sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Pequenos Gigantes...

Sei que o relato a seguir não é nada incomum, mas “esmiuçar” a grandeza por trás da cena é o que a torna fascinante... Imaginem um garotinho nos seus esplendorosos 4 anos de idade, caminhando numa rua movimentada da cidade... Seguindo a mãe bem devagarzinho, porque ele alegava estar “extremamente” cansado... O destino da caminhada? A avenida ao final da quadra... “Mamãee, tah muito longe... Eu não aguento mais...”. E para dar mais emoção à cena, o menino chora as famosas “lágrimas de crocodilo”, relaxa os braços como se estes fossem peças muito pesadas para ser carregadas pelo corpinho “super” cansado... “Mamãe, me leva no colo... Por favor, mamãe...?”. E a mãe, “Não, não mocinho... Vamos andando. Você consegue. Você é um “homem forte”. E a criança segue caminhando lentamente. E reclamando do “longe e distante” caminho a seguir...
Foi diante do encanto da “encenação” desse anjinho, que me coloquei a pensar na magnífica grandiosidade do mundo aos olhos de uma criança. Não me refiro apenas aos bons sonhos que as conduzem, mas também no sentido de uma grandeza dimensional das coisas que as envolvem... Na cena, 50 metros de distância significavam ao pequeno uma verdadeira maratona para os pezinhos que o apoiam... Certamente, esse mesmo homenzinho faz dos dedinhos, bonequinhos de guerra, dos braços uma espingarda ou uma metralhadora, dos travesseiros peças a um alvo distraído (não que para arremessar travesseiros a gente precise ter 4 anos de idade...) e por ai vai... Uma pessoa adulta a frente de alguém tão pequeno pode parecer um verdadeiro gigante. Um vento, um pouquinho mais forte, pode parecer uma monstruosa tempestade. Qualquer objeto a mão pode se tornar uma brincadeira desencadeada pela vasta imaginação que os enche de criatividade... Aqui me refiro aos objetos e afins, porque os desenhos animados dão conta da fertilização imaginativa das crianças, de forma espetacular. À exemplo da formiga atômica às lesmas com super poderes. Não sei qual bichinho será geneticamente modificado nesta evolução... Às vezes, penso que para uma criança diante de um médico, que costuma parecer a eles como um bruxo muito do mal, o bruxo poderia se tornar um verdadeiro gigante contador de histórias... Mas claro que se deve ter certeza, antes de tudo, que a criança não tem medo de “João e o pé de feijão”... Engraçado, como as coisas se misturam... Imagino que esses pequenos gigantes, em inocência e ensinamentos ao homem, sejam verdadeiros atores dignos de Oscar. Envolventes pelo mundo imaginário que pregam, influentes pela inocente sabedoria que carregam, guerreiros pela força de vida que os tornam tão valiosos e valentes...


Curitiba, 18 de fevereiro de 2013...

Nenhum comentário:

Postar um comentário