plena alegria... Somos feitos de carne e como qualquer outro perecível, podemos morrer apodrecidos por tudo aquilo que não vivemos... É sabido por todos nós que existem dias nos quais meio mundo nos põe contra a parede... Mas também deve ser de nosso pleno conhecimento, que somente nós somos dignos de interceder pelo nosso próprio sucesso diante de todos os empecilhos postos aos nossos olhos... Não somos heróis de histórias em quadrinho, somos apenas seres humanos em plena luta trilhando nosso caminho... Não somos deuses detentores de todas as forças sobre o mundo... Mas somos homens pagãos diante da vida e mantenedores do nosso próprio brilho na conquista pelo nosso singelo cantinho... Alguns se detêm com as culturas religiosas, outros são ateus convictos e outros procuram discutir a casuística humana longe de qualquer apito à religiosidade... Procuramos interceder em nossas próprias vidas, com os pés no concreto mundo dos homens, sem perder o foco no desejo da felicidade, sem privação da nossa capacidade de pensamento e sem a condenação dos nossos atos românticos... Despreze ao lixo do mundo, o que a você for causa de qualquer infortúnio...


Curitiba, 02 de outubro de 2013...

Um Guerreiro...

Fonte: médicos sem fronteiras.

Não há cheiro nesse nevoeiro
Não há vida nesse homem carpinteiro
Andarilho o tempo inteiro
Ora pedreiro,
Ora poeta com seus dedos sob o tinteiro

Na caminhada "escolhida"
Muita lida
Muita história colhida

Semeador de novas vidas
Acolhidas pela mulher de sua vida
Um dia foi-se o cheiro da rosa prometida
Cai na pele a névoa enegrecida
Poeira resquício da vida agora reprimida

Construtor ao seu herdeiro
Da luta contra um mundo inteiro
Deixa uma história sob o tinteiro
Sobre a força bruta
Sob a qual seu mundo sobreveio...


Curitiba, 02 de outubro de 2013...

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Sob palavras curtas...

Fonte: vivamelhoronline.com

_ Boa tarde...
_ Olá, tudo bem...?
_ Sim... Desculpe o atraso...
_ Estamos no horário, fique tranquila...


Uma moça de 27 anos de idade entra na sala para darmos início o procedimento. Além da cabecinha raspada e um pouquinho pálida, também porta uma grande simpatia... Durante a entrevista, segue a demonstração de força de uma mulher...

_ Leucemia?
_ Sim...
_ Quando será o transplante...?
_ Daqui alguns meses...
_ E quem será o doador...?
_ Não sei... Doador desconhecido.

Silêncio na sala...

_ E seu filhinho tem quantos aninhos...?
_ Um ano e meio de idade...
_ Então, descobriu a doença logo que o bebê nasceu...? (Olhares tensos...)
_ Sim... Foi tudo muito rápido...
_ E agora você? Está bem...?
_ Estou sim... (A mulher responde serenamente...)

Depois de algum tempo...

_ Prontinho, moça! Acabou!
_ Obrigada!
_ Boa Sorte!
_ Obrigada!

Do lado de fora da sala, um homem jovem a aguarda ansioso... Ao ver a esposa sair da sala, vem ao encontro e a abraça numa bela e admirada demonstração de carinho...


Curitiba, 29 de julho de 2013...

Especialmente para as mulheres...

Fonte: hypescience.com

_ Boa noite!
_ Boa noite, moça...
_ Por que o lencinho na cabeça...?
_ Descobri que estava com câncer de mama quando entrei no segundo mês de gestação...
_ É seu primeiro filho?
_ Sim... É uma menina... Que é o amor da minha vida! Essa menininha é amada demais! (a mãe fala emocionada)
_ Quantos aninhos a senhora tem...?
_ Eu tenho 32... Demorei um pouco para ter meu bebê...
_ Como foi o tratamento, uma vez que a senhora encontrava-se em período gestacional?
_ Fiz cirurgia e quimioterapia inicialmente... Não tenho quase nada de cabelos... (a mulher fala incrivelmente sorrindo...) E minha filhinha é uma guerreira!
_ Certamente, mamãe! E será uma criança bastante feliz ao seu lado!
_ No que depender de mim, será mesmo!
Passado algum tempo, a mãezinha é encaminhada à sala de cirurgia para a realização da cesariana... A menininha linda nasce. E a felicidade contagiante, de uma mãe lutadora, toma conta do ambiente que se comove com a cena: mãe e filha juntas...
_ Seja bem-vinda, minha filhinha... (e a mãezinha dá um beijinho na nenê...)
Infelizmente a mamãe não pôde amamentar a nenê devido ao tratamento quimioterápico, o que fez necessário o uso de leite advindo do banco de leite do hospital, para sanar a fominha da mais nova nenêzinha vinda ao mundo...

Em uma outra geração a história se repete...
_ Boa noite...
_ Boa noite...
_ O senhor é acompanhante da paciente...?
_ Sou ou esposo dela...
_ Eu não queria que ele ficasse moça, mas ele insiste...
_ Tudo bem... E o senhor permite que eu converse com ela um instante...?
_ Claro... Eu aguardo fora do quarto...
Já sozinhas...
_ Eu tenho vergonha quando meu marido me olha...
_ Por quê?
_ Porque eu sei que não sou mais a mesma... Sou uma mulher de 36 anos e não tenho seios...
_ O que lhe preocupa diante disso...?
_ Me preocupa o fato de que ele possa nunca mais sentir atração por mim...
Já fora do guardo, antes do homem retornar a acompanhar a esposa...
_ Eu sei que está bem difícil para ela, moça...
_ Sim... Ela está sentindo-se bastante desconfortável... Mas acho que o senhor consegue compreender a situação... E o mais importante, o senhor está ao lado dela...
_ Sim... Ela é a mulher da minha vida... E eu, simplesmente a amo...

 Em uma família, cujo ponto de equilíbrio é uma mulher de 52 anos de idade, surge o susto...
_ Mãe, a senhora vai morrer?! (fala o filho desesperado e sem compreender a situação após receber a notícia)
_ Não, não... O médico já me explicou tudo e me encaminhou para um oncologista... (explica a mulher, de forma serena) 
O laudo da mamografia, realizada 4 meses antes do período em que deveria ser feita, consta um tumor Bi-rads IV. Após biópsia e conseqüente confirmação de um tumor maligno, a mulher foi submetida ao procedimento cirúrgico para remoção do nódulo. Alguns dias após a recuperação, inicia-se o tratamento quimioterápico... Neste ponto a queda de cabelos torna-se inevitável..., agora são necessárias as famosas “peruquinhas” e eventualmente os lenços sobre a cabeça... As atividades físicas, antes praticadas diariamente, agora estão restritas, uma vez que o tratamento exige cuidados bastante minuciosos... 


Curitiba, 05 de agosto de 2012...