Existem algumas coisas que
realmente não entram na minha cabeça... O ano inteiro, de repente, parece que
se resume a finalização de confrontos e arrependimentos em um único dia... Uma
sociedade de capitalismo exacerbado que confere à mente humana aquilo que a
imposição “midial” e comercial, e por ai vai, acha que deve ser feito... Pare, “neh”!
Existem tantas outras coisas que
as pessoas esquecem... Por exemplo, que viver é um ato que nos “interfere” no
dia a dia, mas não está rotina, é parte intrínseca da nossa presença nesse
mundo medonho...
Claro que é bem bonitinho dizer
palavras bonitas, se vestir com as cores da “sorte” escolhida e tudo mais...
Mas a gente sabe que nada do que você fizer hoje vai apagar o que você fez no
passado, de segundos atrás até anos tão distantes, ou irá traçar um caminho
“divino” num futuro que inclui a incerteza de você nem ter certeza se vai
acordar amanhã cedo...
Não estou falando que não gosto
de me arrumar e tudo mais e blábláblá... E também sei que a minha opinião pouco
importa diante da predominância de pensamentos que se arrastam por esses
dias... Mas é uma pena que exista muita gente que se torna presa fácil diante
da hipocrisia sensacionalista do vendido fim de ano, e que deixa de pensar que a
vida de verdade não é contada em anos...
A vida de verdade não tem tempo,
é vivida a cada segundo, sem se preocupar com o que está por vir e sem considerar
um passado, que como o próprio substantivo já diz, não volta mais... E não sou
eu que preciso dizer isso quando tanta gente já registrou isso por ai...
Ninguém resume a ação de viver em
segundos de fogos de artifícios, numa roupa nova e bonita, numa mesa farta que
depois é jogada fora como um monte de nada...
Viver está além do tempo...
Não se faz nem em nosso próprio
conhecimento...
A vida está em cada momento...
Momentos sem incremento...
Mas na simplicidade de cada um
nós como um real elemento...
Por: Ana Bunick, 31 de dezembro de 2013...