segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Na tristeza de um romântico...

Ao relento dos sentimentos, a neblina escura toma conta da pele clara que agoniza ao vento...
Na deformação da face, escorre a seiva ensanguentada pelo descuido de um fomento...
Em estado de putrefação, o corpo satisfaz a terra que o consome e dissolve as cinzas em água suja, hidrolisada através das gotas de lágrimas salgadas e homogeneizada pelo sangue apodrecido de uma alma em solidão...
Ao sol, a “podridão” que se dissolve na terra, queima e intoxica a esperança e o próprio sentimento... Ao anoitecer, a lembrança esquecida se entrega aos corvos que a devoram e morrem pela invalidação de suas substâncias... A madrugada despersonifica a figura ansiada e espalha o gosto amargo da tristeza e da ingratidão...

Sob a nostalgia e algias, um corpo se dissolve na imensidão...


Curitiba, 23 de agosto de 2012...

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