segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Ponto de Contato – Parte II


Já não sei mais o que é certo... É triste isso, mas talvez o certo agora seja o “antigo” errado...

Está bem, eu sei o que você está pensando... Mas não te condeno, porque na verdade nem sei se alguém pode ser condenado por isso tudo o que está acontecendo...

Tudo bem..., eu também gosto de muitas fotos... “E como eu gosto!”..., Mas “poxa”, minha gente... tem coisa aí que está passando dos limites! Bom, mas nem sei se posso mencionar a palavra limites para tudo isso, quando o objetivo primário da rede social também é enraizado na quebra de fronteiras e blá, blá, blá...

Acesso da população em massa a todas as formas de comunicação e trocas rápidas de informações... É claro, que vejo isso tudo como uma evolução da tecnologia em prol do desenvolvimento econômico e social da humanidade... Ou melhor, nem sou eu que vejo..., é o que falam e espalham por aí... E claro, pena que nem todo mundo parece perceber que isso deve ser usado visando algum desenvolvimento, tanto relacionado aos fins capitalistas como também ao relacionamento “inter-humanos”...

“Mas e dae?” você me pergunta...

E dae, que tem gente que está perdendo a noção do que é viver a vida olhando olhos nos olhos, sentindo o cheiro de gente e de vida, desconectado (nunca essa palavra foi tão usada como nos dias atuais... E sim... Essa é uma estatística das minhas próprias observações e puramente empírica... “O que quero dizer?”... Quero dizer que mesmo se alguém já contabilizou isso, eu não olhei antes de escrever este texto... por pura preguiça e porque estava vendo as atualizações da rede social...)

Ninguém mais guarda lembranças para contar aos filhos e netos... A vida da maioria dos desconectados da vida real passou a ser um livro aberto... Ops! Coitado do livro... Até ele já está quase sendo esquecido...

Sei que, o que eu digo todo mundo sabe..., mas eu vou repetir mesmo assim...

Não se vive mais senão por meio de compromissos e consequentes postagens que parecem virem de compromissos previamente combinados para que as tais postagens ocorram e a vida nas redes sociais se movimente, enquanto se esquecem que a vida está passando...

Você está envelhecendo e sua vida na rede vai morrer antes de você...

E se sobrar alguém que não se importe com tantas futilidades que estão ocorrendo por aí, talvez você tenha com quem conversar e compartilhar verdadeiramente suas experiências de vida... Se é que elas não ficaram esquecidas ou perdidas lá pelo meio daquela festa que você foi e você mais falava com os “amigos” virtuais, na sua vida mega badalada na rede, do que com a galera que estava lá para curtir o cheiro do sentido de viver...


Curitiba, 03 de fevereiro de 2014...

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