Lembra quando você era criança e
sonhava com um “príncipe encantado” ou, no caso dos homens, com a “gata” mais
perfeita do mundo? Quando você sonhava se casando com seu ídolo da música ou
com uma “modelo” da revista, por exemplo... Você menina sonhava em receber
flores, ser pedida em casamento e ter seus filhos... Você menino sonhava em
encontrar a mulher que aceitasse seu pedido e te regasse com muito amor, além
de possuir o carro mais “super-máquina” do mundo... Enfim, as crianças não têm
maldade e não sabem que no futuro serão corrompidas pelo interesse, pela
inveja, pelo ciúme e serão em algum momento postas diante de todos esses
sentimentos maldosos a fim de que os provem e testem a capacidade delas de
fugir dos maléficos e hipócritas sentimentos, os quais possam ser capazes de
torturar um coração...
Alguns corações precisam de muito
pouco para se render..., enquanto outros esquecem que não são mais crianças e
ainda buscam a perfeição, que já foi corrompida e que defasa a possibilidade de
se encontrar a alegria e a felicidade perante um mundo que exige a compreensão,
o companheirismo, a solidariedade, o afeto, o abraço, o olhar sincero...
Felizes os que cresceram e
carregam a ingenuidade de um coração criança, mas escoltado pelo amor...
Tristes os que se rederam a máfia dos corações rompidos e corrompidos...
Um exemplo de felicidade
demonstrada me deixou pensativa...
Hoje vi algo que achava que já não existia mais... Um buquê
de flores brancas e vermelhas, lindíssimo...
Perguntei a pessoa presenteada... “De quem você ganhou...?”
(Um silêncio se espalhou...)
Fiquei sem resposta... Mas achei mais adequado respeitar tal
silêncio...
Um silêncio que significa: “segredooo...”
“fascinação...”
“dúvida...?” (um homem que se permite o
romantismo?)
O buquê está sobre a mesa... Alegrando o ambiente...
A pessoa presenteada está com um sorriso no rosto... A
auto-estima acima do nível...
Um estado depressivo afogado por
uma simples e sincera demonstração de carinho...
Curitiba, 28 de julho de 2012...
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