terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Que passagem...?!

Existem algumas coisas que realmente não entram na minha cabeça... O ano inteiro, de repente, parece que se resume a finalização de confrontos e arrependimentos em um único dia... Uma sociedade de capitalismo exacerbado que confere à mente humana aquilo que a imposição “midial” e comercial, e por ai vai, acha que deve ser feito...  Pare, “neh”!

Existem tantas outras coisas que as pessoas esquecem... Por exemplo, que viver é um ato que nos “interfere” no dia a dia, mas não está rotina, é parte intrínseca da nossa presença nesse mundo medonho...

Claro que é bem bonitinho dizer palavras bonitas, se vestir com as cores da “sorte” escolhida e tudo mais... Mas a gente sabe que nada do que você fizer hoje vai apagar o que você fez no passado, de segundos atrás até anos tão distantes, ou irá traçar um caminho “divino” num futuro que inclui a incerteza de você nem ter certeza se vai acordar amanhã cedo...                        

Não estou falando que não gosto de me arrumar e tudo mais e blábláblá... E também sei que a minha opinião pouco importa diante da predominância de pensamentos que se arrastam por esses dias... Mas é uma pena que exista muita gente que se torna presa fácil diante da hipocrisia sensacionalista do vendido fim de ano, e que deixa de pensar que a vida de verdade não é contada em anos...

A vida de verdade não tem tempo, é vivida a cada segundo, sem se preocupar com o que está por vir e sem considerar um passado, que como o próprio substantivo já diz, não volta mais... E não sou eu que preciso dizer isso quando tanta gente já registrou isso por ai...

Ninguém resume a ação de viver em segundos de fogos de artifícios, numa roupa nova e bonita, numa mesa farta que depois é jogada fora como um monte de nada...

Viver está além do tempo...
Não se faz nem em nosso próprio conhecimento...
A vida está em cada momento...
Momentos sem incremento...
Mas na simplicidade de cada um nós como um real elemento...


Por: Ana Bunick, 31 de dezembro de 2013...

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Com o tempo...

Amei...
Pequei...
Uma vez quase me afundei!
Chorei...
Mas o tempo passou e me encontrei...
De novo chorei...
Mas agora por um rei
Que como príncipe sempre terei!

Me doei...
Mas não me superei...
Acho que errei
Mas agora para sempre serei...
O sorriso doce que te concederei!
A gargalhada que a você darei!
Uma mulher única...
ao grande homem que em minha vida ganhei!


Por: Ana Bunick, 30 de dezembro de 2013...

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Desgraça social...

Sabe aquele cara ali na rua perto da tua casa? E aquele outro, pelo qual você passa todos os dias no caminho ao trabalho? E ainda, aquele outro que sempre está na porta do restaurante, no qual você e teus colegas de trabalho almoçam todos os dias, e que fica pedindo uma moedinha para comprar uma marmitex e esperando até o final do expediente, do restaurante, para ver se consegue “catar” algum resto de comida no lixo desse mesmo restaurante? Sim. Do lixo! Repare que às vezes esses seres humanos, entregues ao esgoto do mundo, parecem mais lúcidos do que você que muitas vezes paga caro por uma comida de lixo, mas que te faz sentir-se melhor ao mostrar seu “poder” de consumo dentro da indústria alimentícia. Entende? Você já parou para pensar, que esse ser humano que fede diante das tuas narinas “limpas” e esteticamente modificadas, pode ser aquele cara, - que como você, que como seu pai, que como seu irmão, seu marido, ou ainda, um amigo daqueles bem próximos que de repente “somem no mundo” -, aquele homem ou aquela mulher, que em um dia de desespero e sem mais forças para se levantar, sem apoio em que se segurar, largou mão da vida, entregou-se ao mundo, desistiu de viver, desistiu de continuar a lutar... E você nem olha para a cara do cara! Você nem sabe por que o cara está lá emporcalhado no chão imundo, fedendo urina, apodrecendo através dos olhos da sociedade que por ele passa... Pense nisso... E desculpa aí, se você não gostou do texto... Era bem essa a intenção...


Curitiba, 30 de agosto de 2013...

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Devaneios perdidos...

Quando um sentimento impede inspirações, nada pode ser feito... O corpo amolece, os pensamentos voam para bem looonge... Para longe do que nunca existiu... Talvez seja mais sensato pensar ou imaginar, que o tempo é amigo da realidade... Mas a realidade pensada permanece com os pés fora do chão... A realidade arquiva o coração em pequenos pedaços... Enquanto ao tempo, cabe a responsabilidade de organizar esses pedacinhos em uma estrutura que seja forte o suficiente para suportar as memórias perdidas... e comportar uma função escassa de sentimentalismos que a ele foram estritamente proibidos... Quando um homem é preso por um crime não cometido, mas que o difamou diante de seu próprio caráter, seu coração é endurecido, é enjaulado..., fica como um bicho... Um bicho..., é arisco, tem medo do próprio bicho e do homem... Quem chegar perto, provavelmente será mordido... O homem preso busca crer em tudo que o possa engrandecer ou fortalecer, independente dos custos disso para uma vida... O coração também...  Alguns planejam a vingança, outros trabalham para melhorar aquilo que eles não tiveram... Do que vale uma vida sem sorrisos, sem abraços, sem o compartilhamento de carinho...? Muitos nunca encontraram a realização acompanhados... Vários dependem de fazer o bem, para sentirem o valor de um sorriso e de um abraço... Triste é um coração que não seja capaz de ceder o que ele tem de maior valia... Triste é um coração amargo..., aquele que foi condenado, absolvido, mas enfraquecido e esquecido... Mais triste, ainda, é uma vida sem um coraçãozinho pulsante... e sem receptores que se encaixem a tanto sentimentalismo exacerbado em um coração deslealmente torturado...


Curitiba, 30 de agosto de 2013...

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Devaneios contra um “sistema”....

Sério... De verdade... Eu fico “de cara” com certas coisas e duvido que muita gente não concorde comigo... Alguns insistem em achar que os loucos (aqui não apenas no sentindo de algum distúrbio do homem) vivem alienados ou fora de um mundo comum, isto dentro dos conceitos ignorantes daqueles que desconhecem as particularidades da loucura... Mas tem gente mais alienada nesse mundo do que esse povo sem noção contaminado pela loucura que intercepta o “sistema”? Ah, vah!!! O cara acha que se não estiver na praia “top” será o “pobretão” da turma... Se o cara não for na baladinha cheia de um bando de interesseiras (com raras exceções), ele já não vai prestar para se vangloriar com as gurias que ele “pegou” ou mostrar um, na maioria das vezes, falso “status”, “Eu posso pagar a porcaria dessa entrada e encher o nariz de cachaça!”... Que gente sem noção... Poiseh, tem gente que fala isso mesmo... Mas citei apenas dois exemplos bem comuns... E sei que muita gente vai me odiar por isso... Mas pense bem, que bando de loucos são esses? A vida é feita de diversão? Sim, também... Mas tem o povo que se diverte, bebe, vai para a baladinha e não precisa ser o playboy super fashion forçadamente aos olhos dos outros... Pena que tem uns e outros que dão valor apenas para um bando de etiquetas, como se fossem a própria mercadoria a ser entregue ao mercado da hipocrisia... Entendo que alguns precisam disso, mas pode ter certeza que tem gente por ai que não precisa... E o motivo? Aqueles nunca saberão...
E nem sei, por qual motivo eu estava pensando em tudo isto e ainda, esta hora da noite...

ps. este texto antecede a história do "agregar camarote" e foi escrito por volta da meia noite ou mais de um dia comum de semana.

Curitiba, 29 de agosto de 2013...

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Emaranhado caminho...

Quando nos parece que a esperança está à morte
Desperdiçada por um profundo corte
Toda parte em arte na destruição
Coração que se parte e arde
Uma lembrança que vaga em chama que se inicia
Como numa criança nada no mundo nos espanca
Mas nos balança e nos lança
Sem medo do futuro
Sem risco ao sangue que não se estanca
Assim nos parece que não existe vida sem a parte
A chama nos arde
Queima e não teima
Uma nova ação que vagueia em arte e nos presenteia
Uma teia de braços e laços
Nosso coração tece em largos e juntos passos...


Curitiba, 19 de dezembro de 2013...

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

“Breve momento”...

Se linda
Linda serei sua
Pela lua
Papuas e diabruras
Sem rasuras
Vida pura
Cuja beleza não pura
Não satura
Formosura e aventura
Rua semi-nua
Cama que ainda sua
Pela noite perpetua
Travessura
Toda sua...


Curitiba, 06 de dezembro de 2013...

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Sobre nossos verdadeiros sábios...

Foto: Luiz Fabiano.

Talvez o céu seja o lugar de maior cultura que podemos imaginar... Além de anjos e outros personagens mágicos, é preenchido por vários e queridos vôzinhos e vózinhas que já se foram... Dotados de uma sabedoria inigualável compõem um espaço cujo objetivo é treinar os próximos aos conhecimentos do mundo sobre o qual viveram... Alguns sérios, outros “carrancudos” e há aqueles do qual emana a alegria através da pela porosa, como uma música... Dos sérios se extrai a habilidade, a postura diante das situações que nos impõe a capacidade de manipular nossas mentes e o inteligente brilhantismo... Dos “carrancudos” se conhece a aplicabilidade da ação de aprender, aprendizado profundo que compete estudar os sérios e a desconfiar dos “maldosos”...  Com os “figurassas” alegres e sorridentes se aprende a verdadeira arte de viver... Nas mãos da alegria exposta através de um sorriso contagioso, a seriedade torna-se facilmente trabalhada e une-se ao “rosto fechado” quando necessita mostrar aos seus aprendizes a moral das lições de vida... O vôzinho alegre e sorridente obtém de um choro e de um cansaço, o sorriso eufórico que impulsiona a seguir em frente... E quando o vôzinho emite um “olhar brabo”, mostra que algo deve ter sido aprendido com os erros cometidos, mas em troca do arrependimento e reconhecimento de falha envia, o sorriso mais belo e uma piada... para agora, chorar de rir... As vózinhas tão doces e queridas, quando na terra são colo e ternura..., quando sob as nuvens protegem e ilmuninam seus filhos... Em vida... são vovó, são mamãe e são espelho... No paraíso merecido, são as conselheiras e ouvidos de desabafos... Ambos, como sábios eternos, são guias das novas vidas e anciões que ditam a consciência, o equilíbrio e o centralismo de uma união... Pessoas mágicas que vivem ao modo de anjos e guardados como tesouros no meio do céu, brilhando junto as estrelas...


Curitiba, 18 de agosto de 2012...

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Respeito...

Respeito. Uma das primeiras lições de vida que uma pessoa recebe. Algumas jamais se dão conta da importância do significado que se torna cada vez mais intrínseco a palavra, cuja ação verbal é esquecida e tem seu contrário a imperar. A ela se agregam atitudes das mais variadas índoles, sentimentos oclusos ou sufocados... Alguns desrespeitam até o próprio respeito recebido. São nossas imagens e ações que nos concedem o direito a ser respeitado, o direito a exigir tal respeito, o direito a conceder respeito digno aos que realmente mostram-se merecedores deste ato... Imagino que não seja tão complicado agir de forma respeitosa, pois este modo de convivência humana não exige nenhuma explicação científica, nenhum conhecimento muito aprofundado sobre seu modo de ação, sobre as causas das necessidades que o compete, nem sobre as conseqüências advindas da inaplicabilidade adequada da palavra executada... Ou seja, qualquer pessoa com o mínimo de vocabulário é capaz de praticar e viabilizar em meio social (aqui, considera-se os mais diversos modos de sociedade do mundo, destacando a sociedade capitalista e os relacionamentos amorosos) o conceitual respeito e respectiva reciprocidade.


Curitiba, 26 de fevereiro de 2013...

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Crianças chamadas Crianças...

Foto: Luiz Fabiano.

Lancheirinha... “Que tempo bom, que não volta nunca mais...”. Lancheirinha na mão e “vamo que vamo” feliz da vida para o piquenique com os coleguinhas da escolinha... “Ooowwwnnn...”. A professora na frente comanda a fila dos pequenos gigantes, falantes e faceiros... Quando eu participava desses eventos na escola, eu era a menininha que seguia de mão dada ao lado da professora..., “hehehe...”. Depois de um dia intenso desses, ainda chegava em casa e ia brincar de boneca... Fiz isso por muito tempo... Uma pena que o que observo nos dias de hoje é bem diferente, ou seja, não há mais expectativas doces para essas crianças... Não há mais como acreditar que esses bebês hoje com 4 ou 5 aninhos de vida, daqui 6 ou 7 anos cheguem em casa depois aula e procurem um carrinho, uma bola, uma boneca ou juntem uma galerinha e se reúnam na rua para brincar até tarde da noite...  Enquanto de um lado as crianças seguem em filhinha para brincar, do outro, meninas e meninos de 12, 14 anos, sei lá... se enrolam ao ar livre como se estivessem presos a quatro paredes... Entendem o que eu quero dizer...? Compreendem a conta ilógica, que é feita hoje em dia, quanto ao suposto amadurecimento que estes acham que possuem...? Um descontrole da evolução e do crescimento pessoal acontece sem limites... Aqui me restrinjo à discussão relacionada ao salto que se passa entre a fase criança de uma vida e a fase de relacionamentos entre “homens” e “mulheres”... As coisas estão indo muito mais rápido do que deveriam ser... Com seis anos você carrega o lanchinho da escola na sua lancheira rosa... E seis anos depois, você carrega a mamadeira do seu filho na bolsa de bebê com um ursinho desenhado... O que está errado?! Todos nós sabemos o que está errado... Muito se busca fazer para amenizar essa situação, mas poucos aceitam ou tem capacidade de compreender que viver se faz em fases... Seis ou sete anos depois, em vez de voltar para casa e brincar, às vezes nem para a aula foram... O famoso gazear aula é implantado na cabeça da garotada que troca o aprendizado pelos amassos fora de hora, cujas consequências a gente nunca sabe exatamente quais serão... Espero em poucas palavras ter conseguido passar a mensagem que desejava e que ela tenha sido mais ampla do que as minhas sentenças... Crianças têm que viver como crianças e a partir desse ponto o homem não deve ultrapassar o tempo de crescimento e amadurecimento... É sabido que a ausência de uma etapa durante um processo pode alterar substancialmente o resultado final esperado...


Curitiba, 27 de novembro de 2013...

Mais uma história de luta...

Fonte: 180graus.com.

_ Senhor?...
_ Oi, Boa Tarde...
_ Boa Tarde! Primeira vez que o senhor fará esse exame...?
_ Sim... Confesso que não gosto muito de fazer exames... Mas tenho que fazer... E ainda escolhi o pior dia do ano... Esse frio...
O homem com sinais faciais de preocupação e medo entra na sala, bastante desconfiado. Recebe orientações quanto ao processo de execução do exame e sobre a injeção que será necessária...
_ Tem injeção, eh...?
_ Tem sim... E sem ela nós não conseguimos fazer o exame... Por quê?
_ Porque sempre que tenho que fazer um exame e preciso levar injeção ou coletar sangue, eu fico muito nervoso... Sei que vai ser um sofrimento em cada hospital ou clínica que eu entre...
_ Mas vamos com calma... Não se preocupe... Por que o médico pediu o exame ao senhor?
_ Porque eu preciso fazer uma cirurgia renal...
_ O que aconteceu...?
_ Eu tive câncer de intestino e reto há mais ou menos três anos atrás... Uma cirurgia foi necessária para a retirada de parte do intestino e do reto... Fiz oito sessões de quimioterapia e mais de 15 sessões de radioterapia... Minhas veias já não existem mais... E hoje uso bolsa de colostomia... Motivo pelo qual, aliás, eu nem almocei para não precisar mexer nela durante o tempo do exame...
_ O senhor tem história de câncer na família...?
_ Meu pai teve câncer de próstata...
_ E quanto ao rim...? Por que será necessária a cirurgia?
_ Estou com um problema de proteinúria e, em função disso, não consigo reter proteína no meu corpo... Estou perdendo tudo pela urina... Agora preciso do exame para fazer a cirurgia no rim e a reversão da bolsa de colostomia... Mas sempre que vou fazer exame é uma novela, porque nunca sei quem vai encostar em mim para tentar achar uma veia... (olhares tensos...)
_ Vou tentar fazer tudo certinho para o senhor ficar mais calmo...
O homem permanece bastante tenso...
_ E para ajudar..., tive um princípio de AVC há um mês atrás... Fiquei internado e tudo mais... Mas é mais um motivo para o médico solicitar o exame, para então ver se me libera para a cirurgia...
Na tentativa de punção venosa...
_ Essa não deu certo senhor, porque estourou... Vamos aguardar mais um pouquinho e aquecer o braço para tentar novamente... Ok?!
_ Meu Deus... (O homem fica de cabeça baixa)
O próximo paciente a ser chamado é uma mulher, de média estatura, 63 anos de idade e de aparência saudável.
_ Moça..., minhas veias são péssimas...
_ Humm... Mas vamos conseguir... Não se preocupe...
_ O homem que foi chamado antes de mim parecia tão triste...
_ Ele está na outra sala agora..., aguardando para ser puncionado...
_ Ele parecia bem preocupado...
_ Sim...
Depois de um tempo...
_ Oi, senhor! Vamos tentar novamente...? O senhor me permite...?
O homem suspira fundo...
_ Vamos... Se você acha que dará certo agora... Vamos...
_ Vai dar certo sim...
O homem vira o rosto e parece rezar...
_ Prooontooo... Deu certo, Senhor... Agora sim...
_ Verdade?
_ Aham... Viu só...
_ Nossa, se você soubesse o quanto é difícil para mim isso... Me fazem de peneira... E isso que me disseram que após as sessões de quimioterapia, em seis meses eu teria minhas veias como novas... Já se passaram três anos...
Dá-se seguimento ao exame, período dentro do qual o homem passa a ficar mais tranquilo... Após a primeira parte ele diz...
_ Obrigada... Depois que você puncionou eu fiquei mais tranquilo... Obrigada pela atenção...
E o homem sorri...


Curitiba, 18 de julho de 2012...

ps. minhas palavras foram curtas, mas espero ter conseguido transmitir para você a mensagem desejada...

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Silenciosos dias...

Foto: Luiz Fabiano.

Por tantas e tantas vezes a gente se pergunta... “Que sensação é essa?!”... Uma falta de não se sabe do que..., um dia incompleto..., alguma coisa que não veio, um não se sabe o que, que não tivemos... Algo assim estranho, quase inexplicável por palavras... mas ricamente exposto por sensações, expressões e sentidos... Se você acha estranho falar assim, te digo que muito mais estranha é a sensação da qual falamos... Indecifrável... Impossível de descrevê-la ou de descobrir seu verdadeiro e real significado e origem certa... E então, na tentativa estúpida de tentar liquidá-la..., você procura motivos para encontrar respostas que você talvez nunca possa obter... Mas não porque você seja Um incapaz de tal ação, mas porque elas nunca existiram ou nunca existirão... Depois você tenta ocupar a mente com atividades que não conseguem prender a sua atenção..., não porque você é um desconcentrado ou coisa parecida..., mas porque nada é capaz de te satisfazer a não ser aquilo que você nem sabe o que é, nem onde procurar, nem como conseguir ou decifrar... Na sequência você acha que dormir pode ser uma solução..., mas ingênuo você em acreditar que sua cabeça terá chances de não rolar horas a fio tentando entender ou buscar o que te falta...


Curitiba, 26 de novembro de 2013...

domingo, 24 de novembro de 2013

Desabafos aos esquecidos...

Quando o mundo parece esquecer de você... Ninguém mais parece notá-lo... Ninguém mais parece achar necessário procurá-lo... É quando bate a angústia, a ansiedade e às vezes o desespero... Desespera-se pela solidão que enaltece o medo e que desposa a auto-estima... Perde-se, a vontade... Perde-se, o raciocínio... Perde-se, a sanidade... Ganha espaço o desejo de queda e fim... O tempo torna-se quase estático... O frio fica ainda mais gelado... As lágrimas que nascem do corpo quente congelam diante da tempestade de gelo... Com muito sacrifício, o relógio corre lentamente... Noites e após noites de longas tentativas de encaixe, as razões sem explicações recebem seus pontos finais... Os dias renascem como ressuscitados do experiente tempo passado... De repente um novo mundo se abre... Alguém parece abraçá-lo... Vários continuam a ignorá-lo..., mas muitos outros irão carinhosamente almejá-lo...


Curitiba, 18 de abril de 2013...

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Para Um...

De tudo que possa fazer parte dessa vida,
nossa vida...
vidas que se encontram...
Entretanto,
um tanto tanto adorável...
provável reencontro...
doce e esperado em qualquer canto...
com um canto e sob um leve manto branco...
Esse gosto manco...
um encanto melado a dois a um só balanço...
me lanço...
nunca me canso e agora vivo como um saltimbanco...
dedico meu canto ao teu belo encanto...


Curitiba, 12 de agosto de 2013...

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Você escolhe...

Fonte: médicos sem fronteiras.

De tudo o que possa contribuir para o nosso crescimento, tanto pessoal como profissional, com toda certeza aquele empurrãozinho sempre é essencial para qualquer um... Uns aceitam, outros ignoram tentativas e há aqueles que nunca se esquecerão de lhe agradecer... Muitos de nós ainda poderemos sofrer com insistentes “batidas de cabeça” ou com “tiros no vazio”... Mas tudo faz parte do que precisamos aprender... Chegará o momento que todos nós poderemos andar com as próprias pernas e sermos capazes de discernir o que nos é melhor, coerente, justo e adequado... Não é demérito algum um homem adulto precisar de ajuda e, é honroso qualquer homem que seja capaz de ajudar o próximo... Um homem sozinho, às vezes, não consegue ser forte o suficiente para cumprir um objetivo ou dar conta de algum dos imprevistos que a vida pode vir a nos oferecer... Mas se esse homem for grande o suficiente, uma procissão de outros homens bons o alicerçará... Pense nisso...


Curitiba, 21 de novembro de 2013...

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Perdidos conflitos...

Não consigo entender como que acontece, e nem quando acontece, quando duas pessoas são capazes de se corresponder por gestos e olhares. Na verdade até muito mais do que isso. Mas algo que eu não sou capaz de compreender. Você, você entende o que eu quero dizer? Talvez, não sei, isso deva acontecer quando existe o tal do amor entre elas ou quando esse amor é capaz de ser correspondido mutuamente. Irrelevante isso? É. Bastante. Mas é como parece ser. Imagino às vezes, que o amor entre um homem e uma mulher deva ser como o amor de mãe. Sabe aquele amor de mãe? Eu não sei. Mas é o que eu escuto falarem por aí. Registrado por uma mulher que é capaz de se mutilar pelo filho incondicionalmente. Parece-me, que dentro de um amor um se doa ao outro como fossem um único. E um se doa incondicionalmente ao outro, como no caso do amor de uma mãe pelo filho. Ou, no caso de um só amar, este sofre (na maioria das vezes). E quem ama busca fazer apenas o que o coração manda. E mais nada importa. Nem o sofrimento mais torturante o inabilita ao querer ver a pessoa, a quem ama, da melhor forma possível. Não sou mãe e nem sou amada e nem sei lá o que... Só sei dizer, ou acho que sei dizer, o que os meus ouvidos e o meu coração registram.
Mas também eu imagino, que o único amor que não se questiona é quando um amor tenta competir com o amor por um filho.
E se você não entendeu o que eu quis dizer, eu vou entender... Porque tudo isso é muito complicado ao quadrado e ao infinito.


Curitiba, 18 de novembro de 2013...

domingo, 17 de novembro de 2013

Um arranjo...

Por tantas e inúmeras situações...
Me pergunto sobre tantas ações...
Se ainda existem homens capazes de agirem diante de emoções...?
Capazes de nos envolverem sem medo e sem indagações...
Sob flores e cartões
Sem identificação ou quaisquer imposições
O homem que se propõe ao romântico
Sob um cântico que emana de nossos corações
Fascinação por cada atitude
Que não ilude e nem nos alude
Mas nos propõe diante daqueles já sem qualquer dimensão...
Nada de gratidão...
Mas de respeito e alegria por ainda existir tamanho cavalheirismo...
Dentro do machismo impregnado por aqueles porcos corações...


Curitiba, 17 de novembro de 2013...

Constantes perturbações de um viver - 4ª Parte

Às vezes me pergunto, por que a gente insiste tanto...?
Que pena ainda vale ser cúmplice de algo que já foi sentenciado...?
Uma solidão que parece apenas se multiplicar
Sentir-se sozinho está muito longe do Estar sozinho
Ninguém é tão bobo a ponto de ser capaz de optar pelo isolamento,
se o afogamento dentro dele apenas trouxer ainda mais sofrimento e descaso
Permitir-se ao novo é que todos deveriam fazer
Se oportunamente
Ou se casualmente induzido
Se já não existem mais recursos a serem explorados
Se já não há mais chances que controvérsias e explicações
Talvez o melhor não seja mais a insistência sempre perdida...


Curitiba, 16 de novembro de 2013...

sábado, 16 de novembro de 2013

Abandonados...

Há quem diga que uma pessoa que vá da sua vida, leva junto um pedaço seu... Tem gente que perde um coração inteiro (é, isso é um pouco melodramático sim... ) Tem gente que perde a doce companhia, o colinho... E tem aqueles que perdem um cachorrinho, um gatinho, um vídeo game... Ou mais desastroso ainda, aqueles que não só perdem símbolos de uma vida conjugal harmoniosa, mas empobrecem diante do materialismo dominador que os envolvia... Enquanto uns são abandonados pelo distanciamento do que lhes sorria e despertava alegria, alguns nunca tiveram a chance de conhecer o carinho e a sinceridade, de um abraço humano, de um beijo da pessoa a quem ama, do peludinho cachorrinho que pula no colo e só quer um “cafuné”... Aqui, diga-se de passagem, nós humanos não somos muito diferentes deles não... Às vezes, um simples ato de carinho engrandece e fortifica o homem a continuar seus passos, às vezes simplesmente consola, às vezes é o travesseiro que alguém precisa para descansar o peso que carrega por uma vida... Imagino, que em muitas e muitas situações, o homem haja como um ser abandonado, perdido e desolado...


Curitiba, 23 de novembro de 2012...

“Se permita”!

Que cheiro de vida é esse que emana do nosso corpo?
Que cheiro de vida é esse que sinto por onde passo?
Uma natureza destemida,
enquanto o homem às vezes parece esquecer o motivo de sua própria existência
Não sei se de fato seria uma questão de reconhecimento da própria existência
ou se o caso de aceitação de um homem como parte de um todo
Um todo muito grande, gigante
Um todo do tamanho do mundo,
mas do mundo de todos
Não do submundo considerado mundo por quem é cego diante de todos nós
Se não cuidar, tudo vai se perdendo
O cheiro de vida desaparece se não for cultivado
O homem morre
E então, haverá um cheiro de podridão
Prefiro o perfume das flores e da chuva que nos revigora
ao da carnificina proposto pelo próprio homem
aquele o qual o sol aquece e a lua ilumina...


Curitiba, 15 de novembro de 2013...

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Ao Incompreendido...

Quem julga sensato entender o que não pode ser compreendido, não reconhece a capacidade de dominação dos nossos questionamentos... Fazendo referência, apenas e exclusivamente, às atitudes do próprio homem... Esquecem-se aqui a ciência e a razão. E predominam a emoção e o coração...
Aqui, um parêntese: O coração... Você já parou pra pensar no quão valioso e perverso ele é...? Além de ser o responsável por manter você em pé, andando e respirando... Ainda interfere na capacidade do seu raciocínio lógico e decide o caminho de seus devaneios... Quando está concentrado, deixa você devidamente focado... Quando está “revoltado”, sufoca o corpo e atropela os pensamentos...
O homem não reage diante das ausentes respostas e nem interage com o interlúdio jogo da vida...
Questionamentos vêm e vão sem pedir licença ao cérebro, que quase enlouquece pela suas constantes desavenças, e nem ao coração que chora “vire e mexe” às avessas...


Curitiba, 20 de abril de 2013...

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Por um momento eterno...


Às vezes a gente não sabe o que fazer
Se a decisão a ser tomada é de fato sensata
Se seus prejuízos certos nos maltratarão
E surgem as dúvidas baseadas em tudo aquilo que já foi sofrido
A gente não sabe nada do futuro de ninguém
E muito menos conhecemos o nosso verdadeiro destino
Somos bajulados pela luxúria do que nos leva ao prazer
E enfeitiçados pelo encantamento
Não sei por quanto tempo tudo o que temos irá durar
Não sei se mudanças serão boas ou ruins
A gente vai vivendo o mundo por aí
E não podemos esquecer, do que possa nos fazer feliz
Somos mestres em querer mudar as coisas
Sem nem mesmo saber se de fato elas não deveriam ser como são
Ou se deveriam ter sido como foram
A gente aprende com um monte de “tabefes”
Eles doem muito
A gente chora um monte
Mas a gente aprende só assim mesmo
Depois a gente às vezes insiste nas mesmas coisas
Elas podem dar certo dessa vez
Ou talvez nos afundem de vez, porque realmente nunca poderão acontecer
Aqui já quebramos o ciclo do tudo certinho
Deixamos a redoma protegida da vida
E desvirtuamos qualquer linha reta
Seguimos nosso próprio caminho
Aquele caminho que nos mostrará o motivo pelo qual fomos atrás da nossa felicidade...


Curitiba, 14 de novembro de 2013...

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Pequeno Devaneio...

Como se dançássemos ao som de uma linda sinfonia, sob o sol de um belo e risonho dia...
Um casal cortês na mais doce sintonia...
Enamorados pelo ar em que cada um se inspira...
Apaixonados pelo olhar que a cada um vicia...
Uma linda música que nos encaminha as mais inquietantes e sinceras alegrias...
Como rosas, emanam o sentimento mais encantador diante de uma simples fantasia...
Uma tinta, uma menina, junto a quem amorosamente nina...
Uma imagem, uma lembrança, uma paisagem e uma esperança diante de um momento recheado do mais puro encanto, como o brilho uma criança...


Curitiba, 22 de maio de 2013...

As meninas das máscaras...

Fonte: médicos sem fronteiras.

Não sei se vocês surpreendem-se com situações como a aqui colocada, mas eu sempre me encanto... Encanto. Acho que essa é a palavra que define a sensação diante da cena...
Pela rua, ainda tranquila de uma manhã serena, seguem alegremente duas meninas de mãos dadas... Pulando “pra lá e pra cá”, bastante falantes, bastante alegres, brincando uma com a outra... E sempre uma cuidando da outra, “Não pise aqui, para não cair.” A maiorzinha, de pele clarinha e cabelos pretos, está com o uniforme da escola, enquanto a menor, de pele morena e cabelinhos enrolados, anda faceira com seu vestidinho rosa e óculos de sol... As duas de máscaras. Sabe aquelas máscaras utilizadas, comumente, em centro cirúrgico? Conhecidas apenas como, máscara de proteção individual. Então, são essas máscaras... Alguém na rua, aparentemente já conhecido das menininhas, pergunta: “Onde estão indo as duas mocinhas lindas?” E as garotinhas respondem em uníssono: “No hospital!!!” E a mocinha maior ainda diz: “A gente tá indo tomar remédio!” E em seguida, a mais nova repete: “Tomar remédio!” As duas saem falando e olhando para trás... A menor coloca novamente os óculos de sol e as duas continuam conversando entre elas e rindo, caminhando em direção ao hospital que se encontra logo à frente... As respectivas mamães encontram-se logo atrás do trajeto feito pelas meninas...

Uma descrição simples, mas que mostra o quanto às vezes somos tão ignorantes ao lidar com situações que nos afetam e acabam denegrindo uma esperança de vida e de melhoras... Perdemos crédito para nossas doces crianças, quando não sabemos manipular problemas e aflições, sejam eles os mais diversos possíveis... Um simples sorriso é às vezes o combustível, que uma pessoa precisa para ter força e continuar... Simples assim, mas extremamente complicado...


Curitiba, 8 de dezembro de 2012...

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O Menino e o Livro...

“Mãe, se o Pedrinho comprar um livro e quero um também.”. O garotinho da cena deveria ter mais ou menos uns 6 aninhos de idade. A mãe responde: “Calma meu filho, vamos escolher primeiro o do seu irmão.”. E o menino continua na ansiedade em levar um livro para casa. Começa desesperadamente a falar: “Mãeee!!! Olha esse livro aqui! E esse também! Nooossaaa!!! Muito legal! Mãe, eu quero um livro...”. A mãe da pessoinha continua avaliando os livros para o filho mais velho, que a acompanha... E o garotinho, eufórico e incansavelmente falante, pega um dos livros da prateleira da livraria... “Que livro legal!”. Abre uma página aleatoriamente e começa a ler rapidíssimo um pequeno trecho. Não me atentei ao nome do livro, mas logo que as palavras citadas disparadamente cessaram, o garoto expressa um “Uuufffaaa!” e guarda o livro. O próximo exemplar que lhe chama atenção refere-se a super-heróis dos quadrinhos, diga-se de passagem, um mega livro e incrivelmente colorido. Nas mãos do menininho: “Mãeee!!! Esse livro também é muito legal!”. O garoto senta e começa a folhear a história... “Que legal! Que legal! Que legal! Adorei muito!” Fecha o livro e o devolve ao seu indevido lugar, é claro...

ps. uma simples e breve descrição, através da qual espero passar a emoção sentida durante a observação da cena...


Curitiba, 28 de outubro de 2012...

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Machucados...

Das dores ilusórias
Causadas pelos amores e suas histórias
Restam as memórias
Ficam como promissórias
Contestadas pelas oratórias

Das flores de romãzeira
Podadas pelas dores de espinheiras
Escorregam orvalhos em goteiras
E resvalam lágrimas traiçoeiras

Das cores das macieiras
Cortadas pelas facas fiandeiras
Refletem a carne em fileiras
E escorrem sangue como seivas

Dos amores e suas guerras “cativeiras”
Sobram corpos às ruínas romanescas
Acabam-se os sonhos das vidas, agora às secas...


Curitiba 14 de outubro de 2012...

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Constantes perturbações de um viver - 3ª Parte

A gente tenta, mas nem sempre consegue fazer tudo
Muitas vezes acho que faltamos
Nem sempre a gente faz as coisas certas
E nunca é por falta de tentativas
Mas mesmo com elas, acho que somos incompetentes para certas coisas
Não que nada tenha dado certo
Mas é que talvez não tenha sido feito o suficiente
Talvez nossas intenções e aceitações não dependam apenas da gente
E tudo o que depende de mais uma pessoa
A gente sabe que pode não funcionar
Assim como pode exceder o esperado também
Mas a gente sabe, lá no fundo, que essa última sentença tem chances quase que escassas
Que complicado tudo isso!
Às vezes pode soar como um ciclo vicioso
Mas é sempre assim com todo mundo
Erros e acertos
Tentativas que às vezes têm como consequência o insucesso
Ou tentativas bem sucedidas
E quem irá dizer ou ter qualquer razão sobre tudo isso que acontece?


Curitiba, 06 de novembro de 2013...

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Sobre a sensibilidade de uma mulher...

Não desejamos um cara qualquer
Mas queremos de qualquer cara ser a única mulher
Costumamos ser alicerce dos homens a nossa volta
Mas podemos ser tão frágeis quanto um pedaço de vidro
Somos o cheiro do desejo
E a lenço que aquece o mesmo homem
Somos a fonte da vida e do carinho
E precisamos de fogo ardente em nosso peito
Nossas palavras são doces
Mas também podem enforcar um inimigo
Vivemos com muita bravura
Conquistamos vários mundos
E nos certificamos de cada chão em que pisamos
O abraço é o que nos conforta
Um beijo é o que nos alicia
Ser conquistada nos traduz às vontades que podem ser despertadas
Somos mulheres...
Como belas queremos a juventude
Como donzelas buscamos as virtudes masculinas
Complicados os que não enxergam a simplicidade em nosso ser
Inteligentes e astutos são os que nada nos oferecem
Mulheres gostam do tratamento endeusado
Da execução da paixão em carne fervente
E também de um colo ao seu lado
Somos mulheres...
E acho que isso basta...


Curitiba, 05 de novembro de 2013...

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Pensamentos ao vento...

Quanto mais o tempo passa
Mais eu vejo que não sou nada
Pessoas que me surpreendem
Aquelas que eu pensava serem sem coração
E aquelas que se mostram tão boas
Quantas lágrimas não foram derramadas
Veja que pouco importa a cor ou a idade
Todos nós precisamos das mesmas coisas
Não há necessidade de vivermos em um mundo fictício
Nosso plano é tão maravilhoso
Não diria nem que é plano
Eu diria que demandamos de uma vida em tridimensionalidade
Existe tanta coisa saudável
Amigos são saudáveis
Amar é saudável, mas também pode ser muito perigoso
A paixão é incandescente e extremamente apetitosa
Não compreendo o porquê das pessoas complicarem tanto
Não temos segredos
Nos descobrimos todos os dias
Nos reconhecemos cedo ou tarde
Sempre digo que eu sei que não sou nada
Mas eu também sei que sou parte de um todo
Faço parte de um mundo que se despedaçado não tem valor
Não tem vida
Não quero ter que ser forte como uma deusa desbravadora nesse mundo
Só quero ser eu... mais nada...
Ninguém bom leva a culpa pelo ar da maldade que outros espalham
Que se f**** os que só procuram difamações
São tantas as surpresas que a ação de viver nos reserva
Devemos estar abertos para todo tipo de armação e também para as surpresas
Não sei se todos são capazes de esquecer as brigas
Sofrimento só gera ainda mais sofrimento como um verdadeiro vício
O ciclo em que estamos deve ser de igualdade
De gentilezas
E se alguns me acharem louca por tudo o que eu digo
Eu repito sem nenhum problema
Não sei nem o motivo pelo qual escrevo tudo isso
Só sei que fiz o que simplesmente tive vontade nesse momento
Escuto a música
Não quero guerras


Curitiba, 04 de novembro de 2013...

Uma louca insanidade... Parte II


Que diria um homem a uma mulher em pele nua?
Fatalmente a agarraria...
Possuiria!

Que diria um homem a uma mulher em pele nua?
Numa noite escura, a consumiria...
E numa cama, a deixaria ainda mais pura...

Que diria um homem à mulher nua?
Seria ela toda sua...
Seria ela a mulher mais desejada durante toda essa lua...

Seria um homem a loucura de uma mulher a se deixar nua?
Um belo homem que a desbravaria...
Arrancaria o desejo do seu corpo, por cada parte onde a beijaria...
Por cada canto que a enlouqueceria!

Que homem é capaz de prever a entrega da mulher a ele nua?
Que homem a deixaria ainda mais vistosa aos olhos de sua doce ternura?

Insano homem, quando incapaz de conter a presença da mulher ainda nua...


Curitiba, 04 de novembro de 2013...

domingo, 3 de novembro de 2013

Lema...

Fonte: eupercebi.blogspot.
Não quero uma vida sem respostas
E também fujo de idiotas apostas...

Quando à mesa forem postas as palavras...
E ainda impostas por homens às nossas costas...

De nada valerão as histórias contadas
Por aqueles que a nós nada importa...

De nada valerão as retóricas
Advindas daqueles que sentenciam às nossas costas...

Não almejo uma vida presa por condições a mim opostas
                                                Não vivo no mundo dos homens que esperam o que nem sabem o que esperam...

Ensejo ações para não serem abortadas
Pois vivo no mundo dos poucos homens que queiram uma vida caminhada...

Talvez alguns de nós possam ser considerados loucos...
Enquanto outros tantos bárbaros não sejam muito poucos...

Prefiro ser um louco a ser mais um falso caboclo
Nesse mundo onde, do próprio homem, já se espera tão pouco...


Curitiba, 03 de novembro de 2013...

sábado, 2 de novembro de 2013

3 Mundos...

Fonte: discovery.

Verdadeiramente sábios são os “LOUCOS” que se arriscam ao “nada” da vida... Admiro que dessa forma, conquistem o “tudo” que não temos...
Presos ao falso mandato que provem da inversão de valores, os chamados “LÚCIDOS” se esquecem da primeira necessidade do homem, viver... Enquanto isso, os chamados “alienados” se afogam nas maravilhas as quais são conduzidos por seus atos calculadamente impensáveis... Uma fuga, da falsa realidade imposta, em direção a tudo que dependa, única e exclusivamente, de apenas uma forma de julgamento, o próprio julgamento... Uma adesão a vida, de fato sem limites, regada por aventuras que concedem o crescimento e o conhecimento sem censuras... Uma aversão a vida limitada e condenada às necessidades sociais impostas... Viver somente pela pura realidade a ser explorada, cuja validade, sem nem data prevista, seja apenas o único motivo de se postarem os “pés no chão” ou, todo o corpo que num decúbito dorsal seja levado ao outro lado, um terceiro mundo, dos olhos fechados ao mundo até aqui IRREAL...


Curitiba, 05 de maio de 2013...

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Despedida dessa vida...

Sem mais pesos ou diamantes
Ao meu coração arremesso amantes
Sem, contudo, antes, excluir os errantes...

Como a música que me grita,
Meus ouvidos agita,
Essa rima de uma vida sempre ressentida...

Que cidade sem anjos é essa?
Passamos por ela depressa!
Não quero mais fazer promessas!
Juntar peças e me acabar como um pobre coração que já para nada presta!

Mesmo sem ouro ou qualquer prataria
O homem pirata me atrairia
Me conquistaria...
E depois me trairia!

Sumam do mapa andarilhos
Sem trilhos e sem nenhum caminho
Vasculhem as casas do seu mundinho!
Deixem em paz os passos que por si só já sofrem sozinhos nesse ninho...


Curitiba, 01 de novembro de 2013...

Processo em retrocesso...

Enquanto anjos, caminham sob as nuvens
Enquanto crianças, sobrevoam a plenitude
Quando adultos, às vezes, se perdem com altitude
Quando voltam a ser anjos, nos iluminam com suas luzes


Curitiba, 01 de janeiro de 2013...

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

“Deuses gregos”... Como homens...

Diante da democrata aptidão feminina pela beleza humana... “Deuses gregos” portadores de infindável brilhantismo, surgem como centros de universos paralelos quando disputam espaço e atenção entre sua “máfia”, aqui no sentido de companheirismo, ou, quando sem pedir licença aceleram a pulsação dos delicados corpos femininos... Criados ao mundo como patriarcas e mentes para decisões de vidas, perpetuam a dissimulação de um estado prazeroso que os destina a liberdade como resposta de uma vida...
Do nascimento, já ditado por uma disputada gametogênica, à idade adulta, buscam a destreza do dinamismo conjugado entre amigos, famílias a amantes... Na luta entre os fortes, dedicam-se a conquista do Olímpio..., onde competem pelo lugar como deuses do Sol e da Lua... Na modernidade, alguns conquistam nações..., outros conquistam formas de estabilidade e de reconhecimentos honrosos e de “mérito medalhoso”, enquanto todos ao mesmo tempo desejam ser a fonte de juventudes que estarão por vir e o berço da mulher desejada...
Não são príncipes ou reis..., são guerreiros através dos quais corre a ânsia pela sobrevivência num trono almejado a partir de princípios e ações dignas de nobres e homens...
Seus corpos, sejam eles perfeitos ou não, vestem uma armadura que camufla a doce face que os envolve... Seus olhares observam e os adequam num abrangente e futurístico campo de visão no topo situado... Tateiam a vaidade e suspiram a auto-estima... Como fontes de luz, natural e própria, iluminam a face da mulher que se esbalda em endeusar tamanha obra prima... Dos românticos e imperfeitos aos desajeitados e amorosos, todos serão desejados, alguns amados e outros eternizados a memória de um “grego antigo”, quando sua luz for apagada...

ps. apenas palavras simples, para descrever como um homem pode ser visto dentro das várias visões que os competem... aqui no favoritismo que os engrandece, mas sem “machismos” ou “achismos”...


Curitiba, 17 de agosto de 2012...

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O que querem as mulheres?!

Um homem
Sem nenhum codinome
Não daqueles que somem
Mas que às consomem
Às consomem como mulher
Que às vem a acolher
E a satisfazer o sonho de toda mulher

Um amante
Daqueles que às deixam delirante
Sentindo-se como uma amante
Que às lapidam como a um diamante
E às satisfaçam em tom exultante

Um amigo
Daqueles que às dá um abrigo
Sob um ombro querido
Um doce sentido
Aos mais ternos momentos
Aliciados aos encantamentos de um amor nada retido

Um companheiro
Não corrompido
Marceneiro dos dias de nevoeiro
Cobertor nos dias desprovidos de calor
Rei em dias de sol em que me encantarei...

Nada pensei...
Apenas “recitei”...
Isso que encontrei
Me admirei...
E agora sei...
Que um dia me presenteei...


Curitiba, 30 de maio de 2013...

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Uma louca insanidade... Parte I

Fonte: cafecomversos.wordpress.com

Rosas de fogo que ardem sobre o peito
Leito em chamas que evaporam a cada anseio...

Seio aberto à vontade sem maldades
Sem santidades ou postas a veracidades,
Quando enlouquecem, as luzes das cidades...

Nenhum homem padece diante do trono perfeito
E da mulher que o entorpece...

Peles roçadas e braços amordaçados sobre corpos
Pardos corpos embebidos pelo prazer que floresce
Enquanto cresce a prece pela ação que se tece...

Movimentos voluntários com intensos rastros
Gatos que se entendem envoltos aos próprios mastros...

Desejo que se alastra e não disfarça
Revelados...
Mutuamente aceitados...
E agora, emanados pelos desejos sanados...
Por nada poderão ser fadados, mas são brevemente saciados...

Ao alvorecer, um novo cheiro e um novo tom...
Sobre o dom do homem sem correntes,
Novos dentes seu traje rasgarão...
E novamente, os corpos diante de suas vontades agirão
Nunca coagirão
Mas se entregarão e por um momento, longe do chão...

Sentidos e sentimentos sem nenhum codinome
Onde a vontade do homem apenas os consome...


Curitiba 28 de Outubro de 2013...

Lavando as mãos...

Por várias e várias vezes você já deve ter se perguntado, o motivo pelo qual ainda insiste em se preocupar com quem pouco se importa com você e para quem você não faz nenhuma diferença se vivo, se morto, ou se nunca tivesse existido... Entre tantas inúmeras perguntas, você deve ter se questionado o porquê ainda não desistiu de tudo e de todos e passou ao modo “egoísta” de ser... Passam homens e ventos por essa terra, e esses supostos erros continuam a nos afrontar... É conhecido do lado solidário (não sei se seria exatamente essa a palavra a ser aqui usada) do homem, o sempre querer estar perto e pronto para qualquer situação que impeça nossos protegidos de se afogarem em profundos abismos... Mas do que adianta tanto, se isso não tem nenhuma importância...? Apenas um desgaste emocional e consequentemente físico são gerados... Então, você poderia me interrogar da seguinte forma: Mas não devemos esperar nada dos outros e blá blá blá... E eu diria que concordo plenamente com você. Realmente não devemos esperar nadinha, mas também acho que ninguém aqui precisa de descaso, de sofrimento, humilhação ou ser tratado como um NADA... Como para tudo na vida, todo mundo sabe disso, tudo tem limite! E limites não são aplicados apenas dentro de regras e leis, mas também no que se propõe a projeções do caráter de cada um de nós... E a partir deste ponto, deixo você a pensar sozinho no que aqui foi dito...


Curitiba, 28 de outubro de 2013...

domingo, 27 de outubro de 2013

Ao nome de um anjo...

Qual o maior castigo a que um corpo pode ser submetido...?
Quando nada se conclui, nada se extrai!
Nada, nada!

Que condenação tão perversa é capaz de rasurar uma história e estragar sua contextualização, que um dia foi baseada em ternura, em afeição, em companheirismo, carinho e amor...?
Qual a maior tortura, além da perda em constituição corporal pelo repleto desgosto, ao que se torna inescrupuloso e ainda tão doloroso...?
Quais provações, além da condenação à morte por amar, podem mutilar um corpo e vaporizar uma alma já sem destino...?
Que ser impertinente é capaz de prosseguir com o que foi perdido...?
Que ser fantástico é capaz de crer em um sonho esquecido...?

Ausência árdua que se emulsiona em sacrifício!
Ausência falseada pela figura da alma de um homem, que vagueia com frieza e alimenta uma já enorme e ainda crescente tristeza!

Que mente doentia ainda se alia ao que lhe foi dado e sentenciado já sem valia...?
Para que o sacrifício de um olhar desviado, um silêncio tão alto e uma ação tão maldosa...?

Responda coração ignorante que ainda pulsa!
Responda!!!

Que atrocidades são essas?!
Respondam anjos!!!
Respondam!!!


Curitiba, 28 de setembro de 2012...

Meus e seus “segredos”...

Escolher o momento certo para falar, ser ouvido com respeito e aceitação... Permanecer forte quando necessário, ser um verdadeiro alicerce para evitar uma queda e ser o colinho bom e o ombro de desabafos, quando o cansaço e a tristeza passageira abaterem... Ser cúmplice de uma vida e ter a certeza de que seus segredos e medos também estarão muito bem guardados, para além da sua mente, com outro coração a ser respeitado ou com outro alguém digno de te apoiar sem julgamentos ou questionamentos invasivos. Tudo isso dentro da privacidade emocional e psíquica inerentes a cada um de nós..., e onde dentro dos nossos diversos valores, sempre de alguma forma possamos ser explorados...
Dedicada cumplicidade entre amigos, a menos questionada, que vivem como irmãos de sangue dentro de uma infinita capacidade de apoio mútuo na festa da vida e na realidade que às vezes nos desatina.
Cumplicidade entre amores concebidos, concedidos, às vezes perdidos, mas para sempre guardados e lacrados, na doação através do bem querer entre um homem e seus pedidos...
Do que adiantam promessas na vida, se as coisas simples não puderem ser compreendidas...? Alguém responde...?
Poucos de nós somos capazes de passar por cima dos nossos próprios “orgulhos” e sermos livrados de qualquer condenação por agirmos diante do que não nos possa ser seguro, mas que possa nos render sentimentos tão frutíferos quanto qualquer mundo individual que vive na completa escuridão de um homem inseguro...
Viver ao lado de outro alguém, que cruzou o teu caminho e precisa seguir uma direção muito além de uma simples caminhada sozinho... Vale a chance que temos de não julgá-lo pelas suas opções sem o prévio conhecimento de suas permutas nessa vida... Às vezes o que outra pessoa precisa da gente, é o carinho, o companheirismo e aceitação por suas escolhas. Muitos de nós já nos condenamos o suficiente para sofrer diante dos resultados de nossas ações... Alguém que nos apoie na alegria e na tristeza, sem dilemas nessa vida resoluta de doces e perigosos poemas, é o que precisamos para ter certeza ainda maior do quão importante é a vida, quando dividida entre duas pessoas mutuamente capazes de se entregarem, se amarem e perpetuarem segredos e aprenderes de uma vida de tolerância, respeito e consequente cumplicidade e maior simplicidade...


Curitiba, 27 de outubro de 2013...

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Punição...

Queria fugir daqui...
E me trancar no lugar mais escuro desse mundo...
Não sou daqui... Não...
Aqui não parece ser o meu lugar seguro
Tento me refugiar...
Mas o sofrimento sempre parece me encontrar...
Quero morrer com as estrelas
Quero adoçar o sabor da chuva
Brilhar em todas as noites de luar
Talvez, essa seja a única forma de alguém me amar...
Talvez, essa seja a única forma de alguém eu conquistar...
Não quero lavar os pés sujos do homem
Mas viver plena...
Viver sem mais nenhum dilema
Sobrevivendo sob o meu legítimo lema...
Nunca matei ninguém nessa terra que me condena
Mas me queimei sob muitas penas...
Centenas de chacinas já desmistificaram a mente da mulher plena
Pequena doce que gangrena...
Sangrenta vida insolúvel
E volúvel aos homens que a falsa beleza nos incendeia...
Fujo sem barco, sem nenhum arco que me defenda
Entrego ao mundo o pouco resto da minha vida
Tida sem nenhum caso que a permita viver em busca de mais uma aventura
Sem tortura e com ternura...
Agora, apenas mais uma mulher jogada à cova
Aguardando a sepultura...

Você pensa que acabou?!!!

Pare!!!

Manda embora essa diabrura que te configura!
Encha seu coração com a verdadeira ternura!
Levanta a cara e sai pra rua!!!
Larga a amargura!
A vida sorrindo é mais segura!!!
É dia de emancipar a nossa própria bravura!
Ninguém segura o homem quando ele rema a favor da própria vida em grande aventura!!!


Curitiba, 25 de outubro de 2013...

CoN (Sem) fiança...?

Confiança... “Eita” palavrinha difícil de “questionar”... Conceder ou não conceder...? Permitir-se ao luxo de em alguém confiar? “Em alguém?”, você poderia me perguntar... Sim, em alguém, porque é das pessoas que partem as ações, atitudes e omissões, e consequentemente delas os resultados expressivos, ou não, disso tudo... Confiar um segredo, confiar um amor ou mesmo a própria dor sob forma de evasão para o alívio de um sentimento... O orador de tal concessão deverá ser consciente de que suas forças e palavras, sob o esforço das próprias opiniões e opções, quando a outro alguém forem reveladas, estarão sujeitas a constituírem um novo arquivo em vida e a perpetuarem, ou não, o condizente sigilo do que possa ser confiado... Se a míope confiança for incapaz de escolher seus tutores certos estará condenada ao pagamento, por muitas vezes humanamente caro, de uma dívida, que por ora, possa render-lhe apenas a perdição no descaso passageiro ou, a desgraça pelo resto de uma vida inteira... Se dirigida àqueles que são dignos de tal palavra, será provada mais uma vez a capacidade que há, mesmo ainda sendo quase escassa, em se esperar do homem sentenças não condenatórias pela guarda do que se confia... Mas sejamos realistas que não é fácil acreditar em todos a sua volta ou em tudo que nos dizem ou nos “confiam”... É muito mais fácil se afogar em ilusões provocadas pela ritualística gama de palavreados jogados aos quatro ventos, através dos famosos, diretos ou indiretos, “Pode confiar.” e ser um raro admirador do resultado final que procede ao “Você teve a minha palavra e minha palavra é lei.”, mesmo sendo essa oração revelada pela voz falada ou intrínseca aos olhares que revelam tanto o homem e a sua condizente conduta... Olhos vagos margeiam a incoerência dentro do que pode ser acreditado ao outro. Olhares fortes e fixos revelam o caráter e, sem mais, em quem possamos de fato confiar sem se preocupar com prejuízos futuros, pois eles nunca existirão... 
Pense nisso... Já que é tão complexo, está aí uma explicação do porquê não confiar em ninguém de olhos fechados... Nunca sabemos de onde virão as cobranças, nem de quem e muito menos de que lado elas emergirão...


Curitiba, 25 de outubro de 2013...

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Entrelinhas: Sexo...

Nenhuma novidade nisso..., mas pode ser bom ou ruim (clichê). Sempre me cabo em dizer que talvez eu devesse ter nascido em outra época... Mas penso que, além do romantismo necessário até o ato conjugal consumado, também deve haver a conquista... Mas uma conquista diferente daquela época, em que o amor nascia por longas e esperadas cartas... Hoje, se espera qualquer outra coisa ou mesmo nada, mas raramente o florescer de um verdadeiro amor como o da moda antiga... Aqui, um parêntese. Amar virou verbo comum a boca do homem, que já não consegue mais nem expressar os próprios sentimentos... Mas voltando, falamos de uma época em que a traição era muito mais escondida às grossas vistas e o desejo expresso pelo prazer às escondidas... Hoje, demandamos a conquista pela troca de olhares e blá blá blá blá, sedentos ao desejo do toque ao corpo, que não só levam a noites de loucura entre um homem e uma mulher assumidos como amantes, mas também que levam ao descompromissado gozo... Algo difícil de abordar mesmo para uma simples descrição de um ponto de vista próprio, exigindo, por isso, cuidados para não cair na armadilha da inocência e muito menos na promiscuidade da pornografia barata... Aos homens, os quais podem, não raras vezes, ser tão complicados quanto às mulheres (aqui uma cutucada), cabe ao menos a gentileza em atenderem suas parceiras, mesmo sendo ambos “vítimas” do encantamento venenoso pelo sexo aleatório... À mulher cabe a escolha, como eu sempre digo... Então, talvez desejasse a mistura de duas épocas, mas sem mais crer na perfeição de um final imposto pela história que foi escrita pelo próprio homem... Na linha do tempo, entre fatos corridos: inicia-se a conquista ao modo atual, hoje muito mais gostosa que antigamente; segue-se ao conhecimento do corpo a corpo, das peles roçadas e dos fluídos corpóreos expressores da satisfação carnal; e por fim, a incógnita... Uma vida dividida ou, vários e vários, amores e uma vida, possivelmente, futuramente perdida...? Na verdade a gente não escolhe nada... Vai vivendo a vida, vai aproveitando o sexo sem medida e depois ninguém sabe mais se ela será dividida...
Entenda que não discuto aqui o amor e muito menos defendo a ligação desse sentimento obrigatoriamente ao sexo... Vale interpretar as entrelinhas...


Curitiba, 24 de outubro de 2013...

Naturais...

Fonte: viverdeeco.com

Custa a tantos compreender... Mas somos poucos os que se interessam a aprendê-la... Natureza essa a qual pertencemos e com ela sobrevivemos... O que interessa de fato é o respeito mútuo entre o teu, o meu e o espaço de cada ser vivo que dela consiste... E dae, que o leão é feroz! Ele não vai te comer, se você não interromper a rotina dele... Qual o problema do passarinho que pela grama vagueia?! É só cada um ficar na sua... Você cuida da sua vida, assim como ele cuida da passarinha prenha... O que você faria se alguém estranho se aproximasse de seu filho? Certamente, agiria da mesma forma como se sente um casal de gansos que protegem os filhotes enquanto passeiam... Se o bicho homem ataca, o bicho morde... Se o bicho morde, infelizmente o bicho homem agride, por muitas vezes mata... Invertamos as posições e me diga, há alguma diferença entre as ações e conseqüências de ataque entre o bicho homem e o bicho...? Quem é capaz de ser mais animalesco em suas atitudes diante do outro?!
Quando respeitamos a nossa natureza, também respeitamos a nós mesmos e somos respeitados... É nesse meio que vivemos e é dele que devemos cuidar...


Curitiba. 24 de outubro de 2013...

Inspirações absorvidas...

Quando a saudade aperta, sufoca o coração, asfixia suas válvulas e gangrena seu puro sangue... Como em uma imagem estática, imobiliza-se... A bomba torna-se inútil e incapaz de suprir um corpo com sangue quente, para sanar um sentimento, às vezes friamente consentido e indesejoso..., às vezes um sacrifício indigestamente necessário... 
Ao mesmo tempo, na ausência do ar que contêm o cheiro das doces lembranças, o pulmão colapsa e seus alvéolos explodem espalhando pelo corpo em sofrimento, o odor da tristeza e da solidão...
O cérebro..., sem sangue ou oxigenação..., permanece com a memória da saudade reprimida..., na beleza e na grandeza que definem a figura focada, desejada ou amada... Inconscientemente, luta bravamente pela sua sobrevivência mesmo sem vida...
Na brava disputa entre a saudade e o tempo..., a saudade provoca feridas tão profundas quanto uma arma, é sentida tanto quanto um tiro no peito, é desgastante mais que a busca por um caminho longe de sofrimentos... O tempo é a contagem regressiva para o alívio da dor..., mas em seu decaimento passa como navalha através de tantos sentimentos...
A pele que ainda encapa o corpo encharcado pela carne em decomposição, se esfarela na “secura” pela ausência de uma alegria ou capacidade de superação... Através de seus poros, os resquícios de vida vagam melancolicamente até uma nova encarnação...


ps. aqui, apenas uma das várias interpretações dada a saudade tão intensamente sentida... talvez no modo mais escuro que a ela pode ser competido... tudo depende dos olhos e seus sentidos...


Curitiba, 12 de agosto de 2012...

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Numa breve interpretação...

Imagine a seguinte cena: Uma mulher, sentada em uma mesa de um restaurante, aguarda a vinda do prato solicitado a um garçom. O garçom é um homem moreno, de boa aparência, cerca de 1,80 m de altura, olhos azuis cor do céu (como aqueles dias ensolarados, na praia, à beira do mar)... “Boa noite, Senhora! Gostaria de fazer seu pedido?”. E a mulher responde: “Claro, por favor...”. O garçom se retira educadamente, com o pedido em mãos e aquele sorrisinho tímido e sem vergonha, que todo homem um dia já expôs e que todas as mulheres conhecem...
Depois de alguns minutos, já com uma taça de vinho sobre a mesa, a mulher esbanja confiança e determinação... É pensativa e maquiavélica, faceada pela imagem sedutora e atraente... Um homem aproxima-se... Ao estilo europeu, alto, pele clara e cabelos escuros... Sedutor... “O que faz uma mulher tão bela sozinha à mesa?”... Daqui, parte o início de uma nova história...
Um belo homem e uma linda mulher, que se conheceram à gastronomia afrodisíaca, banhados pelo romantismo das baixas luzes, à música traiçoeira e à carência da sedução e da conquista... Ao contato, encontram-se em um novo dia, no outro e novamente no outro... A paixão torna-se arrebatadora e acende os artifícios do amor ao modo de um “navio negreiro”, que escraviza a mente e margeia a promissão de uma eternidade, a qual carrega a doçura e o prazer de uma amorosidade incondicionalmente irracional e satisfatoriamente convidativa à condenação ao sofrimento por um amor... ou, à beleza da ternura e do romantismo ao modo “Romeu e Julieta”...
Infelizmente, diante do holocausto entre duas vidas, imperam as leis de um amor capitalista... Na futilidade de uma análise promiscua, “Romeu e Julieta” passam à protagonistas de uma história de intolerância e de vingança, como em uma trama completamente entregue à tragédia de um grego...


Curitiba, 01 de setembro de 2012...