segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Por que gritamos...?

Foto: Raphael Ceciliano.

Não sei se fazemos apenas histórias ou se deixamos o mundo ao dará de glórias sem nenhuma oratória que defenda nossa grandiosa memória... Somos homens de vanglórias produzidas e instituídas de modo que muitas vezes jamais possamos retribuí-las... Mas diante de tudo que nos conduza ao prefácio da vida sem hora ou demora, caímos nas armadilhas de um tempo por tantas vezes sem nenhuma vitória... O pobre homem já sem dor por tanta prosa nessa terra de promissórias não recai, se debate e se penhora ora pela distância de tudo que poderia salvar a sua moratória, ora pela própria incompetência e descaso por tudo aquilo que salvaria a sua própria história através de atos e sem omissões da verdadeira mão que escreve a nossa história... Diante de tudo o que explode o homem, em suas emoções e sem limites de incessantes sensações, segue-se a inapetência do desesperado corpo em seus percalços e com pés já descalçados do alicerce perdido... Mostra-se o homem, assim, pouco instigado a levantar e seguir o seu caminho... Mostra-se o homem desesperado pelo pouco espaço que parece a ele ter sido reservado... Pulsante se torna pelo coração que agoniza e ironiza uma vida tão pouco compreendida... Do irado desespero e do delirante grito reprimido ouço o homem tão combatido e abatido, que deixa para trás uma memória cuja glória possa não ser os traços da própria história...


Curitiba, 13 de outubro de 2014.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Fracos que somos...

Diante daqueles que agonizam pela vida...,

lutam por cada minuto que respiram...

e sobrevivem ao lado da incerteza da vida nos próximos poucos segundos...

Há o homem pouco lúcido, estúpido e esculpido sob a armadura de impetulâncias que o cerca...

Jamais existirá vida sem vontade de viver...

Não haverá vontade se não houver amor próprio e ao próximo...

Nos enganamos se nos achamos fortes...

Não somos nada... Absolutamente nada...

E verdadeiramente fortes são os nascem a cada centésimo de segundo...

Fortes são os que renascem a cada novo dia e a frente da morte que os assombra...


Curitiba, 11 de setembro de 2014...

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Na leveza do sono de nossas asas...

Se roxo...

um rouxinol,

junto subirá o sol...


Num pequeno rancho...

e lá pertinho do rol...,

sob o lençol,

quase próximo ao paiol...,

e sem nenhum mau,

me arranjo...

e durmo ao lado de um anjo...

sob a luz do nosso sol...


Curitiba, 26 de maio de 2014...

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Ahhh, as nossas sapatilhas... Texto II



Não há motivos que expliquem o que sentimos... Não há quem nos compreenda senão alguém que se submeta as nossas loucuras também...  Não há quem aceite nossos passos cansados, senão aqueles que os seguem e que se cansam também...

O suor que escorrer por nossa face nos faz brilhar junto ao precioso verde da mata, o qual se reflete na clara água dos rios que por vezes estão barrentos depois das nossas marcas ali deixadas...

Tão fofa quanto à areia que pisamos é a lama na qual sempre nos atolamos...  

Nosso combustível é o desafio... Nossa saturação é a fadiga muscular... E nossa recompensa, a linha de chegada com os braços abertos, o corpo dolorido e a alma tranquila...

Se choramos ou se nos alegramos, nunca será possível dizer... O corpo não responde separadamente a um coração explosivo através do qual emana uma mistura de prazer, de desgaste, de felicidade e de missão cumprida.


Curitiba, 21 de maio de 2014...

terça-feira, 8 de abril de 2014

“Só sei que nada sei...”

São tantas as coisas a serem aprendidas, que sei que ainda vou morrer na ignorância...

Se sobre o homem e suas guerras intrapessoais...

Ou, se sobre a tal vida da qual fazemos parte...

Não sei se sou capaz de afirmar o que acho que sei, mas que na verdade está tudo errado...

É muito mais fácil o errado do que o certo...

É mais fácil pecar do que amar... Ou, ainda mais fácil ser enganado do que amado...

É muito mais simples seguir o caminho torto e cheio de atrativos...

É menos interessante e aparentemente menos “vivencioso” seguir a linha reta das coisas...

Imagino que talvez estejamos todos errados em pensar que o certo seja o de fato certo...

Não aprendemos com o que fazemos “certo”... Aprendemos com o que fazemos de aparentemente “errado”...

A vida parece estar presa ao errado...

A experiência, não necessariamente ligada ao errado, parece estar mais próxima daquilo que possa ser julgado o certo...

Mas no final, nos damos por contentes por estarmos errados...

Talvez isso tudo seja invertido... O meu certo é o seu errado... E seu errado o meu certo...

Por isso acho que não sabemos de nada sobre absolutamente nada...

Vamos indo não sei por onde e nem para onde... E assim, parece que vamos vivendo...

Pode ser que só apenas achamos que estamos aprendendo, quando na verdade quanto mais o vento bate mais difícil se torna continuar procurando o que nem sabemos se vamos encontrar, se chegarmos a algum lugar onde certamente tudo o que achamos que aprendemos de nada nos servirá...


Curitiba, 08 de abril de 2014.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Falsos ouros...

Me desculpe..., se você desconhece a realidade que está envolta desse seu mundinho imundo...

Me desculpe..., se você vive sobre asas de ouro enquanto tem gente que morre de frio...

O inverno está próximo e a notícia de desabrigados morrendo congelados passará a fazer parte do noticiário..., mas como você vive inundado de plumas e muito ocupado com a sua fétida vida social nem saberá de nadinha disso...

Me desculpe..., se você é tão cego pelo mundo das falsas jóias humanas que muitas vezes de humano nada possuem...

Me desculpe..., se você se ilude com a riqueza alheia e com a sua própria incapacidade de valorizar os verdadeiros valores do homem...

Você que anda no shopping, que entra no carro e sai do carro somente no estacionamento ou na garagem de casa, que não sabe o que é uma linha de ônibus... Me desculpe..., mas você também não sabe que existem pessoas analfabetas que moram bem pertinho da sua casa..., ou mesmo que a senhora, que você chama de empregada e que limpa a sua sujeira, está entre os muitos que não tiveram educação que preste nesse país e que ela pede ajuda para ler o nome do ônibus que está chegando no ponto de embarque dos passageiros...

Me desculpe..., você que acha ridículo o cara  lá, seu amigo, que não tem um rolex ou qualquer outra porcaria desse tipo...

Foi mal aí, se a sua estupidez social ficou abalada!

Olhe para os lados, senhor cidadão... O mundo não é só floreios e interesses sociais promíscuos.

O homem ainda tem sede e fome nesse mundo... Um mundo cada vez mais sujo pela exclusão, que se alastra de forma cada vez mais intensa pela imensidão dos muitos homens pobres e pisados ou esquecidos pelos tão poucos homens falsamente ricos...

Existe um “submundo”  por trás dessa falsa sociedade que vivemos e iludida por porcas jóias... Um “submundo” despido do capitalismo e dos berços de ouros... Onde ainda se anda de ônibus, não existe shopping, se joga bola descalço na rua em frente ao bar cheio de cachaceiros, dos quais um deles é procurado pela polícia e outro vai chegar em casa, bater no filhos e agredir a esposa até ela morrer...

Ah! Mas me desculpe... Pois você nem se preocupa com isso..., porque isso não existe e não tem nada a ver com você...

Às vezes, não sei se esse “submundo” não seria nosso verdadeiro mundo...


Curitiba, 01 de abril de 2014...

terça-feira, 25 de março de 2014

Caímos na rede...

Foto: Raphael Ceciliano.

Perceba que para a vida, já não parece mais existir a tal da privacidade em alguns sentidos... Às vezes, porque nós mesmos nos permitimos essa perda... Ou, porque hoje as fofocas não se restringem apenas às bocas das vizinhas e de algum desocupado... Proporcionamos a liberdade aos outros de falarem da nossa vida... 

Poiseh... Agora se a gente não cuida é assim mesmo...

Cadê as conversas no banco da praça, os cuidados com os vizinhos na janela...? Até os vôzinhos estão conectados... E de fato, dessa forma tudo é mais rápido... Mas a grande falha de tudo isso, por mais que falamos aqui na exposição da vida de muitos que assim se permitem pela rede, é que estamos esquecendo do que é conversar com alguém de uma maneira mais simples...

Me parece que agora temos duas vidas... A vida repleta de possíveis mentiras que podem ser mostradas na rede social e a vida, que deveria ser real, que está sendo esquecida diante da facilidade de se viver a alegria dos outros e mostrar ao mundo apenas a parte boa do que vivemos...

Mas sabemos que o mundo vive muito mais do que isso... Sabemos que mentimos, que sofremos, que choramos por coisas bastante tristes e não apenas de alegria... E sabemos que não somos eternos... Nem nossa beleza e nem nosso cérebro...

Me diga o motivo que distingue, você ser comovente com uma foto de uma criança doente e abandonada ou com  a imagem de um casal em cerimônia de união, da realidade de uma criança encontrada sofrendo aos seus pés ou de um casório em tempo real...? Me diga que não existem diferenças no que sentimos, no que opinamos ou entre o que somos capazes de fazer diante dessas situações... Se apenas fazer comentários com belas palavras ou agir de forma clandestina...?

Me parece ser mais importante se expor ao ridículo de tudo o que possa ser mentido, e não mais deixar de ser reconhecido pelo bem feito sem necessidade de um falso reconhecimento. Entende o que eu digo...?

Alguma coisa não esta certa... Quando eu era pequena, o que não faz muito tempo, eu subia na janela do meu quarto para chamar a minha amiga, que era minha vizinha, para brincar. Dae a gente pulava muro e se divertia... E depois ouvia as nossas mães brigando com a gente porque era perigoso ficar pulando muro...

Agora o moleque passa uma mensagem para o amigo virtual e os dois começam a jogar on line, sem nem se mexerem do lugar onde estão...

Alguma coisa não está certa... As vizinhas não saem mais na rua para conversar e falar umas das vidas das outras... Hehehe!!!

Agora vão para a rede e bisbilhotam tudo o que é excessivamente exposto e depois comentam no chat...

Alguma coisa não está certa...


Curitiba, 25 de março de 2014...

segunda-feira, 24 de março de 2014

Sem omissões...

Um momento no qual todos os sentidos deixam de fazer qualquer sentido

E em nada é contido um sentimento tão abrasivo

Incisivo

Persuasivo

Nunca inquisitivo, mas misterioso

Não ocioso, mas dinâmico e encantador

Sem dor e com o cheiro da cumplicidade

Fidelidade

Amável homem sem preconceito em amar

Em se doar e para todo o sempre se entregar

Amar sem questionar

Sem interrogar um futuro que não se sabe quando virá

Será assim, uma vida bem vivida e sem querer ser introspectiva

Mas ativa, viva...

E dividida com o todo o amor para toda uma vida...


Curitiba, 23 de março de 2014...

sexta-feira, 21 de março de 2014

Devaneios de uma escravidão...

Não reclame! Você, e somente você, é o responsável pela situação na qual se encontra!

“Mas o sistema...”. Que sistema o que, meu caro... Se você “sofre” com as imposições do sistema, meus parabéns... Você foi uma parte de um todo que elegeu esse sistema que agora você critica. Ninguém pega na sua mãozinha e te diz em quais númerozinhos você deve apertar ou em qual quadradinho você deve assinalar. A escolha é sua e ela deveria ser secreta.

“Mas meu patrão...”. Amigo, o seu patrão assim o é porque você, através das suas condutas, conseguiu que o tal patrão o fosse. Você tem algumas escolhas, e uma entre elas pode ser a “alegria” de muitos que a aguardam.

“Ah, mas a minha saúde...”. A vida não é feita de “mas” e mais “mas”, não colega. Essa tal vida é feita de escolhas. Escolhas que são feitas por você. Escolhas cujas consequências você será vítima e também responsável. Toicinho, coxinha e refrigerante são seres inanimados que vivem quando encontram as veias limpinhas do seu coração e então eles têm a chance de conseguir um abrigo insaciável.

Que cultura infâmia essa que você coloca dentro da sua cabeça, camarada! “Ah, mas é legal ver eles brigando...”. Legal o c***. Coitado do teu filho que em vez de ler um livro ou assistir um filme descende é educado a engolir tanta bobagem inútil e fútil.

“Comprei um DVD usado do cara lá, pra instala no carro...”. O que?! Você está louco?! Além de se alienar e suicidar seu cérebro e corpo, você fará isso também com as crianças que ainda estão, ou deveriam estar, aprendendo a curtir a vida?! “Mas hoje, isso é muito comum...”. Comum uma ova! Encher um cérebro ainda em desenvolvimento com um monte de m***, realmente é algo muito mais importante do que admirar a natureza e o ambiente ao nosso redor...

Quantos milhões de coisas  poderiam ser despejadas aqui, sem travas na língua. Brigamos com o todo do qual fazemos parte, mas dentro do qual não fazemos a nossa parte como ela deveria ser feita. E como ela deveria ser feita? Eu não sei. Cada um sabe das suas escolhas. Somos escravos de nós mesmos, das nossas opiniões, das nossas escolhas e, ou, da nossa falta de escolha.

Nos mutilamos quando nossas adaptações tornam-se incoerentes com o que poderia ter sido nosso objetivo primário. Se somos vítimas de nós mesmos por mudanças de rumos que nós mesmos escolhemos, eu não sei. Mas é certo que nossa responsabilidade recai sobre nós mesmos e, às vezes, sobre outros ainda dependentes de nós.

Se  perdemos, se ganhamos, se nos arrependemos, tudo faz parte do caminho que escolhemos.  Se acreditamos, se somos enganados, alienados ou fuzilados, somos apenas nós mesmos os culpados. Somos escravos de nós mesmos, e ainda conscientes inconsequentes, cuja liberdade se dá por uma única forma de sentença...


Curitiba, 20 de março de 2014...

quarta-feira, 19 de março de 2014

Fuxicos e Mexericos...

Às vezes não sei se não compreendo algumas coisas porque ainda sou um pouco ingenuamente experiente... Ou, se de fato me falta capacidade de aceitar o que é contrário a minha opinião...

Sobre a nossa vida que se passa aos olhos dos outros, pouco importa o que de fato somos, o que fazemos, de onde viemos ou o que buscamos...

Um tribunal aberto, onde os juízes são todos os que se preocupam com a vida dos outros e que são mestres em sentenciar a vida alheia...

Não acho que precisamos disso e nem que damos brechas para tagarelas imprudentes... Mas tenho certeza de que esses bandos de faladores nem precisam de motivos para falar de qualquer um e sobre qualquer coisa. Apenas são sedentos por desperdiçar palavras referentes à vida dos outros...

Imagino que estes seres tagarelas possuam uma vida vazia e uma mente que exala cheiro de decomposição dos poucos neurônios pensantes, que ainda possam integrar seus cérebros...

Não que não devamos nos importar com isso tudo, mas o melhor é manter a maior distância possível de tudo aquilo ou daqueles cujo único propósito de vida é tentar desintegrar a integridade dos outros...

Que sejam infelizes os pobres seres desumanos que tem a língua maior que a massa cerebral que carregam...

Coitados os seres que vivem a vida que não é deles, como se fosse a novela do horário nobre... Assim, são vazios e medíocres são os seres que não cuidam e que não vivem a própria vida...


Curitiba, 18 de março de 2014...

terça-feira, 11 de março de 2014

Ahhh, as nossas sapatilhas... Texto I

Foto: Raphael Ceciliano.

O rubor de nossa face e o sorriso corajoso nos afirmam diante dos montes que pisamos... Não temos medo, nem nenhum receio... Não voamos sob as nuvens, mas dançamos sobre a terra...

Nos equilibramos sobre a lama e rodopiamos pelas águas dos rios...

Pedras pontiagudas que nos detêm a um pequeno intervalo de tempo, sobre a tensão durante a passagem por estas jóias da natureza...

Amaçamos o chão batido e amaciamos o barro preto que insiste em querer alojar nossos pés...

O suor que escorre por nossa pele batiza o Deus do Sol, que nos move sob o calor escaldante que nos consome e abraça...

Quando a chuva se faz manifestante nos traz refresco a um corpo já cansado e batido, mas sem esquecer de nos fazer sofrer um pouquinho diante do papel de fator natureza incontrolável pela mão do homem...

O equilíbrio se joga ao nosso corpo e exige que a concentração e a disciplina se apresentem... Nunca a dificuldade foi tão desejada a ser enfrentada... E muito menos da lama dos nossos passos foram desviados...

O homem livre na terra a que pertence, tem abaixo de cada passada a trava que o concede segurança e não prisão... E que o permite usufruir da ação da velocidade, sem derrapagens ou risco de aceleração aniquilada...

Pés livres pelas imperfeições do meio e que se mutilam pela tensão a que são expostos...

Pés descalços nos permeiam após a batalha vencida... E pela recuperação almejam, até que um novo confronto entre o corpo e a mente, encantados pelas trilhas desconhecidas e pelas dificuldades propostas, nos encontre e nos seduza à partida para mais uma etapa dessa maravilhosa guerra para nós eterna.

E sujos descansamos, enquanto a própria terra nos revitaliza...


Curitiba, 11 de março de 2014.

Texto dedicado especialmente aos trail runners e apaixonados pelas montanhas...

segunda-feira, 10 de março de 2014

Onde estão os anjos de plantão...?

Foto: Luiz Fabiano.

Quem é que sabe se de toda a verdade que nos contam como verdade é o que de fato devemos acreditar? Não apostamos moedas, mas sim nossa própria vida em tudo aquilo que acreditamos... Não esperamos que cartas sejam jogadas e que o nosso futuro seja previsto em realizações ou desgraças...

Não!!! Nada disso é verdade!!! Sabe por quê? Porque vamos vivendo essa tal de vida do jeito que ela tem que ser vivida... Vamos indo e indo e aproveitando caminhos, oportunidades e aprendendo com os milhões de inúmeros erros... E mesmo assim..., sendo felizes por sermos capazes de conhecer o real significado dessa palavra tão maravilhosa.

Vivemos, nos quebramos, choramos, damos muitas e muitas risadas, sucumbimos a dor e esbanjamos a tal da felicidade... Caímos, levantamos, mancamos um pouco, mas logo nos recompomos e continuamos seguindo... Afinal, estamos vivendo a bela e chamada vida!

Os “pepinos” pelo meio dos caminhos nos perseguem. Mas sei lá..., sempre tem solução para tudo... Não é...? E se não tem, arrumamos... Ou, sempre tem alguém do seu lado para te conceder uma luz..., uma ajuda... E não estou falando daqueles seres que te ajudam visando alguma coisa em troca e que desconsideram o prazer em ajudar e a gentileza, pois esses seres devem ser jogados para algum escanteio perdido... Estou falando daqueles que visam o bem e o próprio bem, diante da capacidade em conceder o bem a sí mesmos pelo prazer em ajudar e em ajudar qualquer um que de fato precise e aos quais suas mãos sejam capazes de alcançar...

Poucos de nós requeremos a vida sem malefícios, poucos plantamos o amor e colhemos um amor ainda maior, a felicidade do céu e a alegria dos anjos bons...

Sempre lembro que podemos ser capazes de ser tão menores do que achamos que somos...

Muitos se acharão grandes ao aliciar palavras falsas contra você... E poucos invisíveis, aparentemente indefesos, te estenderão o coração sem preconceitos ou obrigações...

Não sei quem podem ser os invisíveis ao nosso redor, mas sei de onde vem a corja que torna corrupta a vida do homem... Vem de algum lugar nenhum e representam o resto do nada em putrefação...

Prefiro ir vivendo a vida que se exibe diante dos meus olhos e que me conduz para não sei aonde, mas onde certamente a felicidade e a proteção residem... Onde a verdade e o bem, quem sabe um dia nos sejam verdadeiramente apresentados...


Curitiba, 10 de março de 2014...

sexta-feira, 7 de março de 2014

O dia que o céu brilhou...

Foto: Luiz Fabiano.

São milhões os motivos que me trazem aqui

São mais de alguns milhões de motivos mais um grande sorriso que me faz feliz

O homem que veio de repente

Em minha mente sob um coração sobrevivente

Ardente em quente chama efervescente

Crente no amor

Enlouquecido pelo calor

Olhos que não negam tanto amor

Bocas que se desejam sem pudor

Uma mulher que o ama para sempre em esplendor...


Curitiba, 07 de março de 2014.

quinta-feira, 6 de março de 2014

À vida, por puro encanto...

Ao meu caminho seguirei atento
Quem sabe ao relento
Talvez a muitos ventos

Não estarei livre de nenhum tormento
Mas em cada momento
Meu sonho será em gotas meu alimento
Meu sangue exalará em sentimento
Aconchego lento por todo canto sem nenhum isento

Não serei rabugento
Nem mesmo birrento
E quando o céu estiver cinzento
Serei o elemento que te abraçará sem qualquer questionamento


Curitiba, 06 de março de 2014.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Carta aos meus filhos - Envio II...

Eu aprendi que nada é fácil... E você também vai aprender...  Na verdade, todo mundo sempre te dirá isso e sempre soará como uma “chatisse” digamos assim... Coisas do tipo, “Pô, que saco o cara ficar repetindo isso como  se eu fosse uma criança.”. Mas o cara sempre tem toda a razão, só que a gente demora um pouquinho para entender isso na real essência... Coisa da imaturidade? Não sei... Talvez seja a falta de experiência ou o pouco conhecimento do mundo real...

Vai ter gente que vai te dizer o famoso “Eu te disse.” e você vai pensar, “Ai, que saco isso de novo.”. 

E vai dizer que não é assim até a gente aprender as coisas de verdade?

“Mas e dae que nada é fácil?”. E dae, que para tudo o que a gente quer ter, para tudo o que corremos atrás e conquistamos, muitos sacrifícios e perdas deverão ser dispendidos de nós mesmos...

Algumas pessoas entrarão na sua vida, outras irão embora sem nunca terem se despedido, umas ficarão sempre ao teu lado, mas muitas delas apenas estarão com você se os interesses delas permitirem... Caso contrário você será descartado como fonte já sem nenhum interesse...

Pode ser que você demore para perceber tudo isso, mas em algum momento pode ter certeza que a queda da máscara será quase inevitável... Em função dessas e tantas outras decepções que virão, pode ser que você se transforme em uma pessoa fria em diversas situações, desconfiada, desenganada... Mas você vai aprender com tudo isso e em algum outro momento, se você for uma pessoa de muita sorte,  perceberá que o mundo não deve ser crucificado por causa de uns e outros incapazes de serem humanos.

Pode parecer tudo muito óbvio, mas apenas a vivência de tudo isso te trará o significado da frase “Eu aprendi que nada é fácil.”. E não se engane, pois ela pode ser parte intrínseca das mais diversas situações possíveis durante a tua vida..., desde subir numa árvore ou andar de bicicleta... até a uma grande conquista ou a perda pela morte inevitável...

O que você verá que é fácil é a ação de desistir... Mas quando esta palavra assombrar a tua mente e querer negativar as tuas decisões, lembre-se que, mesmo não sendo fácil não desistir, a recusa da desistência o tornará um vencedor...


Curitiba, 27 de fevereiro de 2014...

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Ponto de Contato – Parte II


Já não sei mais o que é certo... É triste isso, mas talvez o certo agora seja o “antigo” errado...

Está bem, eu sei o que você está pensando... Mas não te condeno, porque na verdade nem sei se alguém pode ser condenado por isso tudo o que está acontecendo...

Tudo bem..., eu também gosto de muitas fotos... “E como eu gosto!”..., Mas “poxa”, minha gente... tem coisa aí que está passando dos limites! Bom, mas nem sei se posso mencionar a palavra limites para tudo isso, quando o objetivo primário da rede social também é enraizado na quebra de fronteiras e blá, blá, blá...

Acesso da população em massa a todas as formas de comunicação e trocas rápidas de informações... É claro, que vejo isso tudo como uma evolução da tecnologia em prol do desenvolvimento econômico e social da humanidade... Ou melhor, nem sou eu que vejo..., é o que falam e espalham por aí... E claro, pena que nem todo mundo parece perceber que isso deve ser usado visando algum desenvolvimento, tanto relacionado aos fins capitalistas como também ao relacionamento “inter-humanos”...

“Mas e dae?” você me pergunta...

E dae, que tem gente que está perdendo a noção do que é viver a vida olhando olhos nos olhos, sentindo o cheiro de gente e de vida, desconectado (nunca essa palavra foi tão usada como nos dias atuais... E sim... Essa é uma estatística das minhas próprias observações e puramente empírica... “O que quero dizer?”... Quero dizer que mesmo se alguém já contabilizou isso, eu não olhei antes de escrever este texto... por pura preguiça e porque estava vendo as atualizações da rede social...)

Ninguém mais guarda lembranças para contar aos filhos e netos... A vida da maioria dos desconectados da vida real passou a ser um livro aberto... Ops! Coitado do livro... Até ele já está quase sendo esquecido...

Sei que, o que eu digo todo mundo sabe..., mas eu vou repetir mesmo assim...

Não se vive mais senão por meio de compromissos e consequentes postagens que parecem virem de compromissos previamente combinados para que as tais postagens ocorram e a vida nas redes sociais se movimente, enquanto se esquecem que a vida está passando...

Você está envelhecendo e sua vida na rede vai morrer antes de você...

E se sobrar alguém que não se importe com tantas futilidades que estão ocorrendo por aí, talvez você tenha com quem conversar e compartilhar verdadeiramente suas experiências de vida... Se é que elas não ficaram esquecidas ou perdidas lá pelo meio daquela festa que você foi e você mais falava com os “amigos” virtuais, na sua vida mega badalada na rede, do que com a galera que estava lá para curtir o cheiro do sentido de viver...


Curitiba, 03 de fevereiro de 2014...

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Renascendo...

Foto: Luiz Fabiano.
Cresci ali na lida

Aquela perto da colmeia caída

Próxima ao rio em que cheguei à vida...

Fiz muitas idas e vindas

Mas nunca fui vencida

Caminhando sempre de cabeça erguida...

Não sou uma mulher muito polida

Mas me considero uma ideal margarida...

Não tenha dúvida

Sou mais que uma exibida

Aprendi com medida

A ser sabida e muito querida...

Pouco convencida?

Coisa de mulher metida...

Levo comigo algumas feridas

Foram as investidas durante a vida...

Nascida no meio da terra deprimida

Levo minha vida descabida

Construída sobre a sombra de cada nova história amanhecida...


Curitiba, 04 de setembro de 2013...

domingo, 26 de janeiro de 2014

RINDO à TOA!

Poiseh... Tem gente que reclama, tem gente que dá risada, outros choram ou se deprimem completamente...

Eu não sei qual é a sua forma de expressar aqueles momentos em que você se sente excluído do mundo, revoltado e tudo mais... E aqui, também não vamos discutir lição de moral para ninguém, porque nesse sentido poucos de nós somos aptos a dizer ao outro o que deve ser feito...

A escolha é inerente aos princípios de cada um... Mas sabe como é, a história não muda, alteram-se os personagens... Problemas e dificuldades, advindos das mais variadas faces da natureza, todo mundo tem... e em maior ou menor grau eles sempre estão por perto... E claro, que tudo depende também do seu nível de desespero diante das coisas que possam, aparentemente, não estar funcionando ou qualquer coisa parecida...

Alguns preferem se entregar a tristeza ou virar o tipo carrancudo como se o mundo fosse culpado pelo seu estado de latência depressiva e, consequente, isolamento das relações humanas... E quando seguem esse caminho, acabam perdendo muita chance de atrair oportunidades que talvez pudessem ajudá-lo a encarar a vida como ela é...

Considere essas oportunidades como pessoas, lugares, aceitação por mudanças quando o que você julgava o adequado deixou de o ser e te levou a esquecer a alegria por tudo que a nós existe...

Dae, tem os chamados “doidos varridos”, “sem noção”, “não sabe nada da vida”, “louco”, “infantil” e por aí vai... Reveja seus conceitos... A gente prefere rir e sorrir até nos momentos mais difíceis... E se não estiver esbanjando sorrisos, pode ter certeza que está rindo muito por dentro!

As coisas vão e vem... Às vezes, sim eu sei... parece que mais vão do que vem... Mas não dá para cair, é o que eu digo...

O sorriso e o riso espantam muita coisa e muita gente “olhuda” e “mal amada” que vaga por aí... Todo mundo sabe que a nossa alegria é a tristeza dos outros... Entende o que eu digo? Acho que sim...

Não dá para ser sério sempre não, minha gente... Não dá para deixar de encarar as situações da vida como uma criança inocente, que cai e levanta, chora e vira para o lado e está se rachando em gargalhadas...

Acho que era isso que eu queria dizer, por enquanto...


Curitiba, 24 de janeiro de 2014...

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O que você sabe sobre mim...?

Foto: Luiz Fabiano.

Não que, exatamente, vocês nunca saibam o que a gente pensa... E não, que o contrário não possa, raramente, acontecer... Apenas somos sensíveis... E nossa transparência pode ir além de muitos olhos...

Você não sabe, mas às vezes a gente acorda meio assim... Sabe aquele “meio assim”, sei lá como...? Você mulher sabe... Você homem, olha... não sei não... Acho que muitos poucos de vocês têm essa sensibilidade feminina mais aguçada...

Dae a gente vai para o espelho... Aiaiai, se não fossem as “make ups” estaríamos perdidas... Não que gente não ache que somos verdadeiras rainhas, mas achamos que devemos ser tratadas como tal todos os dias... E então, um batomzinho sempre ajuda, melhora aquilo que a gente acha que não está bom, mas que só a gente observa na grande maioria das vezes..., e ainda espanta, ou deixa ainda mais nervosa, aquelas que se sentem incomodadas com o nosso sorriso... Deve ser a cor do batom... É só colocar um igualzinho na sua caixinha de maquiagem... Mas se você não encontrar o mesmo brilho..., lembre que tem os similares e eles sempre ajudam... Afinal, ninguém é igual a ninguém e cada um pode encontrar o gloss que mais combina com a pessoa... E dae, é aquela coisa... alguns brilham mais e são docinhos... outros são meio foscos mesmo...

Chega a vez da roupa...  O que escolher? “Eu quero ficar bem para mim...”. Aham! Sei sim... Até que isso é uma verdade, mas não por inteiro... Por exemplo: “Hoje aquele rapaz bonito vai estar lá.” Esse é um pensamento claro... Mas também tem um pensamento eu diria oculto... “Eu quero que ele me veja.” E depois tem o pensamento perverso, aquele que está entre o verdadeiro, não necessariamente verdadeiro, e o oculto... “Eu tenho que estar mais bonita do que ela ou pelo menos por igual.” Hehehe!!!  Talvez este seja o mais diabólico entre as mulheres... Com os homens isso não existe. De cara já querem contar vantagem um sobre o outro, sem joguinhos... Se as mulheres fizessem isso, voariam bolsas e sapatos para todos os lados o tempo todo...

A gente briga, a gente chora, faz manha... Sabemos ser muito carinhosas, mas podemos ser horríveis se fatos incitantes assim permitirem... Então, não nos tire do sério... Tudo tem seu limite... Não nos dê motivos para sofrer... Você sabe..., até a flor mais bela um dia murcha... Então se você me escolher, não serei para sempre uma princesa cujo corpo enlouquece os homens, os cabelos brilham e tudo mais... Um dia serei rainha, serei mais sábia e experiente, e então, chegará a hora de aguardar a passagem do meu trono para a próxima princesa da minha geração...

Segredos... Nossa, os segredos... Esses são muitos... Alguns, ninguém jamais saberá... Não porque eu esteja escondendo coisas da minha vida, sobre mim... Mas porque os segredos somente pertencem àqueles que os detêm... Óbvio, não...? Então, não se sinta mal por isso... Às vezes, é bom a gente não saber tudo sobre a outra pessoa, pois se soubéssemos ela deixaria de ser o que é aos nossos olhos e ao nosso coração...

Imagino que saibamos muito pouco um do outro... Todas nós somos misteriosas, somos diferentes e ao mesmo tempo podemos ser todas iguais...

Pense nisso!


Curitiba, 24 de janeiro de 2014.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Sonhos...?

Foto: Luiz Fabiano.

Imagino que temos a opção de escolher entre os nossos sonhos... Se sonhamos a realidade... Ou, se nos aprofundamos nas impossibilidades ou irrealidades do inconsciente...

Sonhos impossíveis que só o serão se a gente não correr atrás e não nos permitir que as oportunidades se aproximem de nós...

Sonhos que nos jogam ao abismo do que não verdadeiramente existe e que em breve, mas em pequeno intervalo de tempo mínimo, serão apagados... Não sei se para nosso “prejuízo” mental ou se para o nosso próprio bem...

Alguns sonham acordados, não salvam o mundo e nem mudam a humanidade, mas estão além de muitos que não buscam nem a própria identidade...

Os que se fecham dentro de si mesmos, sonham o para eles aparentemente impalpável, pois não são dignos de manipular as próprias vontades e se entregam à espera do que sonham ter, possuir...

Se você sonha acordado, você vê e sente a vida em suas mãos... Você ansia por percorrer um caminho, por mais imenso que ele seja, e chegar ao seu objetivo... Se não, talvez chegue próximo, mas ainda assim será portador de um mundo que só pertence a sua mente de conhecimentos... Você não salva o mundo..., mas você conquista parte dele quando acredita em você mesmo...

Pense nisso!


Curitiba, 21 de janeiro de 2014...

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Humilhantes mentiras...

A gente parece, às vezes, que demora um pouquinho para perceber quem são as pessoas de verdade que estão ao nosso lado... Aos poucos, e sem censura, a gente vai tendo a infelicidade de descobrir que muitas verdades, na verdade eram mentiras cheias de pura maldade e sem nenhuma vontade de não nos esconder absolutamente nada...

O que faz do homem ser tão maquiavélico com nós mesmos...? Mentiras e mais mentiras... Uma atrás da outra, como ondas de baixaria e humilhação...

Humilhação?!

Sim... Mas não sei te dizer quem é mais humilhado... Se o vitimado pela impiedosa palavra contada como inverdade... Ou se o coitado do homem, que é tão incapaz com a própria incapacidade de encarar a vida e seus fatos, que coloca à frente de tudo uma sopa de mentiras em letrinhas espalhadas e que não muito tarde serão a sua própria cova...

As mentiras sempre nos acham, mas a verdade nunca se esconde... A gente só que demora um tantinho para enxergá-la quando cegados por nossos próprios sentimentos e pensamentos...


Curitiba, 20 de janeiro de 2014...

domingo, 19 de janeiro de 2014

Decepção...

Foto: Luiz Fabiano.

Incrível como somos tão eficazes em tornar os dias de tantos, tristes e depressivos...

Além das palavras, drasticamente sonorizadas, ficam as angústias e os desesperos amargurados dentro da gente... Nos mutilamos com os próprios, ou quem sabe até impróprios, sentimentos...

Não há medidas em nossas sentenças! Somos homens sem perdão, endurecidos pela dor e sufocados dentro dos próprios e intrínsecos sentimentos!

Gente assim, não tem sangue correndo pelas veias e não são sedentos por alegria e harmonia entre os homens e a própria alma... Tem sim veneno podre e preto enegrecido pelo fracasso do próprio corpo e pela incapacidade de se recuperar e que acaba favorecendo a letargia inóspita de um pedaço de nada estragado que é...

Pesado tudo isso?! Não sei...

Você que sofre pelos outros que cegamente se acham na superioridade do mundo, talvez entenda cada palavra dita nos seus mais ínfimos possíveis significados... Porque é assim que se segue a selva do mundo homens... Sobrevivem os fortes, os que conduzem a emoção e a razão da forma adequada ao homem... Os outros... São os outros e só...


Curitiba, 17 de janeiro de 2014...

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Orgia...

Mulher e tão cheia de energia...
Necessita de uma fonte de orgia...
Necessita corromper a vida...
Sob carne viva que alucina e muito anima...

Corre sangue pela pele porosa...
Mulher venenosa e amorosa...
Necessita de um corpo que retraia...
Necessita de um corpo que se sobressaia...
Sob um encaixe que harmoniza e agoniza à areia da praia...


Curitiba, 16 de outubro de 2012...

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Buscas “perdidas”...

Foto: Luiz Fabiano.

As pessoas parecem demorar tanto para se encontrar... Por várias e várias vezes talvez até estivessem sempre perto, mas algo falta até que um e outro se reconheçam...

Imagino que uma possível explicação para tanto, é que a gente sempre tem alguma coisa para aprender antes de encontrar um caminho certo, pode-se assim dizer...

E de repente, talvez nem tanto, tudo o que parecia perdido passa a fazer algum tipo de sentido que aos poucos a gente vai descobrindo...

Novas imagens passam a fazer parte da nossa memória..., novas lembranças vão sendo guardadas... e muitos e muitos planos passam a nos impulsionar ao novo, ao possivelmente ainda desconhecido...

Pergunto-me se falta ao homem a maturidade para discernir as coisas boas que a vida pode nos proporcionar... Sim... Uma frase simples e tantas vezes repetida por aí, mas que pode ser encharcada de significados... Ou, será que nos faltam olhos para enxergar o que nos pode ser bom... o que nos faz bem...

Uma pena é isso tudo que não é aproveitado..., quanta coisa e pessoas acabam nos passando “despercebidas”... e ainda são esquecidas... Quantas chances de se encontrarem são perdidas como se jogadas numa lixeira de oportunidades ignoradas...

Assim a gente vai vivendo... Em busca de cada nossa felicidade, pelas estações da arte de viver...


Curitiba, 16 de janeiro de 2014...

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Ponto de contato...



Foto: Luiz Fabiano.

Tenho me perguntado, se as pessoas não percebem o que elas estão fazendo com elas próprias...

“Do que você está falando?” Você talvez pergunte...

Bom, o que você me diria, se você estivesse, por exemplo, em uma mesa de bar e ao lado da sua mesa existisse outra mesa, que se encontrasse ocupada por um grupo de amigos, sendo que todos os amigos estão com seus respectivos celulares nas mãos mexendo em rede social e chat disso ou daquilo, e nenhum conversando com ninguém...?

Imagino que isso seja o cúmulo da pouca capacidade humana em distinguir as reais importâncias da vida, como conversar e olhar nos olhos das pessoas, falar, dar risada olhando um para o outro, curtir o momento e os amigos da vida real sem ficar se afundando no mundo fictício da internet...

Você não precisa ser nenhum gênio, para perceber que muita gente pouco se importa em agradar o amigo que sai com ela para tomar um sorvete e jogar conversa fora... Incrivelmente, uma vasta legião de pessoas faz questão de tirar uma foto com o amigo, sem às vezes mal olhar na cara dele, postar a tal foto na internet e alimentar o próprio “populismo” virtual repleto de mediocridades e futilidades... “E o amigo?” Esse teve que abrir mão de alguns minutos de conversa cara a cara, para que a outra pessoa tivesse tempo de fazer o próprio “merchandising”...

Que droga de mundo é esse, que desvirtua o homem das relações interpessoais e o conecta a um mundo que pode ser apagado com um “click”...?

Parece que no futuro não haverá mais histórias, para serem contadas pelos vovôs e vovós sentados ao lado dos netos sedentos por inalar sabedoria e aprendizado de vida...

E se um apagão virtual ocorrer, até as histórias sem vida da internet sumirão com seus escassos momentos...

Prefiro as histórias de boteco, as experiências adquiridas e as cicatrizes dos machucados por tentar viver com os homens e não como uma máquina sem alma...


Curitiba, 14 de janeiro de 2014...

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Cicatrizes...

Foto: Luiz Fabiano.

Que marcas deixamos na história... Registros escritos de pestes e vitórias... Cicatrizes de armas e sobrevivência diante da política corrupta, da inquisição comprobatória pelo sangue derramado e pela esquizofrenia difundida, das decepções acumuladas, das lições impostas através de dilemas moralistas a serem decifrados por torturante sofrimento... Amores perdidos e pessoas destinadas ao curto tempo de vida... Como poço de desgraça a ser usufruído, a indústria estética mergulha no mercado de falhas corporais que possam ser “cessadas”... A mídia prolifera em massa a falsa humildade e o sensacionalismo exacerbado, enquanto afunda a mente de um povo pouco discutida... As marcas no coração e na alma se afogam em novas e repetidas histórias, cuja única mudança notada é o breve contexto em que ocorrem, até serem novamente “apagadas”...


Curitiba, 08 de maio de 2013...

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Morena...

Pele morena...
Cujo corpo deseja,
A pela clara que almeja...
Sob a luz da lua...
Numa noite escura de loucura!
Sob a madrugada pura...
Numa ascensão a pela nua!


Curitiba, 04 de outubro de 2012...

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Eterno e inacabado...

Eu sei que tem muita coisa quase que inexplicável neste mundo... E também, sei que o homem colabora muito para dificultar a própria capacidade de compreensão das coisas que acontecem ao nosso redor...
Pode ser loucura, não sei...
Insanidade pouca é nada perto do que podemos ser capazes de consumar... Se agora odiamos..., amanhã beijamos pés... Se hoje erramos..., ninguém sabe o que irá acontecer daqui um dia ou mais...
Quando amamos..., corremos riscos... Ou, encontramos o caminho da felicidade em dupla... Ou, plantamos o próprio sofrimento...
Alguns fogem... Esquivam-se...
Compreensível? Talvez. Não sei. Não dá para julgar quando o passado de outro é a nós tão pouco revelado... Marcas de um amor perdido não se apagam... O que não pode nos ser tirado, é a chance de um novo encontro...
Por muitas, e muitas vezes, acho que somos seres tão diabólicos que podemos manipular nosso próprio destino..., escolhendo viver a felicidade da ação de viver ou se jogar nas profundezas da dor que do homem não esquece...
É melhor amar sem medo, porque não há segredos para encontrar a felicidade...


Curitiba, 10 de janeiro de 2014...

"Coitado" do poeta...

O poeta sempre escreve...

Que o coração dele chora

E que às vezes o coração está ensanguentado...

Ou ainda, que tem um coração que nada suporta...

Mas então eu te pergunto

E quem é que atesta o poeta em tamanho sofrimento?

E se não fosse o poeta...? Que tanto chora e se descabela...

Nenhuma palavra serviria para expressar o que sentimos...

As sentenças ditas não teriam significados tão profundos...

Talvez muita história não fosse contada

Segredos jamais seriam revelados

Muitos amores nunca seriam conquistados

E tantos outros amores não seriam chorados...

Quanta gente não seria confortada

Inúmeros sonhos não seriam sonhados

E a imaginação não teria seu infinito espaço...

Sempre haverá o poeta com a frase perfeita para o que nos resta...


Curitiba, 10 de janeiro de 2014...

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Para nós loucos...

Que enlouqueçam os que amam, os que verdadeiramente vivem!

Que apodreçam os fracos...

Que enrijeçam os corações amargurados...

Que se apaguem as tristezas!

Que lágrimas avancem de alegria exacerbada!

Que prevaleça o sorriso!

Que se ordene a felicidade!

Que sejam condenados os traiçoeiros...

Que sejam enjaulados os bichos homens...

Que invadam a alma os capazes de viver a vida!

Que nos persigam os loucos...


Loucos pela ansiedade de usufruir do mundo o que o nosso mundo pode nos conceder..., sem que para isso necessite nos perturbar com cobranças inerentes a pouca capacidade do cérebro humano em digerir a possibilidade de uma vida cheia de amor, perdão, conforto e amizade...


Por: Ana Bunick, 07 de janeiro de 2014...

domingo, 5 de janeiro de 2014

Dia...

Às vezes a gente “tah” meio assim
Não sabe do que “tah” afim
Nem se tem fim um dia meio “chinfrim”

Pra gente nada falta
a gente “tah” mesmo em alta
feito planta que acalma
que a alma da gente ressalva

De nada adianta ser infanta
em “pranta” cama à gente encanta
canta, dança
espanta essa sensação que deixa a gente meio insana...


Por: Ana Bunick, 30 de dezembro de 2013...

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Ponto tocado...

Depois de um tempo a gente já não duvida mais das coisas, sabe...

Torna-se mais fácil rejeitar...

E ainda mais fácil se distanciar...

Egoísmo...? Egocentrismo...?

Pode chamar do que for...

Ninguém pode te julgar por essas recusas...

Somos tão podres diante da magnitude da vida...

Somos tão mesquinhos diante do resto do mundo...

Não somos capazes de enxergar o próprio umbigo...

E nem um pouco dignos de perdoar a nós mesmos, por sofrimentos que nos causamos...

O homem é capaz de se mutilar...

É ponto fraco para a imperatriz ignorância...

Nada de carne fraca e isso e aquilo...

Estamos mesmo no precipício da dignidade que não nos resta...

Que droga de homens somos nós?!

Uns preferem a solidão... E outros ainda adicionam a ela a rala boemia...

Muitos recusam o amor... E centenas o acumulam ao ódio...

Alguns preferem a morte que por tantos chega através do suicídio...

Mas existe guerra maior... E pior! Porque essa está bem longe do fim...

A luta dos homens contra os próprios pensamentos e sentimentos...


Por: Ana Bunick, 03 de janeiro de 2014...