domingo, 29 de setembro de 2013

“Andantes”...



Por muito tempo julguei alguns “tipos” de viajantes como “marginalizados”, pode-se assim dizer... Depois de muitas e muitas histórias e depoimentos registrados aos meus ouvidos, meus olhos tornaram-se questionadores quanto ao modo escolhido por tantos para explorar as reais riquezas do mundo... Não falo aqui apenas de grandes monumentos ou qualquer outro ponto turístico entre tantos espalhados pelo mundo e detentores da amostragem capitalista que impera, mas sim da cultura escondida nas ruas, da sabedoria dos homens simples, das histórias dos velhinhos esquecidos, das belezas das terras escondidas, por não terem grandes obras, além de um povo “bruto” e de um chão batido...
Muitas vezes você, eu ou qualquer outra pessoa, achou-se melhor posicionada do que o cara “maltrapilho” que almoçava em algum restaurante que você visitava... Inúmeras vezes, o homem sentado na esquina de uma rua, descansando, foi condenado pela aparência abandonada... E por aí vai...
Homens “andantes”, viajantes pelo mundo desconhecido... Verdadeiros sábios que se passam como “seres maltratados” pelo mundo, quando na verdade detêm os maiores conhecimentos e experiências que poucos serão capazes de conquistar e armazenar numa vida...
Poderia contar vários fatos e estender o assunto por páginas e mais páginas, mas fugiria do objetivo aqui proposto, o qual se destina a colocá-lo a refletir sobre o modo como vemos tantos seres humanos pelo mundo... A foto acima foi o que me inspirou a escrever este pequeno texto, ao perceber a presença dos dois rapazes que a minha frente passaram e que seguiram seus caminhos com as mochilas nas costas e um mundo a explorar...
Pense nisso, na próxima vez que um homem, com cabelos sebosos e uma sacola nas costas, sentar-se na mesa ao lado da sua...


Curitiba, 29 de setembro de 2013...

Nenhum comentário:

Postar um comentário