Já não sei mais o que é certo...
É triste isso, mas talvez o certo agora seja o “antigo” errado...
Está bem, eu sei o que você está
pensando... Mas não te condeno, porque na verdade nem sei se alguém pode ser
condenado por isso tudo o que está acontecendo...
Tudo bem..., eu também gosto de
muitas fotos... “E como eu gosto!”..., Mas “poxa”, minha gente... tem coisa aí
que está passando dos limites! Bom, mas nem sei se posso mencionar a palavra
limites para tudo isso, quando o objetivo primário da rede social também é
enraizado na quebra de fronteiras e blá, blá, blá...
Acesso da população em massa a
todas as formas de comunicação e trocas rápidas de informações... É claro, que
vejo isso tudo como uma evolução da tecnologia em prol do desenvolvimento
econômico e social da humanidade... Ou melhor, nem sou eu que vejo..., é o que
falam e espalham por aí... E claro, pena que nem todo mundo parece perceber que
isso deve ser usado visando algum desenvolvimento, tanto relacionado aos fins
capitalistas como também ao relacionamento “inter-humanos”...
“Mas e dae?” você me pergunta...
E dae, que tem gente que está
perdendo a noção do que é viver a vida olhando olhos nos olhos, sentindo o
cheiro de gente e de vida, desconectado (nunca essa palavra foi tão usada como
nos dias atuais... E sim... Essa é uma estatística das minhas próprias
observações e puramente empírica... “O que quero dizer?”... Quero dizer que
mesmo se alguém já contabilizou isso, eu não olhei antes de escrever este texto... por pura preguiça e porque estava vendo as atualizações da rede social...)
Ninguém mais guarda lembranças
para contar aos filhos e netos... A vida da maioria dos desconectados da vida
real passou a ser um livro aberto... Ops! Coitado do livro... Até ele já está
quase sendo esquecido...
Sei que, o que eu digo todo mundo
sabe..., mas eu vou repetir mesmo assim...
Não se vive mais senão por meio
de compromissos e consequentes postagens que parecem virem de compromissos
previamente combinados para que as tais postagens ocorram e a vida nas redes
sociais se movimente, enquanto se esquecem que a vida está passando...
Você está envelhecendo e sua vida
na rede vai morrer antes de você...
E se sobrar alguém que não se
importe com tantas futilidades que estão ocorrendo por aí, talvez você tenha
com quem conversar e compartilhar verdadeiramente suas experiências de vida...
Se é que elas não ficaram esquecidas ou perdidas lá pelo meio daquela festa que
você foi e você mais falava com os “amigos” virtuais, na sua vida mega badalada
na rede, do que com a galera que estava lá para curtir o cheiro do sentido de
viver...
Curitiba, 03 de fevereiro de 2014...
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