Confiança... “Eita” palavrinha
difícil de “questionar”... Conceder ou não conceder...? Permitir-se ao luxo de
em alguém confiar? “Em alguém?”, você poderia me perguntar... Sim, em alguém,
porque é das pessoas que partem as ações, atitudes e omissões, e
consequentemente delas os resultados expressivos, ou não, disso tudo... Confiar
um segredo, confiar um amor ou mesmo a própria dor sob forma de evasão para o alívio
de um sentimento... O orador de tal concessão deverá ser consciente de que suas
forças e palavras, sob o esforço das próprias opiniões e opções, quando a outro
alguém forem reveladas, estarão sujeitas a constituírem um novo arquivo em vida
e a perpetuarem, ou não, o condizente sigilo do que possa ser confiado... Se a míope
confiança for incapaz de escolher seus tutores certos estará condenada ao
pagamento, por muitas vezes humanamente caro, de uma dívida, que por ora, possa
render-lhe apenas a perdição no descaso passageiro ou, a desgraça pelo resto de
uma vida inteira... Se dirigida àqueles que são dignos de tal palavra, será
provada mais uma vez a capacidade que há, mesmo ainda sendo quase escassa, em
se esperar do homem sentenças não condenatórias pela guarda do que se confia...
Mas sejamos realistas que não é fácil acreditar em todos a sua volta ou em tudo
que nos dizem ou nos “confiam”... É muito mais fácil se afogar em ilusões
provocadas pela ritualística gama de palavreados jogados aos quatro ventos,
através dos famosos, diretos ou indiretos, “Pode confiar.” e ser um raro admirador
do resultado final que procede ao “Você teve a minha palavra e minha palavra é
lei.”, mesmo sendo essa oração revelada pela voz falada ou intrínseca aos olhares
que revelam tanto o homem e a sua condizente conduta... Olhos vagos margeiam a
incoerência dentro do que pode ser acreditado ao outro. Olhares fortes e fixos
revelam o caráter e, sem mais, em quem possamos de fato confiar sem se
preocupar com prejuízos futuros, pois eles nunca existirão...
Pense nisso... Já
que é tão complexo, está aí uma explicação do porquê não confiar em ninguém de
olhos fechados... Nunca sabemos de onde virão as cobranças, nem de quem e muito
menos de que lado elas emergirão...
Curitiba, 25 de outubro de 2013...
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