segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Carta aos meus filhos...

Para mim, sempre serão meus pequenos. Mesmo grandes e independentes irei esperá-los com um abraço... E nas centenas de milhões de vezes que a porta da minha casa atravessarem, a nossa casa, com um beijo irei abençoá-los... Diante dos meus olhos, os protejo, mas longe vocês tornam-se seus próprios tutores... Meu coração gostaria que jamais crescessem, mas talvez um inevitável aconteça e o papel de cada um, aqui onde nos encontramos, termine antes que nossos planos possam ser concluídos... E quem sabe, já não os tenhamos finalizados sem perceber, quando tudo isso acontecer... Tenho tanta coisa a lhes dizer...  Não roubem, não sejam fúteis, não sejam cruéis... Pode ser que algumas lágrimas que vierem a derramar, vocês não queiram me contar os motivos que tanto os entristecem. Tudo bem... Ficarei aborrecida, mas compreendo os meus limites como mãe... Posso ser sua progenitora e eterna protetora, mas somente até onde suas privacidades não sejam invadidas... Meu coração irá chorar junto com vocês, podem ter certeza... Quando me perguntarem, que caminho devem tomar ou que decisões devem ser sensatas, eu terei o prazer em ajudá-los... Talvez meus conhecimentos não sejam o suficiente para lhes dizer ao certo o que fazer, já que o mundo de hoje é mais evoluído e diferente do que o que eu conheci, mas terei discernimento o suficiente para guiá-los e aconselhá-los... Algumas coisas nem sempre estarão ao meu alcance, mas tudo o que eu possa passar a vocês da minha experiência de vida, irei assim fazer... Sei que às vezes vocês não irão me escutar, mas em algum momento me entenderão...  Ainda vamos brigar e discutir muito, eu com vocês porque os amo muito e vocês comigo porque acham que eu só quero o “mal” de vocês... É assim mesmo... Sempre foi assim com todo mundo... Muitas vezes vocês me esquecerão e procurarão amigos para lhes ajudar ou mesmo a mãe de algum amigo, porque sempre é mais fácil com o que possa parecer estranho e “longe” da família, menos vergonhoso, dependendo do caso, e por aí vai... Quando amarem, tomarão o papel de loucos... Quando perderem, alguns irão tirar sarro de vocês às escondidas... Quando conquistarem, muitos os invejarão... Tenham cuidado com os falsos amigos e colegas... Infelizmente não vem escrito na testa deles o quão perigosos podem ser... Mas terão aqueles que lhes abraçarão e vibrarão juntos com vocês pelas suas vitórias... E, estes mesmos, chorarão juntos com vocês quando em alguma situação necessário isso for... Fiquem espertos com aqueles que só querem se aproveitar de vocês e do que vocês possam ser capazes de proporcionar-lhes... Nunca sejam preguiçosos em lutar por aquilo que desejam... Não tenham medo de tentar... Não tenham vergonha de perder uma, duas ou várias vezes... É assim que vocês serão construídos para o mundo... Mas também não exaltem o falso desbravador... A cada conquista, não se esqueçam daqueles que verdadeiramente sempre estiveram com vocês... Pois são eles que merecem o sincero, “Muito Obrigada”... Ninguém vive sozinho neste mundo, não se esqueçam disto... Quando vocês chorarem, estarei aqui... Quando ganharem, também estarei aqui... Vocês irão amar e deixar de amar muitas vezes... Irão sofrer com suas escolhas, sejam elas em virtude da busca por maiores méritos ou pela exclusão das chances de martírios sentimentos ou problemas... Vocês são livres, meus filhos... Eu apenas fui delegada às suas concepções e a ser a instrutora para que se iniciassem ao solitário caminho do conhecimento do homem... Cuidem-se como se fossem únicos e delegados a fazerem o bem ao próximo...

Mas de nada irá adiantar tudo isso eu lhes falar... Errar faz parte dessa tal ação de viver... Eu sei que por todo esse caminho vocês ainda irão sofrer, mas também irão aprender e nada disso irá adiantar eu querer hoje lhes dizer... Um dia vocês irão me entender e me compreender...


Curitiba, 01 de setembro de 2013...

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