quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Crianças chamadas Crianças...

Foto: Luiz Fabiano.

Lancheirinha... “Que tempo bom, que não volta nunca mais...”. Lancheirinha na mão e “vamo que vamo” feliz da vida para o piquenique com os coleguinhas da escolinha... “Ooowwwnnn...”. A professora na frente comanda a fila dos pequenos gigantes, falantes e faceiros... Quando eu participava desses eventos na escola, eu era a menininha que seguia de mão dada ao lado da professora..., “hehehe...”. Depois de um dia intenso desses, ainda chegava em casa e ia brincar de boneca... Fiz isso por muito tempo... Uma pena que o que observo nos dias de hoje é bem diferente, ou seja, não há mais expectativas doces para essas crianças... Não há mais como acreditar que esses bebês hoje com 4 ou 5 aninhos de vida, daqui 6 ou 7 anos cheguem em casa depois aula e procurem um carrinho, uma bola, uma boneca ou juntem uma galerinha e se reúnam na rua para brincar até tarde da noite...  Enquanto de um lado as crianças seguem em filhinha para brincar, do outro, meninas e meninos de 12, 14 anos, sei lá... se enrolam ao ar livre como se estivessem presos a quatro paredes... Entendem o que eu quero dizer...? Compreendem a conta ilógica, que é feita hoje em dia, quanto ao suposto amadurecimento que estes acham que possuem...? Um descontrole da evolução e do crescimento pessoal acontece sem limites... Aqui me restrinjo à discussão relacionada ao salto que se passa entre a fase criança de uma vida e a fase de relacionamentos entre “homens” e “mulheres”... As coisas estão indo muito mais rápido do que deveriam ser... Com seis anos você carrega o lanchinho da escola na sua lancheira rosa... E seis anos depois, você carrega a mamadeira do seu filho na bolsa de bebê com um ursinho desenhado... O que está errado?! Todos nós sabemos o que está errado... Muito se busca fazer para amenizar essa situação, mas poucos aceitam ou tem capacidade de compreender que viver se faz em fases... Seis ou sete anos depois, em vez de voltar para casa e brincar, às vezes nem para a aula foram... O famoso gazear aula é implantado na cabeça da garotada que troca o aprendizado pelos amassos fora de hora, cujas consequências a gente nunca sabe exatamente quais serão... Espero em poucas palavras ter conseguido passar a mensagem que desejava e que ela tenha sido mais ampla do que as minhas sentenças... Crianças têm que viver como crianças e a partir desse ponto o homem não deve ultrapassar o tempo de crescimento e amadurecimento... É sabido que a ausência de uma etapa durante um processo pode alterar substancialmente o resultado final esperado...


Curitiba, 27 de novembro de 2013...

Mais uma história de luta...

Fonte: 180graus.com.

_ Senhor?...
_ Oi, Boa Tarde...
_ Boa Tarde! Primeira vez que o senhor fará esse exame...?
_ Sim... Confesso que não gosto muito de fazer exames... Mas tenho que fazer... E ainda escolhi o pior dia do ano... Esse frio...
O homem com sinais faciais de preocupação e medo entra na sala, bastante desconfiado. Recebe orientações quanto ao processo de execução do exame e sobre a injeção que será necessária...
_ Tem injeção, eh...?
_ Tem sim... E sem ela nós não conseguimos fazer o exame... Por quê?
_ Porque sempre que tenho que fazer um exame e preciso levar injeção ou coletar sangue, eu fico muito nervoso... Sei que vai ser um sofrimento em cada hospital ou clínica que eu entre...
_ Mas vamos com calma... Não se preocupe... Por que o médico pediu o exame ao senhor?
_ Porque eu preciso fazer uma cirurgia renal...
_ O que aconteceu...?
_ Eu tive câncer de intestino e reto há mais ou menos três anos atrás... Uma cirurgia foi necessária para a retirada de parte do intestino e do reto... Fiz oito sessões de quimioterapia e mais de 15 sessões de radioterapia... Minhas veias já não existem mais... E hoje uso bolsa de colostomia... Motivo pelo qual, aliás, eu nem almocei para não precisar mexer nela durante o tempo do exame...
_ O senhor tem história de câncer na família...?
_ Meu pai teve câncer de próstata...
_ E quanto ao rim...? Por que será necessária a cirurgia?
_ Estou com um problema de proteinúria e, em função disso, não consigo reter proteína no meu corpo... Estou perdendo tudo pela urina... Agora preciso do exame para fazer a cirurgia no rim e a reversão da bolsa de colostomia... Mas sempre que vou fazer exame é uma novela, porque nunca sei quem vai encostar em mim para tentar achar uma veia... (olhares tensos...)
_ Vou tentar fazer tudo certinho para o senhor ficar mais calmo...
O homem permanece bastante tenso...
_ E para ajudar..., tive um princípio de AVC há um mês atrás... Fiquei internado e tudo mais... Mas é mais um motivo para o médico solicitar o exame, para então ver se me libera para a cirurgia...
Na tentativa de punção venosa...
_ Essa não deu certo senhor, porque estourou... Vamos aguardar mais um pouquinho e aquecer o braço para tentar novamente... Ok?!
_ Meu Deus... (O homem fica de cabeça baixa)
O próximo paciente a ser chamado é uma mulher, de média estatura, 63 anos de idade e de aparência saudável.
_ Moça..., minhas veias são péssimas...
_ Humm... Mas vamos conseguir... Não se preocupe...
_ O homem que foi chamado antes de mim parecia tão triste...
_ Ele está na outra sala agora..., aguardando para ser puncionado...
_ Ele parecia bem preocupado...
_ Sim...
Depois de um tempo...
_ Oi, senhor! Vamos tentar novamente...? O senhor me permite...?
O homem suspira fundo...
_ Vamos... Se você acha que dará certo agora... Vamos...
_ Vai dar certo sim...
O homem vira o rosto e parece rezar...
_ Prooontooo... Deu certo, Senhor... Agora sim...
_ Verdade?
_ Aham... Viu só...
_ Nossa, se você soubesse o quanto é difícil para mim isso... Me fazem de peneira... E isso que me disseram que após as sessões de quimioterapia, em seis meses eu teria minhas veias como novas... Já se passaram três anos...
Dá-se seguimento ao exame, período dentro do qual o homem passa a ficar mais tranquilo... Após a primeira parte ele diz...
_ Obrigada... Depois que você puncionou eu fiquei mais tranquilo... Obrigada pela atenção...
E o homem sorri...


Curitiba, 18 de julho de 2012...

ps. minhas palavras foram curtas, mas espero ter conseguido transmitir para você a mensagem desejada...

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Silenciosos dias...

Foto: Luiz Fabiano.

Por tantas e tantas vezes a gente se pergunta... “Que sensação é essa?!”... Uma falta de não se sabe do que..., um dia incompleto..., alguma coisa que não veio, um não se sabe o que, que não tivemos... Algo assim estranho, quase inexplicável por palavras... mas ricamente exposto por sensações, expressões e sentidos... Se você acha estranho falar assim, te digo que muito mais estranha é a sensação da qual falamos... Indecifrável... Impossível de descrevê-la ou de descobrir seu verdadeiro e real significado e origem certa... E então, na tentativa estúpida de tentar liquidá-la..., você procura motivos para encontrar respostas que você talvez nunca possa obter... Mas não porque você seja Um incapaz de tal ação, mas porque elas nunca existiram ou nunca existirão... Depois você tenta ocupar a mente com atividades que não conseguem prender a sua atenção..., não porque você é um desconcentrado ou coisa parecida..., mas porque nada é capaz de te satisfazer a não ser aquilo que você nem sabe o que é, nem onde procurar, nem como conseguir ou decifrar... Na sequência você acha que dormir pode ser uma solução..., mas ingênuo você em acreditar que sua cabeça terá chances de não rolar horas a fio tentando entender ou buscar o que te falta...


Curitiba, 26 de novembro de 2013...

domingo, 24 de novembro de 2013

Desabafos aos esquecidos...

Quando o mundo parece esquecer de você... Ninguém mais parece notá-lo... Ninguém mais parece achar necessário procurá-lo... É quando bate a angústia, a ansiedade e às vezes o desespero... Desespera-se pela solidão que enaltece o medo e que desposa a auto-estima... Perde-se, a vontade... Perde-se, o raciocínio... Perde-se, a sanidade... Ganha espaço o desejo de queda e fim... O tempo torna-se quase estático... O frio fica ainda mais gelado... As lágrimas que nascem do corpo quente congelam diante da tempestade de gelo... Com muito sacrifício, o relógio corre lentamente... Noites e após noites de longas tentativas de encaixe, as razões sem explicações recebem seus pontos finais... Os dias renascem como ressuscitados do experiente tempo passado... De repente um novo mundo se abre... Alguém parece abraçá-lo... Vários continuam a ignorá-lo..., mas muitos outros irão carinhosamente almejá-lo...


Curitiba, 18 de abril de 2013...

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Para Um...

De tudo que possa fazer parte dessa vida,
nossa vida...
vidas que se encontram...
Entretanto,
um tanto tanto adorável...
provável reencontro...
doce e esperado em qualquer canto...
com um canto e sob um leve manto branco...
Esse gosto manco...
um encanto melado a dois a um só balanço...
me lanço...
nunca me canso e agora vivo como um saltimbanco...
dedico meu canto ao teu belo encanto...


Curitiba, 12 de agosto de 2013...

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Você escolhe...

Fonte: médicos sem fronteiras.

De tudo o que possa contribuir para o nosso crescimento, tanto pessoal como profissional, com toda certeza aquele empurrãozinho sempre é essencial para qualquer um... Uns aceitam, outros ignoram tentativas e há aqueles que nunca se esquecerão de lhe agradecer... Muitos de nós ainda poderemos sofrer com insistentes “batidas de cabeça” ou com “tiros no vazio”... Mas tudo faz parte do que precisamos aprender... Chegará o momento que todos nós poderemos andar com as próprias pernas e sermos capazes de discernir o que nos é melhor, coerente, justo e adequado... Não é demérito algum um homem adulto precisar de ajuda e, é honroso qualquer homem que seja capaz de ajudar o próximo... Um homem sozinho, às vezes, não consegue ser forte o suficiente para cumprir um objetivo ou dar conta de algum dos imprevistos que a vida pode vir a nos oferecer... Mas se esse homem for grande o suficiente, uma procissão de outros homens bons o alicerçará... Pense nisso...


Curitiba, 21 de novembro de 2013...

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Perdidos conflitos...

Não consigo entender como que acontece, e nem quando acontece, quando duas pessoas são capazes de se corresponder por gestos e olhares. Na verdade até muito mais do que isso. Mas algo que eu não sou capaz de compreender. Você, você entende o que eu quero dizer? Talvez, não sei, isso deva acontecer quando existe o tal do amor entre elas ou quando esse amor é capaz de ser correspondido mutuamente. Irrelevante isso? É. Bastante. Mas é como parece ser. Imagino às vezes, que o amor entre um homem e uma mulher deva ser como o amor de mãe. Sabe aquele amor de mãe? Eu não sei. Mas é o que eu escuto falarem por aí. Registrado por uma mulher que é capaz de se mutilar pelo filho incondicionalmente. Parece-me, que dentro de um amor um se doa ao outro como fossem um único. E um se doa incondicionalmente ao outro, como no caso do amor de uma mãe pelo filho. Ou, no caso de um só amar, este sofre (na maioria das vezes). E quem ama busca fazer apenas o que o coração manda. E mais nada importa. Nem o sofrimento mais torturante o inabilita ao querer ver a pessoa, a quem ama, da melhor forma possível. Não sou mãe e nem sou amada e nem sei lá o que... Só sei dizer, ou acho que sei dizer, o que os meus ouvidos e o meu coração registram.
Mas também eu imagino, que o único amor que não se questiona é quando um amor tenta competir com o amor por um filho.
E se você não entendeu o que eu quis dizer, eu vou entender... Porque tudo isso é muito complicado ao quadrado e ao infinito.


Curitiba, 18 de novembro de 2013...

domingo, 17 de novembro de 2013

Um arranjo...

Por tantas e inúmeras situações...
Me pergunto sobre tantas ações...
Se ainda existem homens capazes de agirem diante de emoções...?
Capazes de nos envolverem sem medo e sem indagações...
Sob flores e cartões
Sem identificação ou quaisquer imposições
O homem que se propõe ao romântico
Sob um cântico que emana de nossos corações
Fascinação por cada atitude
Que não ilude e nem nos alude
Mas nos propõe diante daqueles já sem qualquer dimensão...
Nada de gratidão...
Mas de respeito e alegria por ainda existir tamanho cavalheirismo...
Dentro do machismo impregnado por aqueles porcos corações...


Curitiba, 17 de novembro de 2013...

Constantes perturbações de um viver - 4ª Parte

Às vezes me pergunto, por que a gente insiste tanto...?
Que pena ainda vale ser cúmplice de algo que já foi sentenciado...?
Uma solidão que parece apenas se multiplicar
Sentir-se sozinho está muito longe do Estar sozinho
Ninguém é tão bobo a ponto de ser capaz de optar pelo isolamento,
se o afogamento dentro dele apenas trouxer ainda mais sofrimento e descaso
Permitir-se ao novo é que todos deveriam fazer
Se oportunamente
Ou se casualmente induzido
Se já não existem mais recursos a serem explorados
Se já não há mais chances que controvérsias e explicações
Talvez o melhor não seja mais a insistência sempre perdida...


Curitiba, 16 de novembro de 2013...

sábado, 16 de novembro de 2013

Abandonados...

Há quem diga que uma pessoa que vá da sua vida, leva junto um pedaço seu... Tem gente que perde um coração inteiro (é, isso é um pouco melodramático sim... ) Tem gente que perde a doce companhia, o colinho... E tem aqueles que perdem um cachorrinho, um gatinho, um vídeo game... Ou mais desastroso ainda, aqueles que não só perdem símbolos de uma vida conjugal harmoniosa, mas empobrecem diante do materialismo dominador que os envolvia... Enquanto uns são abandonados pelo distanciamento do que lhes sorria e despertava alegria, alguns nunca tiveram a chance de conhecer o carinho e a sinceridade, de um abraço humano, de um beijo da pessoa a quem ama, do peludinho cachorrinho que pula no colo e só quer um “cafuné”... Aqui, diga-se de passagem, nós humanos não somos muito diferentes deles não... Às vezes, um simples ato de carinho engrandece e fortifica o homem a continuar seus passos, às vezes simplesmente consola, às vezes é o travesseiro que alguém precisa para descansar o peso que carrega por uma vida... Imagino, que em muitas e muitas situações, o homem haja como um ser abandonado, perdido e desolado...


Curitiba, 23 de novembro de 2012...

“Se permita”!

Que cheiro de vida é esse que emana do nosso corpo?
Que cheiro de vida é esse que sinto por onde passo?
Uma natureza destemida,
enquanto o homem às vezes parece esquecer o motivo de sua própria existência
Não sei se de fato seria uma questão de reconhecimento da própria existência
ou se o caso de aceitação de um homem como parte de um todo
Um todo muito grande, gigante
Um todo do tamanho do mundo,
mas do mundo de todos
Não do submundo considerado mundo por quem é cego diante de todos nós
Se não cuidar, tudo vai se perdendo
O cheiro de vida desaparece se não for cultivado
O homem morre
E então, haverá um cheiro de podridão
Prefiro o perfume das flores e da chuva que nos revigora
ao da carnificina proposto pelo próprio homem
aquele o qual o sol aquece e a lua ilumina...


Curitiba, 15 de novembro de 2013...

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Ao Incompreendido...

Quem julga sensato entender o que não pode ser compreendido, não reconhece a capacidade de dominação dos nossos questionamentos... Fazendo referência, apenas e exclusivamente, às atitudes do próprio homem... Esquecem-se aqui a ciência e a razão. E predominam a emoção e o coração...
Aqui, um parêntese: O coração... Você já parou pra pensar no quão valioso e perverso ele é...? Além de ser o responsável por manter você em pé, andando e respirando... Ainda interfere na capacidade do seu raciocínio lógico e decide o caminho de seus devaneios... Quando está concentrado, deixa você devidamente focado... Quando está “revoltado”, sufoca o corpo e atropela os pensamentos...
O homem não reage diante das ausentes respostas e nem interage com o interlúdio jogo da vida...
Questionamentos vêm e vão sem pedir licença ao cérebro, que quase enlouquece pela suas constantes desavenças, e nem ao coração que chora “vire e mexe” às avessas...


Curitiba, 20 de abril de 2013...

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Por um momento eterno...


Às vezes a gente não sabe o que fazer
Se a decisão a ser tomada é de fato sensata
Se seus prejuízos certos nos maltratarão
E surgem as dúvidas baseadas em tudo aquilo que já foi sofrido
A gente não sabe nada do futuro de ninguém
E muito menos conhecemos o nosso verdadeiro destino
Somos bajulados pela luxúria do que nos leva ao prazer
E enfeitiçados pelo encantamento
Não sei por quanto tempo tudo o que temos irá durar
Não sei se mudanças serão boas ou ruins
A gente vai vivendo o mundo por aí
E não podemos esquecer, do que possa nos fazer feliz
Somos mestres em querer mudar as coisas
Sem nem mesmo saber se de fato elas não deveriam ser como são
Ou se deveriam ter sido como foram
A gente aprende com um monte de “tabefes”
Eles doem muito
A gente chora um monte
Mas a gente aprende só assim mesmo
Depois a gente às vezes insiste nas mesmas coisas
Elas podem dar certo dessa vez
Ou talvez nos afundem de vez, porque realmente nunca poderão acontecer
Aqui já quebramos o ciclo do tudo certinho
Deixamos a redoma protegida da vida
E desvirtuamos qualquer linha reta
Seguimos nosso próprio caminho
Aquele caminho que nos mostrará o motivo pelo qual fomos atrás da nossa felicidade...


Curitiba, 14 de novembro de 2013...

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Pequeno Devaneio...

Como se dançássemos ao som de uma linda sinfonia, sob o sol de um belo e risonho dia...
Um casal cortês na mais doce sintonia...
Enamorados pelo ar em que cada um se inspira...
Apaixonados pelo olhar que a cada um vicia...
Uma linda música que nos encaminha as mais inquietantes e sinceras alegrias...
Como rosas, emanam o sentimento mais encantador diante de uma simples fantasia...
Uma tinta, uma menina, junto a quem amorosamente nina...
Uma imagem, uma lembrança, uma paisagem e uma esperança diante de um momento recheado do mais puro encanto, como o brilho uma criança...


Curitiba, 22 de maio de 2013...

As meninas das máscaras...

Fonte: médicos sem fronteiras.

Não sei se vocês surpreendem-se com situações como a aqui colocada, mas eu sempre me encanto... Encanto. Acho que essa é a palavra que define a sensação diante da cena...
Pela rua, ainda tranquila de uma manhã serena, seguem alegremente duas meninas de mãos dadas... Pulando “pra lá e pra cá”, bastante falantes, bastante alegres, brincando uma com a outra... E sempre uma cuidando da outra, “Não pise aqui, para não cair.” A maiorzinha, de pele clarinha e cabelos pretos, está com o uniforme da escola, enquanto a menor, de pele morena e cabelinhos enrolados, anda faceira com seu vestidinho rosa e óculos de sol... As duas de máscaras. Sabe aquelas máscaras utilizadas, comumente, em centro cirúrgico? Conhecidas apenas como, máscara de proteção individual. Então, são essas máscaras... Alguém na rua, aparentemente já conhecido das menininhas, pergunta: “Onde estão indo as duas mocinhas lindas?” E as garotinhas respondem em uníssono: “No hospital!!!” E a mocinha maior ainda diz: “A gente tá indo tomar remédio!” E em seguida, a mais nova repete: “Tomar remédio!” As duas saem falando e olhando para trás... A menor coloca novamente os óculos de sol e as duas continuam conversando entre elas e rindo, caminhando em direção ao hospital que se encontra logo à frente... As respectivas mamães encontram-se logo atrás do trajeto feito pelas meninas...

Uma descrição simples, mas que mostra o quanto às vezes somos tão ignorantes ao lidar com situações que nos afetam e acabam denegrindo uma esperança de vida e de melhoras... Perdemos crédito para nossas doces crianças, quando não sabemos manipular problemas e aflições, sejam eles os mais diversos possíveis... Um simples sorriso é às vezes o combustível, que uma pessoa precisa para ter força e continuar... Simples assim, mas extremamente complicado...


Curitiba, 8 de dezembro de 2012...

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O Menino e o Livro...

“Mãe, se o Pedrinho comprar um livro e quero um também.”. O garotinho da cena deveria ter mais ou menos uns 6 aninhos de idade. A mãe responde: “Calma meu filho, vamos escolher primeiro o do seu irmão.”. E o menino continua na ansiedade em levar um livro para casa. Começa desesperadamente a falar: “Mãeee!!! Olha esse livro aqui! E esse também! Nooossaaa!!! Muito legal! Mãe, eu quero um livro...”. A mãe da pessoinha continua avaliando os livros para o filho mais velho, que a acompanha... E o garotinho, eufórico e incansavelmente falante, pega um dos livros da prateleira da livraria... “Que livro legal!”. Abre uma página aleatoriamente e começa a ler rapidíssimo um pequeno trecho. Não me atentei ao nome do livro, mas logo que as palavras citadas disparadamente cessaram, o garoto expressa um “Uuufffaaa!” e guarda o livro. O próximo exemplar que lhe chama atenção refere-se a super-heróis dos quadrinhos, diga-se de passagem, um mega livro e incrivelmente colorido. Nas mãos do menininho: “Mãeee!!! Esse livro também é muito legal!”. O garoto senta e começa a folhear a história... “Que legal! Que legal! Que legal! Adorei muito!” Fecha o livro e o devolve ao seu indevido lugar, é claro...

ps. uma simples e breve descrição, através da qual espero passar a emoção sentida durante a observação da cena...


Curitiba, 28 de outubro de 2012...

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Machucados...

Das dores ilusórias
Causadas pelos amores e suas histórias
Restam as memórias
Ficam como promissórias
Contestadas pelas oratórias

Das flores de romãzeira
Podadas pelas dores de espinheiras
Escorregam orvalhos em goteiras
E resvalam lágrimas traiçoeiras

Das cores das macieiras
Cortadas pelas facas fiandeiras
Refletem a carne em fileiras
E escorrem sangue como seivas

Dos amores e suas guerras “cativeiras”
Sobram corpos às ruínas romanescas
Acabam-se os sonhos das vidas, agora às secas...


Curitiba 14 de outubro de 2012...

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Constantes perturbações de um viver - 3ª Parte

A gente tenta, mas nem sempre consegue fazer tudo
Muitas vezes acho que faltamos
Nem sempre a gente faz as coisas certas
E nunca é por falta de tentativas
Mas mesmo com elas, acho que somos incompetentes para certas coisas
Não que nada tenha dado certo
Mas é que talvez não tenha sido feito o suficiente
Talvez nossas intenções e aceitações não dependam apenas da gente
E tudo o que depende de mais uma pessoa
A gente sabe que pode não funcionar
Assim como pode exceder o esperado também
Mas a gente sabe, lá no fundo, que essa última sentença tem chances quase que escassas
Que complicado tudo isso!
Às vezes pode soar como um ciclo vicioso
Mas é sempre assim com todo mundo
Erros e acertos
Tentativas que às vezes têm como consequência o insucesso
Ou tentativas bem sucedidas
E quem irá dizer ou ter qualquer razão sobre tudo isso que acontece?


Curitiba, 06 de novembro de 2013...

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Sobre a sensibilidade de uma mulher...

Não desejamos um cara qualquer
Mas queremos de qualquer cara ser a única mulher
Costumamos ser alicerce dos homens a nossa volta
Mas podemos ser tão frágeis quanto um pedaço de vidro
Somos o cheiro do desejo
E a lenço que aquece o mesmo homem
Somos a fonte da vida e do carinho
E precisamos de fogo ardente em nosso peito
Nossas palavras são doces
Mas também podem enforcar um inimigo
Vivemos com muita bravura
Conquistamos vários mundos
E nos certificamos de cada chão em que pisamos
O abraço é o que nos conforta
Um beijo é o que nos alicia
Ser conquistada nos traduz às vontades que podem ser despertadas
Somos mulheres...
Como belas queremos a juventude
Como donzelas buscamos as virtudes masculinas
Complicados os que não enxergam a simplicidade em nosso ser
Inteligentes e astutos são os que nada nos oferecem
Mulheres gostam do tratamento endeusado
Da execução da paixão em carne fervente
E também de um colo ao seu lado
Somos mulheres...
E acho que isso basta...


Curitiba, 05 de novembro de 2013...

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Pensamentos ao vento...

Quanto mais o tempo passa
Mais eu vejo que não sou nada
Pessoas que me surpreendem
Aquelas que eu pensava serem sem coração
E aquelas que se mostram tão boas
Quantas lágrimas não foram derramadas
Veja que pouco importa a cor ou a idade
Todos nós precisamos das mesmas coisas
Não há necessidade de vivermos em um mundo fictício
Nosso plano é tão maravilhoso
Não diria nem que é plano
Eu diria que demandamos de uma vida em tridimensionalidade
Existe tanta coisa saudável
Amigos são saudáveis
Amar é saudável, mas também pode ser muito perigoso
A paixão é incandescente e extremamente apetitosa
Não compreendo o porquê das pessoas complicarem tanto
Não temos segredos
Nos descobrimos todos os dias
Nos reconhecemos cedo ou tarde
Sempre digo que eu sei que não sou nada
Mas eu também sei que sou parte de um todo
Faço parte de um mundo que se despedaçado não tem valor
Não tem vida
Não quero ter que ser forte como uma deusa desbravadora nesse mundo
Só quero ser eu... mais nada...
Ninguém bom leva a culpa pelo ar da maldade que outros espalham
Que se f**** os que só procuram difamações
São tantas as surpresas que a ação de viver nos reserva
Devemos estar abertos para todo tipo de armação e também para as surpresas
Não sei se todos são capazes de esquecer as brigas
Sofrimento só gera ainda mais sofrimento como um verdadeiro vício
O ciclo em que estamos deve ser de igualdade
De gentilezas
E se alguns me acharem louca por tudo o que eu digo
Eu repito sem nenhum problema
Não sei nem o motivo pelo qual escrevo tudo isso
Só sei que fiz o que simplesmente tive vontade nesse momento
Escuto a música
Não quero guerras


Curitiba, 04 de novembro de 2013...

Uma louca insanidade... Parte II


Que diria um homem a uma mulher em pele nua?
Fatalmente a agarraria...
Possuiria!

Que diria um homem a uma mulher em pele nua?
Numa noite escura, a consumiria...
E numa cama, a deixaria ainda mais pura...

Que diria um homem à mulher nua?
Seria ela toda sua...
Seria ela a mulher mais desejada durante toda essa lua...

Seria um homem a loucura de uma mulher a se deixar nua?
Um belo homem que a desbravaria...
Arrancaria o desejo do seu corpo, por cada parte onde a beijaria...
Por cada canto que a enlouqueceria!

Que homem é capaz de prever a entrega da mulher a ele nua?
Que homem a deixaria ainda mais vistosa aos olhos de sua doce ternura?

Insano homem, quando incapaz de conter a presença da mulher ainda nua...


Curitiba, 04 de novembro de 2013...

domingo, 3 de novembro de 2013

Lema...

Fonte: eupercebi.blogspot.
Não quero uma vida sem respostas
E também fujo de idiotas apostas...

Quando à mesa forem postas as palavras...
E ainda impostas por homens às nossas costas...

De nada valerão as histórias contadas
Por aqueles que a nós nada importa...

De nada valerão as retóricas
Advindas daqueles que sentenciam às nossas costas...

Não almejo uma vida presa por condições a mim opostas
                                                Não vivo no mundo dos homens que esperam o que nem sabem o que esperam...

Ensejo ações para não serem abortadas
Pois vivo no mundo dos poucos homens que queiram uma vida caminhada...

Talvez alguns de nós possam ser considerados loucos...
Enquanto outros tantos bárbaros não sejam muito poucos...

Prefiro ser um louco a ser mais um falso caboclo
Nesse mundo onde, do próprio homem, já se espera tão pouco...


Curitiba, 03 de novembro de 2013...

sábado, 2 de novembro de 2013

3 Mundos...

Fonte: discovery.

Verdadeiramente sábios são os “LOUCOS” que se arriscam ao “nada” da vida... Admiro que dessa forma, conquistem o “tudo” que não temos...
Presos ao falso mandato que provem da inversão de valores, os chamados “LÚCIDOS” se esquecem da primeira necessidade do homem, viver... Enquanto isso, os chamados “alienados” se afogam nas maravilhas as quais são conduzidos por seus atos calculadamente impensáveis... Uma fuga, da falsa realidade imposta, em direção a tudo que dependa, única e exclusivamente, de apenas uma forma de julgamento, o próprio julgamento... Uma adesão a vida, de fato sem limites, regada por aventuras que concedem o crescimento e o conhecimento sem censuras... Uma aversão a vida limitada e condenada às necessidades sociais impostas... Viver somente pela pura realidade a ser explorada, cuja validade, sem nem data prevista, seja apenas o único motivo de se postarem os “pés no chão” ou, todo o corpo que num decúbito dorsal seja levado ao outro lado, um terceiro mundo, dos olhos fechados ao mundo até aqui IRREAL...


Curitiba, 05 de maio de 2013...

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Despedida dessa vida...

Sem mais pesos ou diamantes
Ao meu coração arremesso amantes
Sem, contudo, antes, excluir os errantes...

Como a música que me grita,
Meus ouvidos agita,
Essa rima de uma vida sempre ressentida...

Que cidade sem anjos é essa?
Passamos por ela depressa!
Não quero mais fazer promessas!
Juntar peças e me acabar como um pobre coração que já para nada presta!

Mesmo sem ouro ou qualquer prataria
O homem pirata me atrairia
Me conquistaria...
E depois me trairia!

Sumam do mapa andarilhos
Sem trilhos e sem nenhum caminho
Vasculhem as casas do seu mundinho!
Deixem em paz os passos que por si só já sofrem sozinhos nesse ninho...


Curitiba, 01 de novembro de 2013...

Processo em retrocesso...

Enquanto anjos, caminham sob as nuvens
Enquanto crianças, sobrevoam a plenitude
Quando adultos, às vezes, se perdem com altitude
Quando voltam a ser anjos, nos iluminam com suas luzes


Curitiba, 01 de janeiro de 2013...