Foto: Luiz Fabiano. |
Tenho me perguntado, se as
pessoas não percebem o que elas estão fazendo com elas próprias...
“Do que você está falando?” Você
talvez pergunte...
Bom, o que você me diria, se você
estivesse, por exemplo, em uma mesa de bar e ao lado da sua mesa existisse outra
mesa, que se encontrasse ocupada por um grupo de amigos, sendo que todos os
amigos estão com seus respectivos celulares nas mãos mexendo em rede social e
chat disso ou daquilo, e nenhum conversando com ninguém...?
Imagino que isso seja o cúmulo da
pouca capacidade humana em distinguir as reais importâncias da vida, como
conversar e olhar nos olhos das pessoas, falar, dar risada olhando um para o
outro, curtir o momento e os amigos da vida real sem ficar se afundando no mundo
fictício da internet...
Você não precisa ser nenhum gênio,
para perceber que muita gente pouco se importa em agradar o amigo que sai com
ela para tomar um sorvete e jogar conversa fora... Incrivelmente, uma vasta
legião de pessoas faz questão de tirar uma foto com o amigo, sem às vezes mal
olhar na cara dele, postar a tal foto na internet e alimentar o próprio
“populismo” virtual repleto de mediocridades e futilidades... “E o amigo?” Esse
teve que abrir mão de alguns minutos de conversa cara a cara, para que a outra
pessoa tivesse tempo de fazer o próprio “merchandising”...
Que droga de mundo é esse, que
desvirtua o homem das relações interpessoais e o conecta a um mundo que pode
ser apagado com um “click”...?
Parece que no futuro não haverá
mais histórias, para serem contadas pelos vovôs e vovós sentados ao lado dos
netos sedentos por inalar sabedoria e aprendizado de vida...
E se um apagão virtual ocorrer,
até as histórias sem vida da internet sumirão com seus escassos momentos...
Prefiro as histórias de boteco,
as experiências adquiridas e as cicatrizes dos machucados por tentar viver com
os homens e não como uma máquina sem alma...
Curitiba, 14 de janeiro de 2014...
Nenhum comentário:
Postar um comentário