Imagine a seguinte cena: Uma
mulher, sentada em uma mesa de um restaurante, aguarda a vinda do prato
solicitado a um garçom. O garçom é um homem moreno, de boa aparência, cerca de 1,80 m de altura, olhos
azuis cor do céu (como aqueles dias ensolarados, na praia, à beira do mar)...
“Boa noite, Senhora! Gostaria de fazer seu pedido?”. E a mulher responde:
“Claro, por favor...”. O garçom se retira educadamente, com o pedido em mãos e
aquele sorrisinho tímido e sem vergonha, que todo homem um dia já expôs e que
todas as mulheres conhecem...
Depois de alguns minutos, já com
uma taça de vinho sobre a mesa, a mulher esbanja confiança e determinação... É
pensativa e maquiavélica, faceada pela imagem sedutora e atraente... Um homem
aproxima-se... Ao estilo europeu, alto, pele clara e cabelos escuros...
Sedutor... “O que faz uma mulher tão bela sozinha à mesa?”... Daqui, parte o
início de uma nova história...
Um belo homem e uma linda mulher,
que se conheceram à gastronomia afrodisíaca, banhados pelo romantismo das
baixas luzes, à música traiçoeira e à carência da sedução e da conquista... Ao
contato, encontram-se em um novo dia, no outro e novamente no outro... A paixão
torna-se arrebatadora e acende os artifícios do amor ao modo de um “navio
negreiro”, que escraviza a mente e margeia a promissão de uma eternidade, a
qual carrega a doçura e o prazer de uma amorosidade incondicionalmente
irracional e satisfatoriamente convidativa à condenação ao sofrimento por um
amor... ou, à beleza da ternura e do romantismo ao modo “Romeu e Julieta”...
Infelizmente, diante do
holocausto entre duas vidas, imperam as leis de um amor capitalista... Na
futilidade de uma análise promiscua, “Romeu e Julieta” passam à protagonistas
de uma história de intolerância e de vingança, como em uma trama completamente
entregue à tragédia de um grego...
Curitiba, 01 de setembro de 2012...
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