Sabe aquele cara ali na rua perto
da tua casa? E aquele outro, pelo qual você passa todos os dias no caminho ao
trabalho? E ainda, aquele outro que sempre está na porta do restaurante, no
qual você e teus colegas de trabalho almoçam todos os dias, e que fica pedindo
uma moedinha para comprar uma marmitex e esperando até o final do expediente,
do restaurante, para ver se consegue “catar” algum resto de comida no lixo
desse mesmo restaurante? Sim. Do lixo! Repare que às vezes esses seres humanos,
entregues ao esgoto do mundo, parecem mais lúcidos do que você que muitas vezes
paga caro por uma comida de lixo, mas que te faz sentir-se melhor ao mostrar
seu “poder” de consumo dentro da indústria alimentícia. Entende? Você já parou
para pensar, que esse ser humano que fede diante das tuas narinas “limpas” e
esteticamente modificadas, pode ser aquele cara, - que como você, que como seu
pai, que como seu irmão, seu marido, ou ainda, um amigo daqueles bem próximos
que de repente “somem no mundo” -, aquele homem ou aquela mulher, que em um dia
de desespero e sem mais forças para se levantar, sem apoio em que se segurar,
largou mão da vida, entregou-se ao mundo, desistiu de viver, desistiu de
continuar a lutar... E você nem olha para a cara do cara! Você nem sabe por que
o cara está lá emporcalhado no chão imundo, fedendo urina, apodrecendo através
dos olhos da sociedade que por ele passa... Pense nisso... E desculpa aí, se
você não gostou do texto... Era bem essa a intenção...
Curitiba, 30 de agosto de 2013...
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