domingo, 20 de outubro de 2013

Prisioneiro...

Nos tormentos de uma noite, quando o sono nos esquece e nos assombram os pensamentos..., o travesseiro vira e revira de um lado para o outro incansavelmente... Na falta do cochilo, a pele envelhece como a alma que se perde em meio à própria mente... Questionamentos são feitos ao “mundo” e permanecem sem repostas diante do nosso “próprio mundo”... Iniciativas a serem tomadas são decididas, mas possivelmente esquecidas na manhã seguinte, como quem esquece de um leve sonho... Quando se cansa das brincadeiras de desagrado da vida, as lágrimas salgadas rolam pelas faces entristecidas mesmo adormecidas... e são diagnosticadas ao rosto pálido e sem vida, já na luz do dia... Uma luz de um dia que deveria rodar pela escuridão da noite, a fim de retardar os sofrimentos que assolam o tempo e nos deixar “descansar” durante o luar que nos deveria ser aconchegante... Um suor frio escorre ao corpo que fica imóvel e preso às angústias e desejos reprimidos... Os pés procuram por um descanso como recompensa pelas pedras saltadas... , enquanto a carne tenta esquentar o sangue pela textura que o reveste, prevenindo-o de colabar pela supressão de sua circulação em função de um “colapso cardíaco”... Na procura de um filme, as lembranças nos remetem o desejo de escapar do “calabouço” e procurar uma “máquina do tempo” que pudesse nos proporcionar a felicidade conhecida... Bocejos nos visitam, mas os olhos resistem... O corpo padece e a mente é ativada a insolência de querer se sobrepor ao físico e difundir pensamentos e figuras, canções, histórias... indagar conversas, fatos ou “bisbilhotar” justificativas incoerentes... Um redemoinho de palavras desconexas e sentenças, sem começo ou fim... Que as noites turbulentas desprezem os corpos feridos e levem para longe os furacões de “coisas” incomodativas e nos deixem a sanidade merecida... Como numa história sem fim, que a estrutura que suporta a mente se recupere e renove até que um novo caos “sofra” um estopim... Como nos sonhos ao sono, ou acordados... apenas as surpresas de um novo dia nos aguardam...


Curitiba, 22 de agosto de 2012...

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