segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Invocação...

Vá embora dor que desatina...
Leve embora esses sonhos em matilha...
Sonhos que devoram a carne reprimida...

Já que não se pode ter o amor de uma vida...
Por que não enterra minha carne doentia?!
Não deixe mais que lágrimas corrosivas
            consumam o pouco que resta de minhas enzimas...

Deixe que vagueie minha alma perdida...
O inacabado a tornou uma suicida!
Não há sobrevida para uma alma sem vida...

Leve embora as manhãs nebulosas!
Não permita as tardes tempestuosas!
E, por favor, apague as noites ventuosas...,
            quem sabe assim eu esqueça o quanto eu possa ser amorosa...

Ao infortúnio pecado de amar...
Resta-me apenas me consolar...
Já que meus braços não o podem agarrar,

            então, que minhas mãos me estrangulem até eu agonizar!


Curitiba, 29 de setembro de 2012...

Nenhum comentário:

Postar um comentário